A
Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra (PNSIPN), criada em 2006, é definida como um instrumento pró
Sistema Único de Saúde (SUS), que tem por objetivo promover a
saúde integral da
população negra, priorizando o combate ao
racismo por meio da redução das desigualdades étnico-raciais e da
discriminação racial nas
instituições e serviços do
SUS. Trata-se de uma
mediação sociopolítica resultante de um processo de luta, em
curso, contra a hegemonia de uma estrutura sistêmica que produz e reproduz inerentes contradições entre classes, gêneros e
raças. Este estudo pretende analisar de que forma a
Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra vem sendo implementada nas práticas dos
profissionais de saúde da
Unidade Básica de Saúde do território de Manguinhos. A referida
política torna-se
referência para a formação e
educação continuada em
saúde, a partir de uma das
diretrizes que aponta a inclusão de temas como
racismo e
saúde da população negra nesses processos. Os
profissionais de saúde lidam diretamente com a
população, o que torna fundamental reconhecer os principais
determinantes sociais de saúde-
doença, e o
racismo é um deles, impactando nas
condições de vida da
população, na forma de nascer, adoecer e morrer. O referencial teórico-metodológico utilizado foi o materialismo histórico dialético e a
metodologia de
pesquisa foi composta por
entrevista semiestruturada,
análise documental e
observação na perspectiva qualitativa.(AU)