Esta dissertação tem como objetivo principal analisar as concepções dos
trabalhadores da
Atenção Básica acerca dos
indicadores de saúde referentes às linhas de
cuidado e ciclos de
vida propostos no
Contrato de
Gestão, no
caso de uma Clínica da
Família do município do Rio de Janeiro, além das possibilidades e
estratégias acionadas para atingir as metas de
produtividade estabelecidas. A importância de se estudar o tema deve-se ao fato da
Atenção Primária a Saúde - APS se constituir como o enfoque de
atenção à saúde adotada prioritariamente no
Brasil, através da
Estratégia de Saúde da Família - ESF. O
trabalho se insere, portanto, em uma vertente de estudos que se dedica á
análise dos novos modelos de
gestão em saúde Organizações Sociais, e às suas implicações sobre os
trabalhadores e as práticas de
cuidado. A
produção de informações foi realizada através da
observação do cotidiano dos
trabalhadores da clínica, de
pesquisa bibliográfica,
análise documental e da
realização de entrevistas com roteiro semi-estruturado com os
trabalhadores selecionados. As informações foram tratadas a partir da
análise temática, com eleição de três categorias de
análise Organização do
Trabalho;
Contrato de
Gestão e
Estratégias e repercussões para os
trabalhadores. Ao retomar as questões propostas na fase inicial de
investigação da
pesquisa a
respeito do
conhecimento do
Contrato de
Gestão, identificou-se que os
trabalhadores apresentam noções superficiais desse instrumento; além de compreenderem as metas como inerentes ao processo de
trabalho, a partir de exigências e
cobranças para atingí-
las pela
gestão, e para tal, constroem possibilidades e
estratégias, sejam individuais ou coletivas, que repercutem diretamente sobre os
profissionais.(AU)