O
fisioterapeuta é um profissional de nível superior que realiza
métodos e
técnicas fisioterapêuticas com finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade
física do
paciente. Tradicionalmente, ele tem orientado a sua atuação para o
terceiro nível de assistência, que privilegia a
cura e a
reabilitação, sendo pequena a sua participação no nível primário, que tem como base a
promoção da saúde e a
prevenção de doença. Acredita-se que um dos motivos que leva a isso é o próprio histórico da profissão, que nasceu com um perfil reabilitador por excelência. E, por outro lado, a própria formação que ainda é pouco norteada pelas disciplinas de
saúde coletiva. Existe, portanto, uma exigência por parte dos princípios e
diretrizes do
Sistema Único de Saúde (SUS) de que os
profissionais de saúde sejam capazes de atuar em todos os níveis de assistência não ficando restritos a um nível somente. Além disso, as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o
curso de Fisioterapia realiza algumas orientações no que diz
respeito à
promoção da saúde. O presente estudo teve por objetivo principal a discussão da formação do
fisioterapeuta para atuação no
SUS, em
face dos preceitos da
promoção da saúde. Para tanto, realizou-se
pesquisa qualitativa, na qual foram analisados
documentos oficiais, como as DCN instituídas no ano de 2002, no que tange à
promoção da saúde, a
Lei de
Diretrizes e
Bases da
Educação (LDB n° 9.394/96),
Lei Orgânica da
Saúde n° 8.080,
Decreto-Lei n° 938/69, a
Constituição Federal do
Brasil, de 1988, e uma
revisão bibliográfica dos periódicos publicados acerca do assunto. Adicionalmente, foram selecionadas duas
instituições privadas de
ensino superior em
fisioterapia, localizadas no
Estado do Rio de Janeiro e os seus currículos para o
curso de fisioterapia foram observados à
luz do arcabouço legal e intelectual. (AU)