Pouco se conhece sobre os fatores determinantes de bom
prognóstico na
síndrome cardiopulmonar por
hantavírus. Foram revisados os
prontuários médicos de 27
pacientes com
diagnóstico confirmado de
síndrome cardiopulmonar por
hantavirus com o objetivo de avaliar dados clínicos e laboratoriais eventualmente associados com bom
prognóstico dos
pacientes. Os seguintes fatores foram associados com
evolução clínica favorável quando analisados na admissão hospitalar
pressão arterial sistólica maior ou igual a 100mmHg (p=0,07);
freqüência cardíaca abaixo de 100/minuto (p=0,01); níveis de
creatinina sérica abaixo de 1,6mg/dl (p=0,03); pH do
sangue arterial igual ou maior que 7,35 (p=0,03);
bicarbonato sanguíneo igual ou maior que 15mEq/dl (p=0,03);
saturação de oxigênio arterial maior que 84% (p=0,02);
menor volume infundido (p=0.008) e
ausência de indicação de
aminas vasoativas (p< 0,001). Dessa forma,
ausência de
sinais clínicos e laboratoriais de
choque circulatório na admissão hospitalar foi associada com bom
prognóstico nos
pacientes com
síndrome cardiopulmonar por
hantavirus.