Este
trabalho propôs uma
investigação para
conhecer a
percepção ética de
estudantes da
área de saúde da
Universidade de Brasília, sobre a
divulgação da imagens/
vídeos e informações sobre
pacientes em
mídias sociais, como Facebook, WhatsApp e Instagram, tomando como marco referencial teórico os relacionamentos fluidos na
pós-modernidade, preceitos defendidos por Bauman; e a
Declaração Universal sobre
Bioética e
Direitos Humanos. O estudo é de
natureza descritiva e exploratória. Foi aplicado
questionário a 94
estudantes, composto por questões fechadas e abertas, para averiguar a
percepção ética dos
estudantes. Após a
coleta de dados, foi realizada correlação das respostas com o referencial teórico escolhido. Ficou perceptível certa contradição no
discurso em relação a prática evidenciada na
literatura e nos comentários dos próprios
estudantes. Foi constatada a presença frequente do uso de imagens de
pacientes nas práticas de
ensino com autorização na maioria das vezes, apenas verbal; feita na presença de
professores/
preceptores. Houve algumas
publicações em
redes sociais, apesar dos
estudantes considerarem que
divulgação de foto/
filme de
paciente sem permissão pode violar algum princípio ético. A forte presença de ações inadequadas dos
estudantes, mesmo com a presença de
professores, demostra estar faltando o exemplo virtuoso do
professor para a prática da
educação em saúde. Grande parte dos
estudantes afirmou não
conhecer nenhuma norma ou
lei que trata acerca do uso de imagens de pessoa ou
paciente. Salienta que é fundamental uma
educação em
ética e
bioética para sanar as ocorrências de desrespeitos dos
direitos dos pacientes frente ao uso de
mídias sociais eletrônicas. Ao conceituarem
privacidade,
confidencialidade e
sigilo fizeram certa
confusão na definição dos conceitos. Os resultados evidência de que se faz necessário
emprego do
ensino de
bioética com maior abrangência para evitar questões éticas de apropriação indevidas de imagens de
pacientes e exposição nas
redes sociais.(AU)