Comunicação na clínica do cuidado de enfermagem na terapia intensiva: o caso do handover / Communication in nursing care clinic in the intensive care: the case of handover
Houve ausência e incompletude de algum tipo de informação em todos os instrumentos. O erro esteve presente em 2,3% dos instrumentos analisados. Dentre as ausências, destaca-se o item avaliação do quadro do paciente, ausente em 99,2%, seguido pelo item plano de cuidados com 91,6% e os dados de identificação do perfil clínico do paciente com 67,93%. Quanto à incompletude, no item Dados objetivos, que se referem ao exame físico do paciente, as informações estavam incompletas em 100% dos instrumentos; nos Dados subjetivos, que tratavam da história do paciente e sua evolução clínica, estavam incompletos em 88,5% dos instrumentos; e os dados de perfil clínico dos pacientes com 32% de incompletude. A observação das práticas assistenciais mostrou que as falhas na comunicação entre os profissionais de enfermagem interferiram diretamente no processo de cuidar, pois geraram procedimentos desnecessários que poderiam acarretar danos aos pacientes. Os dados das entrevistas apontaram o reconhecimento da importância do handover, a comunicaçãoface-a-face na beira de leito com a presença de todos os membros, livre participação destes no processo de comunicação, a utilização da comunicação verbal e escrita, o bom relacionamento entre a equipe de enfermagem. Também foram evidenciados ruídos como a ausência/incompletude de informações sobre o paciente, além chegadas atrasadas ou saídas antecipadas, tom de voz baixo, conversas paralelas, uso de dispositivos celulares, e pouca participação dos técnicos.