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A trajetória histórica da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais: desdobramentos da federalização 1950-2004 / The historical trajectory of the School of Nursing of the Federal University of Minas Gerais: unfolding of federalization 1950 - 2004

Santos, Fernanda Batista Oliveira.
Belo Horizonte; s.n; 2018. 187 p. tab, ilus.
Tesis en Portugués | LILACS, BDENF | ID: biblio-915931
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a trajetória histórica da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo como foco a sua federalização. O marco inicial (1950) corresponde ao ano da anexação da Escola de Enfermagem Carlos Chagas à Faculdade de Medicina, federalizada como unidade acadêmica da Universidade Federal de Minas Gerais por meio da Lei Federal 775/1949. O marco final (2004) foi escolhido por ser um ano de mudanças expressivas, como a aprovação do Doutorado e a criação do curso de Nutrição. Partiu-se do pressuposto que a Escola de Enfermagem assume um processo de crescente laicização e que a oferta desses dois cursos é o fechamento de um ciclo que solidifica a ideia da Escola como unidade acadêmica autônoma de uma universidade federal que possui potencialidades para formação de pesquisadores, integrando diversas áreas do saber em um mesmo lócus de produção de conhecimento científico. Optou-se pelo método históricodocumental com uso de fontes escritas e produção de documentação oral referente ao período de 1968-2004. A análise foi feita apoiada em Eliot Freidson (1996), por entendermos que ao estudar a institucionalização da Escola Carlos Chagas/Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, desvelou-se o processo de autonomização da Escola e os caminhos da profissionalização da enfermagem em Minas Gerais. Os dezoito primeiros anos da Escola de Enfermagem na estrutura da Universidade Federal de Minas Gerais têm como marcos o processo de anexação da Escola e a posterior desanexação da Faculdade de Medicina no bojo da Reforma Universitária (1968). Este período é marcado por uma gestão de enfermeiras irmãs de caridade e subordinação administrativa e financeira à Faculdade de Medicina, além da falta de assento das enfermeiras Carlos Chagas no Conselho Universitário. Apesar de ser um desejo expresso na fala das enfermeiras laicas professoras da Escola Carlos Chagas romper com a subordinação à Faculdade de Medicina, esta quebra só foi possível com a Reforma de 1968. A partir de 1967, a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais é reassumida pelas laicas, porém as décadas de 1970 e 1980, marcadas pela ditadura militar e pelo processo de redemocratização política do país, desvelam o aprendizado das enfermeiras em fazer gestão acadêmica universitária. Os cursos de especialização e articulações extensionistas voltados para o assistencial marcaram as iniciativas desse período. Em 1993, conseguiu-se a aprovação do curso de mestrado empreendido por professoras que romperam com o perfil extensionista e assistencial, que buscaram qualificação fora da Escola. O doutorado e o curso de Nutrição, iniciados em 2004, permitiram integrar a Escola de Enfermagem aos ideais de uma universidade federal, produzindo pesquisas, qualificando o corpo docente da instituição, expandindo o espaço físico e as possibilidades de interfaces entre os saberes na saúde e o diálogo da Escola com o sistema de saúde. A percepção de necessidade de crescimento da Escola foi amplamente influenciada pela sua integração com redes de fomento, programas e projetos como Fundação Kellogg; Programa de Desenvolvimento da Enfermagem; Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem; Projetos Integração Docente Assistencial, UNI e REDE UNIDA. Concluiu-se que a enfermagem é um caso de sucesso na perspectiva de investimento do Estado em saúde pública e que a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais incorporou status profissional e se reconfigurou à medida em que assumiu a laicização, firmando-se como referência na formação de recursos humanos para a enfermagem, delineando os rumos da profissionalização em enfermagem no estado de Minas Gerais com repercussão nos cenários da enfermagem brasileira e da América Latina e no Sistema Único de Saúde.(AU)
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