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Práticas de cuidado à mulher no ciclo gravídico puerperal com histórico de consumo de álcool e outras drogas: perspectiva da enfermagem / The practices of care to women with use and abuse of alcohol and other drugs: nursing perspective

Bessler, Danielle.
Rio de Janeiro; s.n; 2018. 117 p. il. color..
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-964199
Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva. Teve como objetivo geral analisar as práticas de cuidado desenvolvidas por profissionais de enfermagem à mulher com uso e abuso de álcool e outras drogas na gestação, parto e puerpério na perspectiva da vulnerabilidade e das políticas públicas de saúde. Utilizou o método "Narrativa de vida" de Daniel Bertaux. Os dados foram coletados em domicílios de participantes da Área Programática 3.1 da cidade do Rio de Janeiro, no período de julho e setembro de 2017. O critério de inclusão foi mulheres que fizeram uso e abuso de álcool e outras drogas durante a gestação, parto e/ou puerpério. A questão norteadora da entrevista fale dos cuidados que você recebeu dos profissionais de enfermagem na gestação, parto, pós-parto e nascimento do seu filho. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa. Após transcrições, releituras e recodificações as unidades temáticas foram agrupadas e utilizou-se a análise temática. Emergiu das narrativas a categoria analítica "Mulheres que usam e abusam de álcool e outras drogas Vulnerabilidades e Práticas de cuidado de Enfermagem", que foi analisada sob a ótica da vulnerabilidade, das políticas públicas e do referencial teórico da Teoria da Transição de Afaf Meleis. As narrativas evidenciaram que todas as mulheres entrevistadas consideram que receberam assistência de qualidade no momento parto e, que as práticas de cuidado recebidas, foram boas práticas. Evidenciou-se o emprego de procedimentos invasivos de cuidado, como o toque vaginal e uso de soro com ocitocina. As mulheres apresentaram medo, culpa e vergonha por fazerem uso e abuso de álcool e outras drogas durante a gestação e até mesmo rejeitam a gravidez. Na perspectiva da Teoria da Transição evidenciou-se que as mulheres apresentam transição desenvolvimental gravidez/ser mãe; situacional uso abusivo de álcool e outras drogas e saúde-doença tratamento da Sífilis congênita. As condições de transição influenciaram a forma como cada pessoa reage à transição. As consultas pré-natais representam o primeiro contato dessa mulher com seu processo transicional e a enfermeira pode facilitar a aceitação de uma gestação, após rejeição inicial da mesma. Sob o ponto de vista da Vulnerabilidade as participantes apresentaram vulnerabilidade individual falta de informação de medidas educativas sobre as formas de transmissão e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, baixo poder de confiança ou estima para adotar medidas preventivas, como o uso sistemático de preservativos nas relações sexuais; social mães com menos de oito anos de estudo, multíparas, sem o companheiro, sem ocupação ou com ocupação que exige apenas o nível fundamental e programática falta de integração de serviços na promoção da saúde do indivíduo para agendamento da consulta, déficit no acesso para realização dos exames de rotina do pré-natal.

Conclusão:

evidenciou-se que as participantes vivenciaram três tipos de transição; apresentam-se mais vulneráveis com o uso e abuso de álcool e outras drogas, foram submetidas a práticas obstétricas rotineiras e não se vinculam aos profissionais de enfermagem e, sim aos Agentes Comunitários de Saúde e Redutores de Danos.
Biblioteca responsável: BR1366.1
Localização: BR1366.1; 614.253.5, B557, TE720