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O memorialista interessado: a construção da imagem do Império na Primeira República

Alonso, Angela.
Caxambu; s.n; out. 2008. 30 p.
Monografia em Português | BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-1370
Nabuco é emblemático dessa reação monárquica à República. Contudo, esse sentido de seus textos dos anos 1890 fica meio obscurecido pela qualidade de sua escrita. O ensaísmo de Nabuco - como a literatura de Machado de Assis soa ainda arguto e saboroso para os leitores do século XXI, seja por considerações abrangentes sobre o funcionamento da sociedade e da política que sobreviveram ao tempo, seja em virtude da composição e do estilo. Sem negar esse valor transcendente das obras de Nabuco, já reconhecido por vários analistas (Nogueira, 1984; Carvalho, 1998; Salles, 2002; Araújo, 2003), vou argumentar aqui que o significado primeiro desses textos emana do contexto em que foram escritos e que a intenção de Nabuco ao escrevê-los era de intervir no debate político. Intervenção Estrangeira, Balmaceda e Um Estadista do Império são tão políticos e tão empenhados quanto O Abolicionismo, apenas com sentido invertido. Se nos anos 1880, escrevia a contestação do status quo imperial, da ótica de um reformista, na década de 1890 seu combate de monarquista derrotado é à ordem republicana. Por meio de uma leitura intencionalista e contextual desses textos, procurarei mostrar que os textos de Nabuco nos anos 1890 são esforços de construção de imagens do Império e da República em termos de pares antitéticos, erigindo uma hierarquia de males da Primeira República e assinalando o legado positivo do regime deposto. Nabuco transitava da luta política entre reformistas e refratários, de que tomara parte tão vigorosa nos anos 1880, para a luta simbólica entre monarquistas e republicanos, que estruturaria o debate público brasileiro dos anos 1890.(AU)
Biblioteca responsável: BR1273.1