Esta apresentação faz parte de minha pesquisa de mestrado em andamento, sobre a construção de uma certa identidade nacional no cinema brasileiro a partir da produção cinematográfica da Atlântida, no período de 1941 a 1954. Minha proposta aqui é apresentar reflexões a partir da figura de José Carlos Burle, fundador e um dos principais diretores da empresa. Acredito que a produção de Burle enquanto articulista de jornal, músico e cineasta permite abrir um diálogo preliminar entre o cinema brasileiro e o pensamento social no Brasil o que a meu ver é uma abordagem fortuita para entender os processos de negociação de identidades e diferenças. Dentre os criadores da companhia cinematográfica, Burle é uma das figuras centrais de minha pesquisa, uma vez que canções, artigos de jornal e filmes de sua autoria são algumas das poucas fontes que permitem acessar idéias caras ao projeto da Atlântida, que se propunha a prestar indiscutíveis serviços para a grandeza da nação.(AU)