This article analyses Lima Barreto's lifelong relationship with magazines not only as a contributor, but also as a founder, editor, and even collector of these ephemeral publications. His debut in 1902 as a writer for his college magazine, A Lanterna, and his death in 1922 while contributing to A.B.C. and Careta, can be considered symbolic events that epitomize the birth and death of a career wholeheartedly dedicated to this métier. A central argument is that it is highly significant that Barreto published his works in magazines more often than in newspapers. To him, magazines were stores of rhetorical weapons, artefacts that could confront the intellectual values established and concentrated in Rio de Janeiro. (AU)
Este artigo analisa a relação que Lima Barreto manteve, ao longo de sua carreira como escritor, com revistas de variados tipos. Além de colaborador, Lima Barreto também foi fundador e editor de publicaçõesefêmeras que marcaram seu projeto literário. Sua iniciação em 1902 na revistaA Lanterna e sua morte em 1922, enquanto colaborava com os semanáriosCareta eA.B.C., são eventos simbólicos que sintetizam vida e morte de uma carreira dedicada a estemétier. O argumento do artigo é que é altamente significativo o fato de Lima Barreto ter publicado a maior parte de seus textos em revistas e não em jornais diários da época. Para ele, as revistas eram artefatos que podiam confrontar os valores intelectuais que reinavam no Rio de Janeiro da Primeira República. (AU)