O interesse pela análise do pensamento museológico e patrimonial de Sérgio Buarque de Holanda, se dá pela hipótese e percepção da existência de uma relação entre suas obras teóricas e práticas e o campo museal e cultural. Outros intelectuais brasileiros como Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro, Gustavo Barroso e Edgard Roquette Pinto protagonizaram a narrativa sociológica dos museus, apresentando e valorizando a diversidade cultural, o papel educativo e científico dos museus, no contexto dos primeiros meados do século XX. Para a coleta dos dados utilizam-se fontes primárias e secundárias de pesquisa em arquivos, bibliotecas e museus, abrangendo instituições nacionais e italianas. Aponta como principais
resultados:
a)identificando-o como intelectual de ampla envergadura, esta pesquisa aborda sua contribuição para a construção e divulgação nacional e internacional do patrimônio cultural brasileiro. b) identifica como fundamental a inserção desse intelectual no papel de semeador e difusor de memórias, enquanto diretor do Museu Paulista (1946- 1956) e do Instituto Cultural Brasil-Itália em Roma (1953-1954), como adido cultural brasileiro na Itália (1952-1954). Conclui que como homem de ação política e cultural dirigiu instituições culturais e, envolveu-se em projetos educativos, de reconhecimento e instituidores de dispositivos para proteção do patrimônio cultural brasileiro.