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1.
Belo Horizonte; s.n; 2023. 91 p. ilus.
Tese em Português | BBO - Odontologia | ID: biblio-1516462

RESUMO

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma doença é considerada rara quando acomete cerca de 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. No Brasil existem cerca de 13 milhões de pessoas diagnosticadas com alguma doença rara. O presente estudo objetivou comparar o perfil odontológico de pacientes brasileiros com doenças genéticas raras de envolvimento esquelético com brasileiros normotípicos. O estudo foi realizado a partir de um banco de dados cujas informações foram coletadas em 2019. Foi desenvolvido um estudo transversal, com uma amostra de conveniência (amostragem do tipo snowball) de 105 indivíduos com doenças genéticas raras ([MPS (n=27) / OI (n=78)], na faixa etária de dois a 54 anos e os pais/responsáveis, e 105 indivíduos sem doenças genéticas raras. A amostra foi selecionada em ambulatórios médicos de serviços especializados/referência em doenças raras, de cinco estados brasileiros (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais (sexo, idade, cor da pele e renda familiar) e perfil odontológico dos participantes. O perfil odontológico foi identificado a partir de questões relacionadas à história odontológica do participante [experiência odontológica, dor dentária (últimos 12 meses), tempo e motivo da última consulta odontológica, uso do SUS para assistência odontológica, satisfação sobre a assistência recebida na última consulta odontológica, dificuldades para o filho receber assistência odontológica] e presença/ausência de problemas dentários. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] / CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]. Foram realizadas as análises univariada, bivariada e multivariada [Regressão logística binária não-ajustada e ajustada (Odds Ratio, método Conditional Backward, IC 95%)]. A média de idade dos indivíduos com doença rara foi de 14,1 anos (±12,2) e mediana 9,5 anos. A maioria era do sexo feminino (53,8%), cor da pele não branca (56,7%) e renda familiar superior a um salário mínimo (82,4%). Entre os indivíduos com doenças raras, 78 tinham OI (37,1%) e 27 com MPS (12,9%). A maior parte era do estado de Minas Gerais (46,7%). Pacientes que já utilizaram os serviços odontológicos do SUS apresentaram uma chance 2,24 maior de pertencer ao grupo de pacientes com doenças raras (OR= 2,24; IC 95%: 1,07- 4,89). Os participantes com histórico de dificuldades para receber tratamento odontológico apresentaram 14,86 vezes maior chance de serem pacientes com doenças raras (OR=14,86; IC 95%: 5,96-27,03). E, os participantes diagnosticados com algum problema bucal apresentaram 10,38 vezes mais chances de pertencerem ao grupo com doenças raras (OR=10,38; IC 95%: 1,95-35,17). Pacientes com doenças raras apresentaram maior histórico de dificuldade em conseguir acesso a tratamento odontológico e de fazer uso do sistema público de saúde/SUS e foram diagnosticados com mais problemas dentários comparados aos indivíduos normotípicos.


According to the World Health Organization, a disease is considered rare when it affects about 65 people per 100,000 individuals. Brazil has about 13 million people affected by rare diseases. The aim of the present study was to compare the dental profile of Brazilian patients with skeletal rare genetic disorders and normotypical Brazilian patients. The study was carried out from a database with information collected in 2019. A cross-sectional study was carried out with 105 individuals with rare genetic diseases ([MPS (n=27) / OI (n=78)], with two to 54 years old and their parents/guardians. 105 normotypical individuals were also recruited for the study (Snowball sampling). The sample was selected in outpatient clinics that are reference in the care of rare diseases, in five Brazilian states (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro and São Paulo). Parents/guardians answered a questionnaire about individual aspects of their child (gender, age, skin color and level of education of parents/guardians).The dental profile was identified from questions related to dental history [(patient's dental experience, presence of dental pain (last 12 months), when was the last dental visit and the reason for it, use of Unified Health System (SUS) dental care services, satisfaction with the care received at the last dental appointment, difficulties for the child to receive dental treatment)] and presence/absence of dental problems. The study received approval from the Research Ethics Committee of Federal University of Minas Gerais (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] / CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]. A descriptive analysis and non-adjusted and adjusted binary logistic regression models was performed (Odds Ratio, Conditional Backward method, 95%CI). The results showed that the average age of individuals with a rare disease was 14.1 years (±12.2) and median age of 9.5 years. Most of them were female (53.8%), non-white skin color (56.7%) and with a family income higher than one minimum wage (82.4%). Among individuals with rare diseases, 78 (37.1) were with OI and 27 (12.9) with MPS. Most of the sample were from Minas Gerais state, Brazil, [98(46.7)]. Participants who had already used SUS dental care services had a 2.24 times higher chance of belonging to the group with rare diseases (OR= 2.24;95% CI: 1.07-4.89). Patients with a history of difficulties to receive dental treatment were 14.86 times more likely to belong to the group with rare diseases (OR=14.86; 95% CI: 5.96- 27.03). Patients diagnosed with 1 or more dental problems were 10.38 times more likely to belong to the group with rare diseases (OR=10.38; 95% CI: 1.95-35.17). Individuals with rare diseases have a greater history of difficulty in accessing dental treatment, use the public health system/SUS, and were diagnosed with more dental problems compared to normotypical Brazilian patients.


Assuntos
Osteogênese Imperfeita , Saúde Bucal , Mucopolissacaridoses , Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências , Doenças Raras
2.
Belo Horizonte; s.n; 2023. 82 p. ilus, tab.
Tese em Português | BBO - Odontologia | ID: biblio-1517837

RESUMO

As doenças raras são definidas pelo Ministério da Saúde do Brasil como aquelas que afetam até 65 pessoas por 100.000 pessoas. No Brasil, estima-se que existam entre 13 a15 milhões de pessoas afetadas aproximadamente. Dentro desse grupo de enfermidades raras estão aquelas de etiologia genética cujo desenvolvimento esquelético é afetado; como as mucopolissacaridoses (MPS) e a osteogênese imperfeita (OI); as quais estão associadas à diversas alterações orofaciais. O objetivo deste estudo foi comparar a prevalência de má oclusão e o perfil facial de crianças e adolescentes com doenças genéticas raras que afetam o desenvolvimento esquelético com crianças e adolescentes normotípicos. Foi realizado um estudo observacional transversal com 152 crianças e adolescentes, sendo 76 com doenças genéticas raras ([MPS (n=19) / OI (n=57)], e 76 sem doença genética rara; na faixa etária de dois a 19 anos e os pais/responsáveis. Os grupos foram pareados por idade e sexo. As crianças/adolescentes com doenças raras foram recrutadas em ambulatórios médicos de serviços de referência em doenças genéticas raras, de cinco estados brasileiros (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). O grupo sem doença rara foi recrutado em outros ambulatórios dos mesmos hospitais. Foi realizado o exame bucal das crianças/adolescentes (presença de má oclusão) e a análise subjetiva do perfil facial (simetria facial, proporção facial, altura facial anteroinferior, perfil facial, convexidade facial, ângulo nasolabial, selamento labial, linha mento-pescoço). Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre questões individuais, sociodemográficas, comportamentais e história médica e odontológica do filho. O Directed Acyclic Graph (DAG) foi utilizado para identificar possíveis variáveis de confusão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] e CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]). Foi realizada a análise univariada da frequencia de alterações faciais e de má oclusão em ambos os grupos. A média de idade das crianças/adolescentes foi de 8,9 anos (±4,6). Não houve variáveis de confusão para a associação entre doenças raras e questões oclusais. Quando comparada ao grupo sem doença rara, verificou-se que a amostra de participantes com doenças raras foi identificada com maior prevalência de má oclusão (apinhamento, giroversão, alterações de overjet/overbite, mordida cruzada e/ou aberta e má oclusão de classe III). O grupo com doenças raras apresentou maior tendência com percentual maior de alterações faciais (dolicofacial, perfil convexo/côncavo, proporção/altura facial inadequadas, ângulo nasolabial aberto/fechado, ausência de selamento labial, interposição de língua e linha queixo-pescoço inadequada) do que o grupo de comparação. Pôde-se concluir que as crianças e adolescentes com doenças genéticas raras que afetam o desenvolvimento esquelético apresentaram prevalência maior de má oclusão e de alterações faciais, quando comparados às crianças/adolescentes sem doenças raras.


Rare diseases are defined as those that affect up to 65 people per 100,000 people. In Brazil, it is estimated that there are between 13 and 15 million people with rare diseases. In this group of diseases are those of genetic etiology that affect skeletal development; such as Mucopolysaccharidoses (MPS) and Osteogenesis Imperfecta (OI). They are two diseases associated with several orofacial alterations. The aim of this study was to compare the prevalence of malocclusion and the facial profile of children and adolescents with rare genetic diseases that affect skeletal development with normotypical children and adolescents. A cross-sectional observational study was carried out with 152 children and adolescents, 76 with rare genetic diseases ([MPS (n=19) / OI (n=57)], and 76 without rare genetic diseases; aged between two and 19 years and parents/guardians. The groups were matched by age and gender. Children/adolescents with rare diseases were recruited from outpatient clinics of specialized or reference services in rare genetic diseases, in five Brazilian states (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro and São Paulo). The group without a rare disease was recruited from other clinics in the same hospitals. A clinical examination of the malocclusion of the children/adolescents and an analysis of the facial profile were performed (facial symmetry, facial proportion, anteroinferior facial height, facial profile, facial convexity, nasolabial angle, lip sealing, chin-neck line). Parents/guardians answered a questionnaire about individual, sociodemographic, behavioral questions and the child's medical and dental history. The Directed Acyclic Graph (DAG) was used to identify possible confounding variables. The study was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of the Federal University of Minas Gerais (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] / CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]). Univariate analysis of the frequency of facial alterations and malocclusion was performed in both groups. The average age of children/adolescents was 8.9 years (± 4.6). There were no confusion variables for the association between rare diseases and occlusal issues. When compared to the group without a rare disease, it was found that the sample of participants with rare diseases was identified with a higher prevalence of malocclusion (dental crowding, rotation, overjet/overbite changes, crossbite and/or open bite). The group with rare diseases was also diagnosed with a higher percentage of facial alterations (dolichofacial, convex/concave profile, inadequate facial proportion/height, open/closed nasolabial angle, absence of lip seal, tongue interposition and inadequate chin-neck line) when compared to the normotypic group. It could be concluded that children and adolescents with rare genetic diseases that affect skeletal development had a higher prevalence of malocclusion and facial alterations, when compared to children/adolescents without rare diseases.


Assuntos
Osteogênese Imperfeita , Mucopolissacaridoses , Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências , Doenças Raras , Má Oclusão
3.
Belo Horizonte; s.n; 2021. 95 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1392062

RESUMO

A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença genética rara, caracterizada por ossos frágeis com fraturas recorrentes. Na maioria dos casos a OI, é causada por mutações nos genes COL1A1 ou COL1A2 os quais codificam o colágeno tipo I. Mutações em novos genes envolvidos na via do metabolismo ósseo têm sido descobertas. A OI está associada a alterações dentárias e craniofaciais, sendo as mais prevalentes a dentinogênese imperfeita e a má oclusão. A literatura tem mostrado que é possível predizer o risco de fratura óssea ao analisarmos índices radiomorfométricos e dimensão fractal (DF) da mandíbula em radiografias panorâmicas. O objetivo desta pesquisa foi verificar se há diferenças no padrão de oclusão, na cortical e no trabeculado ósseo mandibular de indivíduos com OI quando comparados com indivíduos sem OI. Desse modo, a tese conta com a apresentação de dois artigos científicos. O primeiro artigo objetivou analisar dois índices radiomorfométricos, o índice cortical mandibular (ICM) e o índice mentual (IM), e a DF do trabeculado ósseo mandibular de indivíduos com OI e comparar com indivíduos sem OI. Foi realizado um estudo transversal, pareado por idade e sexo, com 20 indivíduos com OI e 40 sem OI. Os dados foram obtidos por meio de radiografias panorâmicas de pacientes com OI e sem OI atendidos na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (protocolo 02470518.3.0000.5149). O teste t pareado (p <0,05) foi usado para comparar os valores de IM e DF. O teste do qui-quadrado (p <0,05) comparou o ICM entre os grupos. A média de idade de ambos os grupos foi 13,10 anos (± 6,57). O valor médio do IM foi de 2.08 (±0.79) no grupo de indivíduos com OI e 2.91 (±0.60) para indivíduos sem OI (p<0,001). O valor médio de DF do grupo OI [0.3248 (±0.7240)] foi inferior ao do grupo sem OI [0.3814 (±0.5587)] no côndilo mandibular (p=0,002). O grau C3 do ICM foi mais frequente entre os indivíduos com OI (p <0,001). Indivíduos com OI apresentaram valores menores nos IM e DF, além de pior morfologia da cortical mandibular. O segundo artigo, uma revisão sistemática e meta-análise (já publicada), objetivou avaliar se indivíduos com OI são mais afetados por má oclusão do que indivíduos normotípicos. Foi realizada uma busca nas principais bases. A avaliação do risco de viés e a análise da força de evidência foram conduzidas. Em comparação com indivíduos sem OI, o grupo com OI teve 19,69 vezes mais chance de apresentar má oclusão de Classe III de Angle (OR = 19,69, IC: 9,00­43,09) e apresentar maior mordida cruzada anterior (MD = 6,08, CI: 2,40­9,77). Indivíduos sem OI tiveram um ângulo ANB (MD= 3,88, IC: 1,15­6,61) e ângulo SNA (MD = 2,11, IC: 0,24­3,98) significativamente maiores em comparação com indivíduos com OI. Nenhuma diferença entre os grupos foi encontrada para SNB (MD = −0,50, IC: −2,21 a 1,21) e mordida aberta (MD = 0,98, IC: −0,29 a 2,25). A maioria dos estudos incluídos teve qualidade metodológica moderada. A força da evidência foi baixa ou muito baixa. A ocorrência de má oclusão Classe III de Angle e mordida cruzada anterior foi maior entre os indivíduos com OI em comparação com aqueles sem OI.


Osteogenesis Imperfecta (OI) is a rare genetic disease characterized by fragile bones with recurrent fractures. In most cases, OI is caused by mutations in the COL1A1 or COL1A2 genes which encode type I collagen. Mutations in new genes involved in the bone metabolism pathway have been discovered. OI is associated with dental and craniofacial alterations, the most prevalent being dentinogenesis imperfecta and malocclusion. The literature has shown that it is possible to predict the risk of bone fracture when analyzing radiomorphometric indices and fractal dimension (FD) of the mandible in panoramic radiographs. The objective of this research was to verify if there are differences in the occlusion pattern, in the cortical and in the mandibular bone trabeculate of individuals with OI when compared to individuals without OI. Thus, the thesis has the presentation of two scientific articles. The first article aimed to analyze two radiomorphometric indices, the mandibular cortical index (MCI) and the mentual index (MI), and the FD of the mandibular bone trabeculate of individuals with OI and compare with individuals without OI. A cross-sectional study, matched by age and sex, was carried out with 20 individuals with OI and 40 without OI. Data were obtained through panoramic radiographs of patients with OI and without OI treated at the Faculty of Dentistry of the Federal University of Minas Gerais. The study was approved by the Research Ethics Committee at UFMG (protocol 02470518.3.0000.5149). Paired t-test (p < 0.05) was used to compare MI and DF values. The chi-square test (p < 0.05) compared the ICM between groups. The mean age of both groups was 13.10 years (± 6.57). The mean value of MI was 2.08 (±0.79) in the group of individuals with OI and 2.91 (±0.60) for individuals without OI (p<0.001). The mean FD value of the OI group [0.3248 (±0.7240)] was lower than that of the group without OI [0.3814 (±0.5587)] in the mandibular condyle (p=0.002). ICM grade C3 was more frequent among individuals with OI (p<0.001). Individuals with OI had lower MI and DF values, in addition to worse mandibular cortical morphology. The second article, a systematic review and meta-analysis (already published), aimed to assess whether individuals with OI are more affected by malocclusion than normotypic individuals. A search was carried out in the main bases. Risk of bias assessment and strength of evidence analysis were conducted. Compared with individuals without OI, the group with OI was 19.69 times more likely to have Angle Class III malocclusion (OR = 19.69, CI: 9.00­ 43.09) and to have greater anterior crossbite (MD = 6.08, CI: 2.40­9.77). Subjects without OI had a significantly greater ANB angle (MD= 3.88, CI: 1.15­6.61) and SNA angle (MD= 2.11, CI: 0.24­3.98) compared to subjects with hi. No difference between groups was found for SNB (MD = −0.50, CI: −2.21 to 1.21) and open bite (MD = 0.98, CI: −0.29 to 2.25). Most of the included studies were of moderate methodological quality. The strength of the evidence was low or very low. The occurrence of Angle Class III malocclusion and anterior crossbite was higher among individuals with OI compared to those without OI.


Assuntos
Osteogênese Imperfeita , Radiografia Panorâmica , Osso Esponjoso , Osso Cortical , Má Oclusão
4.
Belo Horizonte; s.n; 2021. 148 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1392372

RESUMO

Os indivíduos com doenças genéticas raras podem apresentar alterações no sistema nervoso e/ou musculoesquelético, inclusive comprometimento cognitivo, distúrbios neuropsicomotores, más formações craniofaciais e alterações oclusais e dentárias. Posição alterada dos dentes na arcada, alterações na estrutura óssea e na formação dentária, quando associadas a uma dieta cariogênica e a uma escovação deficiente, podem atuar como fatores predisponentes às doenças cárie e gengivite. As Mucopolissacaridoses (MPS) e a Osteogênese Imperfeita (OI) são doenças raras que afetam o desenvolvimento esquelético. Alterações físicas e motoras presentes na maioria dos indivíduos com essas doenças podem aumentar a dificuldade para realização da higiene bucal. Além disso, o desconhecimento de grande parte dos cirurgiões-dentistas em relação às doenças genéticas raras, dificulta muito o acesso dessa parcela da população para atendimento odontológico tanto na rede pública quanto na rede privada. Isso torna esses indivíduos mais vulneráveis aos problemas bucais quando comparados a indivíduos com outras deficiências e à população normotípica. O objetivo da pesquisa foi comparar indivíduos brasileiros com doenças genéticas raras com envolvimento esquelético e indivíduos sem doenças raras em relação à prevalência de problemas bucais. Além disso, objetivou-se sintetizar as modalidades do tratamento ortodôntico e da cirurgia ortognática para correção da má oclusão em indivíduos com OI. Desse modo, a tese conta com a apresentação de dois artigos científicos, sendo um estudo transversal e uma revisão sistemática. O artigo 1 objetivou comparar a prevalência de problemas bucais de indivíduos brasileiros com doenças genéticas raras que afetam o desenvolvimento esquelético e indivíduos sem doenças raras. Foi realizado um estudo transversal, pareado por idade e sexo, com 210 indivíduos [105 com doença genética rara: MPS (n=27) / OI (n=78) e 105 sem doença rara], na faixa etária de dois a 57 anos e os pais/responsáveis. O grupo com doenças raras foi recrutado em ambulatórios médicos de serviços especializados ou de referência em doenças genéticas raras, de cinco estados brasileiros (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Os indivíduos sem doença rara foram recrutados em outros ambulatórios dos mesmos hospitais. Os grupos foram examinados quanto a má oclusão, anomalias dentárias, cárie dentária e gengivite. Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais, sociodemográficos, comportamentais, história médica e odontológica dos indivíduos com doença rara e sem doença rara. O Directed Acyclic Graph (DAG) foi utilizado para identificar possíveis variáveis de confusão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] / CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]). Foi realizada a análise descritiva e modelos de regressão logística binária não-ajustados e ajustados (Odds Ratio, método Conditional Backward, IC95%). A média de idade dos indivíduos examinados foi de 14,2 anos (± 12,3). No modelo final permaneceram as variáveis doença genética rara, cor da pele e renda familiar. Apenas a variável doença genética rara foi associada com os problemas bucais. Indivíduos com doença genética rara apresentaram 12,9 vezes mais chance de ter algum problema bucal (IC95% 3,7- 44,7), em comparação com indivíduos sem doença rara. Concluiu-se que indivíduos com doença genética rara apresentaram maior prevalência de problemas bucais quando comparados a indivíduos sem doença rara. O artigo 2 objetivou sintetizar, por meio de uma revisão sistemática, as modalidades de tratamento ortodôntico, cirurgia ortognática e a combinação de ambos os tratamentos, para a correção de má oclusão em indivíduos com OI. A busca em bases de dados identificou 22 artigos, contabilizando 28 casos clínicos. A má oclusão foi considerada grave em 11 casos, com registros de overjet negativo entre 9 e 26 mm. O tratamento ortodôntico foi realizado em quatro casos, a cirurgia ortognática em cinco e o tratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática em 19 casos. Concluiu-se que o tratamento das más oclusões é viável em indivíduos com OI. Quando devidamente indicado, esse tratamento pode proporcionar resultados estéticos e funcionais satisfatórios e com estabilidade adequada.


Individuals with rare genetic diseases may present changes in the nervous and/or musculoskeletal system, including cognitive impairment, neuropsychomotor disorders, craniofacial malformations, and occlusal and dental changes. Altered tooth position in the arch, changes in bone structure and tooth formation, when associated with a cariogenic diet and poor brushing, can act as predisposing factors for caries and gingivitis. Mucopolysaccharidoses (MPS) and Osteogenesis Imperfecta (OI) are rare diseases that affect skeletal development. Physical and motor changes present in most individuals with these diseases can increase the difficulty in performing oral hygiene. In addition, the lack of knowledge of most dentists about rare genetic diseases makes it very difficult for this portion of the population to have access to dental care in both the public and private networks. This makes these individuals more vulnerable to oral problems when compared to individuals with other disabilities and the normotypical population. The aim of the study was to compare Brazilian individuals with rare genetic diseases with skeletal involvement and individuals without rare diseases about the prevalence of oral problems. The other aim was to synthesize the modalities of orthodontic treatment and orthognathic surgery to correct malocclusion in individuals with OI. Thus, the thesis has the presentation of two scientific articles, being a cross- sectional study and a systematic review. Article 1 aimed to compare the prevalence of oral problems in Brazilian individuals with rare genetic diseases that affect skeletal development and individuals without rare diseases. A cross-sectional study, paired by age and sex, was carried out with 210 individuals [105 with rare genetic disease: MPS (n=27) / OI (n=78) and 105 without rare disease], aged from two to 57 years and parents/guardians. The group with rare diseases was recruited from medical clinics of specialized or reference services in rare genetic diseases, in five Brazilian states (Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro and São Paulo). Individuals without rare diseases were recruited from other outpatient clinics in the same hospitals. The groups were examined for malocclusion, dental anomalies, tooth decay and gingivitis. Parents/guardians answered a questionnaire on the individual, sociodemographic, behavioral, medical and dental history of individuals with rare diseases and without rare diseases. Directed Acyclic Graph (DAG) was used to identify possible confounding variables. The study was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of the Federal University of Minas Gerais (CAAE 01480212.4.0000.5149 [MPS] / CAAE 54755516.4.0000.5149 [OI]). Descriptive analysis and unadjusted and adjusted binary logistic regression models were performed (Odds Ratio, Conditional Backward method, 95%CI). The average age of the individuals examined was 14.2 years (± 12.3). The variables rare genetic disease, skin color and family income remained in the final model. Only the rare genetic disease variable was associated with oral problems. Individuals with a rare genetic disease were 12.9 times more likely to have an oral problem (95%CI 3.7-44.7), compared to individuals without a rare disease. It was concluded that individuals with a rare genetic disease had a higher prevalence of oral problems when compared to individuals without a rare disease. Article 2 aimed to synthesize, through a systematic review, the modalities of orthodontic treatment, orthognathic surgery and the combination of both treatments for the correction of malocclusion in individuals with OI. The search in databases identified 22 articles, accounting for 28 clinical cases. Malocclusion was considered severe in 11 cases, with negative overjet recordings between 9- and 26- mm. Orthodontic treatment was performed in four cases, orthognathic surgery in five, and orthodontic treatment associated with orthognathic surgery in 19 cases. It was concluded that the treatment of malocclusions is feasible in individuals with OI. When properly indicated, this treatment can provide satisfactory aesthetic and functional results and with adequate stability.


Assuntos
Osteogênese Imperfeita , Mucopolissacaridoses , Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências , Doenças Raras , Vulnerabilidade em Saúde
5.
Belo Horizonte; s.n; 2020. 102 p. ilus, tab.
Tese em Português | BBO - Odontologia, LILACS | ID: biblio-1151429

RESUMO

As doenças genéticas raras são consideradas eventos patológicos de origem genética de baixa ocorrência e com ampla diversidade de sinais e sintomas. Geralmente, indivíduos acometidos com doenças raras apresentam alterações musculares, esqueléticas e do sistema nervoso central. Muitas manifestações orofaciais são comuns nessa parcela da população, que, na grande maioria das vezes, apresenta dificuldade de acesso ao tratamento odontológico adequado. O conceito de integralidade do cuidado é amplamente discutido tanto nas práticas na área da saúde, quanto nas discussões relacionadas à compreensão do ser humano, de sua condição integral e não parcial. Este estudo objetivou identificar fatores associados ao acesso ao serviço de saúde bucal para indivíduos com doença genética rara e sem doença genética rara. Foi realizado um estudo transversal, pareado por sexo e idade, com 140 indivíduos [70 com doença genética rara - Mucopolissacaridoses (n=29) / Osteogênese Imperfeita (n=41) - e 70 sem doença genética rara] e os pais/responsáveis. A amostra foi selecionada em dois hospitais referência para pacientes com doenças raras em Minas Gerais, sudeste do Brasil. Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre aspectos individuais (sexo, idade, cor da pele e escolaridade dos pais/responsáveis) e história médica e odontológica do filho (infecções respiratórias, uso rotineiro de medicamentos, acesso ao serviço de saúde bucal). O tipo de doença rara (MPS ou OI) foi confirmado pelo prontuário médico do paciente. O acesso ao serviço de saúde bucal foi analisado por meio da questão "Seu filho já foi ao dentista?" Os participantes com doença rara e sem doença rara foram examinados quanto à cárie dentária, má oclusão, anomalias dentárias e higiene bucal. Foi construído um modelo teórico por meio de Directed Acyclic Graph (DAG) para identificar possíveis variáveis de confusão na associação entre doenças raras e acesso ao serviço de saúde bucal. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram realizadas análises de regressão logística condicional não-ajustada e ajustada (p<0,05). A faixa etária dos indivíduos examinados foi de três a 27 anos, com média de idade de 10,3 anos (±6,5). A chance de o indivíduo sem doença genética rara ter acesso ao serviço de saúde bucal foi 5,32 vezes maior (IC95%: 2,35-12,01). Indivíduos sem episódios de infecções das vias aéreas superiores (menos de seis meses) apresentaram 3,16 vezes maior chance de terem acesso ao serviço de saúde bucal (IC95%: 1,45-6,90). Concluiu-se que indivíduos sem doença rara e sem história de infecções das vias aéreas superiores (menos de seis meses) apresentaram maior chance de pertencerem ao grupo de indivíduos com acesso ao serviço de saúde bucal


Rare genetic diseases are considered pathological events of low-occurrence genetic origin and with wide diversity of signs and symptoms. Generally, individuals affected with rare diseases present muscle, skeletal and central nervous system alterations. Many orofacial manifestations are common in this part of the population, that in the vast majority of time it has difficulty accessing adequate dental treatment. The concept of comprehensive care is widely discussed both in health practices, then discussions related to the understanding of the human being, of his integral and non-partial condition. This study aimed to identify factors associated with access to oral health service for individuals with rare genetic disease and without rare genetic disease. A cross-sectional study was conducted, matched by sex and age, with 140 individuals [70 with rare genetic disease - Mucopolysaccharidosis (n=29) / Osteogenesis Imperfect (n=41) - and 70 without rare genetic disease] and parents/guardians. The sample was selected in two reference hospitals for patients with rare diseases in Minas Gerais, southeastern Brazil. Parents/guardians answered a questionnaire about individual aspects and medical and dental history of the child. Participants with rare disease and without rare disease were examined for dental caries, malocclusion, dental anomalies and oral hygiene. The theoretical model of the Directed Acyclic Graphs (DAG) was used to identify possible confounding variables in the association between rare diseases and access to oral health service. The study was approved by the Research Ethics Committee of Federal University of Minas Gerais. Unadjusted and adjusted conditional logistic regression analyzes were performed (p<0.05). The age group of the individuals examined was three to 27 years, with a mean age of 10.3 years (±6.5). The chance of the individual without rare genetic disease belonging to the group with access to oral health service was 5.32 times higher (IC95%: 2.35-12.01). Individuals without episodes of upper airway infections (less than six months) were 3.16 times more likely to be in the group with access to oral health service (IC95%: 1.45-6.90). It was concluded that individuals without rare disease and without history of upper airway infections (< 6 months) were more likely to belong to the group of individuals with access to oral health services.


Assuntos
Osteogênese Imperfeita , Assistência Odontológica , Mucopolissacaridoses , Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências , Doenças Raras , Serviços de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Estudos Transversais
6.
Belo Horizonte; s.n; 2019. 70 p. ilus, tab.
Tese em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1016429

RESUMO

A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença genética que afeta o tecido conjuntivo e é causada por defeitos na síntese de colágeno tipo I. As alterações na produção do colágeno podem causar anomalias nos ossos da face, resultando em um crescimento craniofacial anormal e má-formação dos dentes e arcos dentários. Dentre as más oclusões, indivíduos com OI apresentam alta prevalência de mordida cruzada, mordida aberta e má oclusão de Classe III. Este estudo objetivou comparar os fatores associados com as más oclusões em crianças e adolescentes com OI e sem OI. Foi realizado um estudo transversal, pareado, com 39 indivíduos com OI e 39 sem OI, na faixa etária de três a 17 anos, e seus pais/responsáveis. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário direcionado aos pais/responsáveis e exame bucal das crianças e adolescentes atendidos nos setores de Ortopedia e Pediatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, região sudeste do Brasil. O instrumento continha itens sobre as características individuais, econômicas, hábitos comportamentais e história médica-odontológica dos filhos. O exame clínico identificou o tipo de respiração das crianças/adolescentes e a presença de anomalias dentárias, apinhamento dentário, má oclusão (mordida aberta anterior e mordida cruzada anterior/posterior) e dentinogênese imperfeita (DI). A fim de garantir a confiabilidade dos dados, foi realizado um treinamento teórico e a calibração prática dos examinadores. O treinamento teórico foi conduzido por meio de leitura sobre o tema e imagens em slides. Após essa etapa, seguindo um padrão ouro diagnóstico, foi realizada a calibração prática. Os valores kappa obtidos para cada condição examinada variaram de 0,82 a 0,96. A confiabilidade interna foi garantida por meio do testereteste do instrumento, que apresentou valores kappa entre 0,81 e 1,00. Em seguida foi realizado o estudo piloto com 5 pares de pais/responsáveis e crianças/adolescentes com OI e 5 sem OI. Após essas fases foi iniciado o estudo principal. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for Social Science - SPSS® (versão 21.0). A média de idade das crianças/adolescentes foi de 7,9 anos (±4,5). Ao comparar o grupo de crianças/adolescentes com OI e sem OI verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre ter OI e ser diagnosticado com anomalias dentárias (dentes conóides, dentes fusionados/ geminados, ausência clínica, rotação e microdontia) (p=0,001) e apinhamento dentário (p=0,001). A presença de OI foi estatisticamente associada com mordida aberta anterior (p=0,043), mordida cruzada anterior (p=0,045) e mordida cruzada posterior (p=0,004). No grupo com OI, a prevalência de mordida cruzada anterior foi associada com o uso de bifosfonatos (p=0,036) e com a presença de DI (p=0,004). A presença de mordida cruzada posterior foi associada com a presença de DI (p=0,006). A mordida aberta anterior não foi estatisticamente associada com as variáveis independentes (p>0,05). Concluiu-se que a prevalência de anomalias dentárias e de má oclusão foi maior entre as crianças/adolescentes com OI. No grupo com OI, ter DI foi associado a prevalência de mordida cruzada anterior e posterior entre as crianças/adolescentes. Fazer uso de bifosfonatos foi associado a mordida cruzada anterior.


Osteogenesis Imperfecta (OI) is a rare genetic disorder which affects connective tissue and it is caused by defects in type I collagen structure or synthesis. Alterations in collagen production might cause abnormal craniofacial growth and malformation of the teeth and dental arches. Among the malocclusions, individuals with OI have a high prevalence of crossbite, open bite and Class III malocclusion. This study aimed to compare the prevalence of malocclusion in children/adolescents with OI and without OI and to identify its associated factors. A cross-sectional study was performed of 39 individuals with OI and 39 without OI, aged from 3 to 17 years, and their parents/guardians. Children and adolescents with OI and without OI were matched by sex and age. They are treated in the Orthopedic and Pediatric outpatient clinics of a university hospital, in Belo Horizonte, southeastern Brazil. The instrument contained items on the individual, economic and oral-medical characteristics of the children. The clinical examination identified the type of breathing of the children / adolescents and the presence of dental anomalies, dental crowding, malocclusion (anterior open bite and anterior / posterior crossbite) and imperfect dentinogenesis (DI). In order to guarantee the reliability of the data, a theoretical training and the practical calibration of the examiners were carried out. Theoretical training was conducted through reading on the subject and images on slides. After this step, following a gold standard diagnosis, the practical calibration was performed. The kappa values obtained for each condition examined ranged from 0.82 to 0.96. The internal reliability was guaranteed by the test-retest of the instrument, which presented kappa values between 0.81 and 1.00. Then, the pilot study was carried out with 5 pairs of parents / guardians and children / adolescents with OI and 5 pairs without OI. After these phases the main study was started. This study was approved for the Research Ethics Committee of the Federal University of Minas Gerais. The mean age of children/adolescents was 7.9 years (± 4.5). When comparing the OI group and without OI, there was a statistically significant association between having OI and being diagnosed with dental anomalies (conoid teeth, fused/geminated teeth, clinical absence, rotation and microdontia) (p=0.001) and dental crowding (p=0.001). The presence of OI was statistically associated with anterior open bite (p=0.043), anterior crossbite (p=0.045) and posterior crossbite (p=0.004). In the OI group, the prevalence of anterior crossbite was associated with the use of bisphosphonates (p=0.036) and with the presence of ID (p=0.004). The presence of posterior crossbite was associated with the presence of ID (p=0.006). The anterior open bite was not statistically associated with the independent variables (p>0.05). It was concluded that the prevalence of dental anomalies and malocclusion was higher among children / adolescents with OI. In the group with OI, having DI was associated with the prevalence of anterior and posterior crossbite among children / adolescents. Using bisphosphonates was associated with anterior crossbite.


Assuntos
Criança , Adolescente , Osteogênese Imperfeita , Criança , Adolescente , Assistência Odontológica , Pessoas com Deficiência , Anormalidades Craniofaciais , Mordida Aberta , Dentinogênese Imperfeita , Difosfonatos , Má Oclusão , Inquéritos e Questionários , Diagnóstico Bucal
7.
Braz. dent. sci ; 21(3): 351-356, 2018. tab, ilus
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-911692

RESUMO

Osteogenesis Imperfecta leads to alterations in type 1 collagen fiber, apart from causing bone fracture, blue sclera and other related deformities. As few medical records are available in the field of dentistry regarding these alterations, having a better understanding of this medical disorder and its dental management has become a matter of extreme relevance if one is to provide adequate treatment for patients suffering from this medical condition. This paper reports the case of a 2-year old patient with Osteogenesis Imperfecta who received treatment as part of the Acolher Project ­ PNE run by the Federal Fluminense University in Rio de Janeiro, Brazil. (AU)


Osteogênese Imperfeita leva a alteração na fibra colágena tipo I, ocasiona fraturas ósseas, escleras azuladas e outras deformidades. Essa alteração apresenta poucos registros científicos no ramo da odontologia sendo extremamente importante para as áreas de Pacientes Especiais, Odontopediatria e Odontologia Hospitalar no entendimento dessa desordem e o manejo odontológico. Este estudo relata o caso de uma paciente de 2 anos de idade com Osteogênese Imperfeita atendida no Projeto AcolherPNEUFF.(AU)


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Doenças do Desenvolvimento Ósseo , Fraturas Ósseas , Osteogênese Imperfeita , Patologia Bucal , Odontopediatria
9.
Odonto (Säo Bernardo do Campo) ; 17(33): 96-101, jan.-jun. 2009. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: lil-542846

RESUMO

A osteogênese imperfeita é uma doença hereditária que afeta tecido conjuntivo. Pode ser classificada em sete tipos, conforme as características clínicas, radiográficas, histológicas e genéticas, e subtipos, conforme a presença ou não de dentinogênese imperfeita. O objetivo do presente trabalho é apresentar um caso familiar de osteogênese imperfeita do tipo IV associada à dentinogênese imperfeita. A paciente apresentava deficiência de crescimento corpóreo e história de várias fraturas ósseas. Os dentes tinham a coloração marrom, com baixa incidência de cárie, embora pudessem ser observados desgastes de suas faces incisais ou oclusais. Aos exames radiográficos panorâmico e periapical, observou-se que as câmaras pulpares e canais radiculares eram amplos nos dentes em formação ou recém-erupcionados, mas obliterados naqueles totalmente irrompidos. Através do levantamento da história familiar constatou-se que o pai também era portador de osteogênese imperfeita, diagnosticada apenas após a quarta fratura de fêmur, com associação à dentinogênese imperfeita. Características semelhantes descritas nesse trabalho foram também observadas em uma irmã mais jovem.


Osteogenesis imperfecta is a hereditary disorder that affects connective tissue. This disorder may be classified into seven types, according to clinical presentation, radiographic findings, mode of inheritance and histologic features, and into subtypes, depending on the absence or presence of dentinogenesis imperfecta. The most relevant clinical manifestations are represented by bone fragility, growth deficiency, blue sclera, hearing impairment and joint hypermobility. Craniofacial deformities include increased rates of open bite, anterior and/or posterior crossbite, class III occlusal relationship, prominent frontal bossae and short facial height. The aim of the present article is to report a familial case of osteogenesis imperfecta associated with dentinogenesis imperfecta. Clinical manifestations included short stature and the medical history of several bone fractures. Dentinogenesis imperfecta was also present, characterized by brown teeth, low incidence of caries, cracking and loss of enamel on occlusal surfaces caused by attrition. Radiographic findings included obliterated pulp chambers and root channels, although they were open in immature teeth. Similar characteristics were observed in the younger sister. The familiar history disclosed the first occurrence in the father, as he related four femoral fractures and had also manifested dentinogenesis imperfecta.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Colágeno Tipo I , Dentinogênese Imperfeita , Osteogênese Imperfeita/diagnóstico , Osteogênese Imperfeita/patologia , Radiografia Panorâmica
10.
JBP, j. bras. odontopediatr. odontol. bebê ; 6(29): 32-35, jan.-fev. 2003. ilus
Artigo em Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: lil-361658

RESUMO

A osteogênese imperfeita é uma anomalia congênita hereditária do tecido conjuntivo, que acomete o esqueleto, ligamentos, pele, esclerótica e a dentina. É caracterizada pela maturação anormal do colágeno dos tecidos mineralizados e não-mineralizados, resultando em múltiplas fraturas com graus variados de severidade, evoluindo para deformidades progressivas do esqueleto. As principais características são a osteoporose com fragilidade anormal do esqueleto, dentinogênese imperfeita e otosclerose prematura. A osteogênese imperfeita tipo IV acomete, além do tecido ósseo do esqueleto, o da face, acarretando micrognatia, hipertelorismo e dentinogênese imperfeita. O comprometimento do estado geral do indivíduo, frente à fragilidade óssea e conseqüentes fraturas, acaba acarretando problemas de grande monta para a cavidade bucal, trazendo repercussões sérias para o sistema estomatognático. O tratamento odontológico a ser oferecido a esse pacientes normalmente é dificultado pelo quadro geral. O presente artigo relata o caso de um paciente portador de Osteogênese Imperfeita tipo IV. Os autores têm por finalidade apresentar os aspectos clínicos e as manifestações bucais da doença, bem como ressaltar os cuidados no manuseio desses pacientes para evitar fraturas, inclusive as condilares.


Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Assistência Odontológica , Anormalidades da Boca , Reabilitação Bucal , Osteogênese Imperfeita
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