RESUMO
O amálgama dentário é um material consagrado há mais de 160 anos na Odontologia mundial, seus riscos à saúde das pessoas é considerado baixo pelas principais organiza¬ções reguladoras no mundo, porém esse conceito vem sendo questionado cientificamen¬te. Um dos principais emissores antropogênicos de mercúrio para o meio ambiente é a classe odontológica, que, sem uma fiscalização adequada, emite mercúrio através do descarte do amálgama dentário no sistema de esgoto municipal. A fiscalização desse descarte é dificultada pelo excesso de fontes de baixa emissão e pela desinformação referente ao assunto, por parte dos órgãos sanitários e da própria classe odontológica. Através de revisão crítica da literatura, realizou-se a caracterização dos riscos do mercúrio do amálgama, com o objetivo de estimular a mudança de comportamento dos cirurgiões-dentistas, dos órgãos públicos e de classe além da sociedade que recebe o tratamento odontológico.
Assuntos
Amálgama Dentário , Metais Pesados , Mercúrio/toxicidadeRESUMO
O presente artigo revisa, comenta e sumariza os dados obtidos e publicados anteriormente pelo Laboratório de Neurociências do Instituto de Ciências da Saúde (UFBa) sobre a ação de metais pesados sobre o controle do equilíbrio hidroeletrolítico em animais de laboratório (ratos). Basicamente, os trabalhos do grupo têm demonstrado que a administração central aguda de chumbo e cádmio em ratos provoca um significativo efeito de inibição da ingestão de água (antidipsogênese), quer a sede tenha sido provocada por um estímulo fisiológico (desidratação), quer tenha sido induzida por mecanismos farmacológicos (estimulação colinérgica e angiotensinérgica central). Além disso, os trabalhos do grupo demonstraram um significativa ação natriurética resultante da administração central tanto de chumbo quanto de cádmio. Provou-se também que a injeção central de chumbo é capaz de reduzir o apetite específico por sódio. Os possíveis mecanismos de ação e as implicações dos achados são aqui discutidos.