RESUMO
O objetivo do estudo foi avaliar comparativamente as proporções faciais transversais e verticais de indivíduos com maloclusão Classe II, Divisão 1 de Angle, segundo o modo respiratório. A amostra constou de fotografias extrabucais, em norma frontal, digitalizadas, de 20 indivíduos respiradores predominantemente bucais e de 24 predominantemente nasais, com idades entre 11,0 e 14,11 anos, não tratados ortodonticamente, nas quais foram traçados, por um único operador, os pontos e as linhas necessárias para a realização das medições, por meio do programa de cefalometria computadorizada Cef X 2001, versão 2.3.14. As proporções faciais verticais avaliadas foram: terço facial superior, médio e inferior em relação à altura facial total e lábio superior, assim como, distância estômio-mento em relação ao terço facial inferior. As proporções faciais transversais avaliadas foram: largura bizigomática e largura bigoníaca em relação à altura facial total; largura bigoníaca em relação à largura bizigomática; largura interíris em relação à largura bucal e largura intercantal em relação à largura nasal. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante (p≤0,05) entre as médias das proporções faciais transversais e verticais analisadas quando da comparação dos modos respiratórios. Concluiu-se, com base na amostra avaliada, que o modo respiratório predominante não influenciou significativamente as proporções faciais nos sentidos vertical e transversal.
Assuntos
Mecânica Respiratória , Fenômenos Fisiológicos Respiratórios , Dimensão Vertical , Face/anatomia & histologia , Respiração Bucal , Obstrução Nasal , Fotografação , Interpretação Estatística de DadosRESUMO
Há algum tempo que médicos otorrinolaringologistas, alergologistas, dentistas, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde têm verificado um significante aumento de respiradores bucais em Säo Paulo. Sabe-se que, pelo menos desde a virada do século, a funçäo respiratória tem sido implicada como um fator etiológico no desenvolvimento dentofacial. Com base nesta afirmaçäo surgiu o interesse de estudar a incidência de respiradores bucais em pacientes portadores de determinada maloclusäo, a tipo Classe II dentoalveolar e/ou esquelética. A presente pesquisa revelou um alto índice de respiradores bucais (75 por cento) dentre os portadores da maloclusäo. No entanto, os achados com relaçäo à morfologia palatal, tipo de mordida e tipologia facial näo comprovaram as hipóteses iniciais. Conclui-se que um trabalho preventivo e/ou de reabilitaçäo deve ser realizado assim que alteraçöes respiratórias ou dentofaciais sejam observadas em crianças