RESUMO
Pouco se sabe sobre a utilização de métodos aversivos de controle do comportamento de crianças durante a sedação em consultório odontológico. O objetivo desse estudo foi relatar a necessidade de restrição física em crianças sedadas para atendimento odontológico. Foram observadas 58 sessões realizadas em 16 crianças de 15 a 103 meses (mediana 41 meses), sendo sete do sexo feminino e nove do sexo masculino. Os sedativos administrados por via oral foram: midazolam (1,0mg/kg), hidrato de cloral (50mg/kg) e hidroxizina (2,0mg/kg). Eles foram comparados a uma suspensão placebo. Todas as sessões de atendimento odontológico foram filmadas em VHS, para posterior avaliação, minuto a minuto, da necessidade ou não de restrição. Os dados obtidos foram, então, tabulados e analisados, tendo como variável dependente do uso de restrição física e como independente o tipo de sedativo administrado e a duração da restrição. Em onze sessões, em 19% dos pacientes não necessitou o uso de nenhuma técnica de restrição física. Todos os sedativos apresentaram os mesmos resultados quanto à necessidade de restrição física durante a sedação (p>0,05). A porcentagem de tempo da não necessidade de restrição foi estatisticamente maior do que a de restrição nos grupos em que midazolam e hidrato de cloral foram utilizados isoladamente (p<0,05). Recomenda-se que o protocolo de sedação moderada em consultório odontológico, utilizando sedativo por via oral, possa prever alguma(s) das técnicas de imobilização do paciente.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Odontopediatria , Restrição Física , Sedação Consciente/métodos , Ansiedade ao Tratamento Odontológico , Imobilização , Consentimento dos Pais , Consentimento do Representante LegalRESUMO
Este estudo procurou avaliar o grau de concordância dos responsáveis com relação às técnicas de controle do comportamento dos pacientes em idade pré-escolar, de ambos os sexos, em serviços de atendimento odontológico público e particular da cidade do Recife. O grau de concordância dos responsáveis foi mensurado em relação às técnicas Dizer-Mostrar-Fazer, Comunicação Verbal, Controle da Voz, Contenção Física, Distração, Mão-sobre-a-Boca e Anestesia Geral. Para a coleta de dados deste estudo piloto foi utilizado um formulário em forma de entrevista. Dos 120 responsáveis entrevistados, 80 tinham suas crianças sendo atendidas no serviço público e 40 no serviço particular. Após a análise dos dados, verificou-se que a técnica de maior aceitação pelos responsáveis foi a Distração, seguida de Dizer-Mostrar-Fazer. A técnica de menor concordância foi a Anestesia Geral, seguida de Mão-sobre-a-Boca. As técnicas Comunicação Verbal e Controle da Voz foram aceitas pela maioria dos pesquisados. Um certo grau de indecisão foi observado com relação ao uso de algumas técnicas, como Contenção Física e Anestesia Geral
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Adulto , Comportamento Infantil , Manobra Psicológica , Odontopediatria , Consentimento do Representante Legal , Assistência Odontológica para Crianças/psicologiaRESUMO
Com o objetivo de avaliar a opinião dos pais em relação às técnicas de manejo do comportamento infantil utilizadas em Odontopediatria, foi realizada uma pesquisa com 49 pais de pacientes da Clínica de Odontopediatria da FO-UFMG. Os pais assistiram a uma exposição áudio-visual das diversas técnicas e marcaram em um diagrama seu grau de aceitação de cada técnica. Os dados foram inseridos no programa de computador Minitab 11. As técnicas não-restritivas (falar-mostrar-fazer, controle da voz, modelo e reforço positivo) foram aceitas, em média, por 81 por cento dos pais; 15 por cento às vezes autorizariam-nas, e 4 por cento, nunca. Já as restritivas (contenção ativa, contenção passiva e mão-sobre-a-boca) foram sempre aceitas por 29 por cento dos pais, enquanto 33 por cento às vezes as aceitavam, e 38 por cento, nunca. As farmacológicas (anestesia geral e sedação) foram sempre aceitas por 18 por cento dos participantes; às vezes aceitas por 40 por cento, e nunca, por 42 por cento. Desta forma, as técnicas não-restritivas foram consideravelmente mais aceitas pelos pais, enquanto as técnicas restritivas e farmacológicas foram menos aceitas pelos participantes, sugerindo ser necessário que os Odontopediatras informem adequadamente os pais quanto à indicação para a utilização de cada um dos procedimentos
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Adulto , Assistência Odontológica para Crianças/psicologia , Comportamento Infantil , Manobra Psicológica , Odontopediatria , Consentimento do Representante Legal , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/estatística & dados numéricosRESUMO
Esta revisão de literatura tem por objetivo principal trazer à tona aspectos clínicos, éticos e legais relacionados à utilização da técnica de mão-sobre-a-boca(MSB) em Odontopediatria. As principais indicações e contra-indicações, a percepção que os profissionais, pais e/ou responsáveis pelas crianças têm desta manobra e as implicações éticas e legais deste procedimento também são discutidos
Assuntos
Humanos , Criança , Adulto , Assistência Odontológica para Crianças/psicologia , Manobra Psicológica , Odontopediatria , Comportamento Infantil , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Odontopediatria , Consentimento do Representante LegalRESUMO
O presente estudo trata das técnicas aversivas de contenção física para o controle de comportamento em odontopediatria. Essas técnicas têm sido utilizadas com o objetivo de restringir movimentos inapropriados da criança durante o tratamento, que poderiam causar danos ao próprio paciente ou ao equipamento. Procura-se demonstrar, através de pesquisa bibliográfica, que para uso de qualquer procedimento aversivo é necessário que o profissional tenha conhecimento não apenas das técnicas, mas principalmente dos fundamentos e dos aspectos éticos e legais de suas indicações. Não existem equações que o levem a prever qual criança apresentará melhora de seu comportamento ao ser submetida a um desses procedimentos. Técnicas de controle de comportamento não-aversivas devem sempre ser tentadas antes de se partir para uma técnica aversiva. O consentimento esclarecido dos pais deve sempre ser obtido, por escrito, antes do emprego de uma técnica aversiva.