RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar, pela primeira vez, a atividade do AJOENE, produto natural isolado do extrato do alho (Allium sativum), in vivo na infecção experimental com Paracoccidioides brasiliensis. Grupos de camundongos Swiss (n=40) foram inoculados por via intraperitonial com 5x106 células leveduriformes com a cepa Pb18. Quatro semanas após a infeccão, um dos grupos foi tratado com Itraconazol, droga de referência (20mg/kg, 1x dia, vo), outro grupo recebeu AJOENE (20mg/kg, dias alternados, ip), o terceiro grupo não recebeu tratamento, sendo considerado controle positivo e o quarto grupo foi constituído de animais não infectado e não tratado e foi considerado controle negativo. Após 2, 6, 10 e 13 semanas de tratamento, foi realizada a coleta do sangue e alguns parâmetros foram determinados para a avaliação da infecção e do tratamento. O sangue total foi utilizado para testes hematológicos como: contagem global e diferencial de leucócitos. O soro foi utilizado para avaliação do perfil bioquímico através da dosagem das enzimas Aspartato Aminotransferase (AST), Fosfatase Alcalina (FAL), Amilase e também a avaliação dos níveis de anticorpos anti-Pb através do teste de ELISA clássico. Também, através de análise histopatológica houve demonstração do fungo nos tecidos. Os resultados sugerem que o AJOENE apresentou atividade antifúngica para P. brasilensis, pois reduziu significativamente os níveis de anticorpos anti-Paracoccidioides brasiliensis a partir de 10ª semana de tratamento (AU)
Assuntos
Animais , Camundongos , /análise , /isolamento & purificação , /farmacologia , /uso terapêutico , Fatores Biológicos/farmacologia , Fatores Biológicos/farmacocinética , Fatores Biológicos/uso terapêutico , Paracoccidioidomicose/terapiaRESUMO
A necessidade de se introduzir novos fármacos quimioterápicos é patente. Para tanto, a modelagem molecular, a terapia gênica e os produtos naturais têm sido os caminhos escolhidos para a obtenção de novas moléculas. As florestas brasileiras estão entre os principais celeiros de biodiversidade, grande parte não estudada do ponto de vista fitoquímico e farmacológico. Isso implica em grandes possibilidades de identificação de novos fármacos, uma vez que a riqueza da biodiversidade biológica pode ser refletida na riqueza da biodiversidade química. Trinta e oito extratos provenientes de espécies de Apocynaceae foram submetidos a um estudo de triagem farmacológica antiviral, antimicrobiana e citotoxicidade, in vitro...(AU)