Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 34
Filtrar
1.
Medicina (Ribeirão Preto) ; 55(4)dez. 2022. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1417564

RESUMO

Introduction: Lesbians, gays, bisexuals, transvestites, transsexuals, transgenders, queers, intersexes, asexuals, pansexuals, and other sexual and gender minorities constitute a population that has been little studied regarding the use and care of health services. Objective: From this perspective, the general objective of this study was to evaluate the quality of Primary Health Care according to members of sexual and gender minorities. Methods: This is evaluative research, with a cross-sectional and descriptive-analytical design and a quantitative approach, performed by a web survey in Brazil. The script for data collection addressed sociodemographic characteristics, sexual orientation, gender identity, self-reported health conditions, and the 23 items of the Primary Care Assessment Tool, a reduced version for adult users. Results: The results represent 314 LGBTQIAP+ people, predominantly young, white, cisgender, homosexual, and bisexual, from the five Brazilian regions, highlighting the states of Minas Gerais and São Paulo. The use of alcoholic beverages and other substances, weight change, and the presence of mental diseases were the most frequent self-reported health conditions. Primary health care was mainly evaluated with low overall scores, thus indicating low quality. The attributes "community guidance" and "coordination" (care integration) were marked by unfavorable evaluations, indicating small extensions. People belonging to sexual and gender minorities who worked had kidney problems, had been hospitalized recently, and that had their gender identity and sexual orientation known by health professionals were more likely to evaluate the Primary Health Care as good. Conclusion: This work points out weaknesses in the care of the LGBTQIAP+ population the following attributes: family guidance, accessibility, longitudinality, and available services, which can be prioritized to improve the quality of Primary Health Care in the Brazilian Unified Health System. (AU)


Introdução: Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queer, intersexos, assexuais, pansexuais e outras minorias sexuais e de gênero constituem uma população pouco estudada no que se refere ao uso e atendimento em serviços de saúde. Objetivo: Nessa perspectiva, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a qualidade da Atenção Primária à Saúde segundo integrantes de minorias sexuais e de gênero. Método: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, com delineamento transversal, descritivo-analítico, de abordagem quantitativa, por meio de web survey no Brasil. O roteiro de coleta abordou características sociodemográficas, de orientação sexual, identidade de gênero, condições de saúde autorreferidas e os 23 itens do instrumento Primary Care Assessment Tool, versão reduzida para usuários adultos. Resultados: Os resultados representam 314 pessoas LGBTQIAP+, predominantemente jovens, brancos, cisgêneros, homossexuais e bissexuais, provenientes das cinco regiões brasileiras, com destaque para os estados de Minas Gerais e São Paulo. O uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias, a alteração ponderal e a presença de doenças mentais foram as condições de saúde autorreferidas que mais se destacaram. A atenção primária à saúde foi majoritariamente avaliada com baixa pontuação geral, indicando baixa qualidade. Assinalam-se os atributos orientação comunitária e coordenação (integração de cuidados) pelas avaliações negativas, indicando pequena extensão. As pessoas de minorias sexuais e de gênero que trabalhavam, possuíam problema renal, haviam sido internadas recentemente e sua identidade de gênero e orientação sexual eram conhecidas pelos profissionais de saúde apresentaram mais chance de avaliar bem a Atenção Primária à Saúde. Conclusão: Este trabalho aponta como fragilidades no cuidado da população LGBTQIAP+ os atributos de orientação familiar, acessibilidade, longitudinalidade e serviços disponíveis que podem ser priorizadas para a melhoria da qualidade da Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde brasileiro. (AU)


Assuntos
Humanos , Avaliação em Saúde , Saúde de Gênero , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Equidade de Gênero , Acesso à Atenção Primária
2.
Arch. pediatr. Urug ; 93(2): e805, dic. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS, UY-BNMED, BNUY | ID: biblio-1411600

RESUMO

Introducción: en muchas oportunidades el/la pediatra o médica/o de familia será la primera persona a la que consulten los niños/as y adolescentes trans a fin de plantear sus dudas y experiencias, por lo tanto es fundamental que el/la profesional aborde en la consulta esta temática sin prejuicios, con una mirada actualizada en el marco de los derechos de niñas, niños y adolescentes. Objetivo: brindar herramientas para un adecuado acompañamiento y seguimiento en la atención en salud a las infancias y adolescencias trans en el primer nivel de atención. Metodología: para la elaboración de esta guía se hizo una revisión bibliográfica en Pubmed y Scielo. Se realizó dicha búsqueda desde 2010 a la fecha con el prescriptor "infancias trans", "adolescencias trans", en inglés y en idioma español. Resultados: se elaboraron guías para el abordaje en la atención en el primer nivel de atención de niños/as y adolescentes trans aportando herramientas para la historia clínica, teniendo en cuenta la entrevista, el examen físico y el abordaje multi e interdisciplinario. Conclusiones: las experiencias trans en las infancias y adolescencias no deben ser miradas desde un enfoque patologizador sino como vivencias legítimas. El/la profesional de la salud juega un rol fundamental en la función de acompañamiento y como garante de sus derechos promoviendo la autonomía en la toma de decisiones.


Introduction: many times pediatricians or family doctors are the first people trans-children and adolescents consult and raise questions and experiences to. Therefore, it is key for doctors to have an unbiassed approach to this issue in the consultation, with an updated view of the framework of children and adolescents. Objective: provide tools for proper health care support and follow-up ifor trans children and adolescents at primary care. Methodology: for the preparation of these guidelines, we made a bibliographic review in Pubmed, Scielo. This search was carried out from 2010 to date using "trans children", "trans adolescents" prescribers, in English and in Spanish. Results: guidelines were created for primary care regarding the care of trans children and adolescents, providing tools for medical records and considering the interview, the physical examination and the multi-interdisciplinary approach. Conclusions: trans experiences in childhood and adolescence should not be viewed from a pathologizing perspective, but rather as legitimate experiences. Health professionals play a key role in accompanying and guarding the rights of children and adolescents and promoting their autonomy in decision-making instances.


Introdução: em muitas ocasiões, o pediatra ou médico de família é a primeira pessoa que as crianças e adolescentes trans consultam para compartilhar suas dúvidas e vivências, por isso é fundamental que ele aborde a consulta sobre esse assunto sem preconceitos, com uma perspectiva atualizada no marco dos direitos de crianças e adolescentes. Objetivo: fornecer ferramentas para suporte e acompanhamento adequados no atendimento da saúde de crianças e adolescentes trans no primeiro nível de atenção. Metodologia: para a elaboração deste guia, foi feita uma revisão bibliográfica no Pubmed, Scielo. A pesquisa com as palavras "crianças trans", "adolescentes trans", vem sendo realizada desde 2010 até hoje em inglês e espanhol. Resultados: foram elaboradas diretrizes para a abordagem do cuidado no primeiro nível de atenção a crianças e a adolescentes trans, fornecendo instrumentos para a história clínica, levando em consideração a entrevista, o exame físico e a abordagem multidisciplinar. Conclusões: as experiências trans na infância e adolescência não devem ser vistas a partir de uma abordagem patologizante, mas sim como experiências legítimas. O profissional de saúde tem papel fundamental na função de acompanhamento e como garantidor de seus direitos, promovendo autonomia na tomada de decisões.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Atenção Primária à Saúde/normas , Saúde da Criança , Saúde do Adolescente , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero/normas
3.
J. nurs. health ; 12(3): 2212321706, out.2022.
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1426187

RESUMO

Objetivo: conhecer a produção científica nacional e internacional acerca da saúde mental das mulheres transgêneras de 2007 a 2017. Método: revisão integrativa realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, em abril de 2018. Analisaram-se os estudos em seis fases, agrupando-os em categorias temáticas. Resultados: dos 30 estudos selecionados emergiram sete categorias temáticas, a saber: "necessidades de saúde mental", "vulnerabilidade psicossocial", "processo transexualizador", "mulheres transgêneras jovens e na terceira idade", "relações sociais", "direitos civis e cidadania" e "relações entre as mulheres transgêneras e os serviços de saúde". Conclusões: mulheres transgêneras estão expostas a maiores riscos de desenvolverem transtornos mentais, em relação às pessoas cisgêneras parecendo ter relação com o preconceito, estigma, discriminação, e negação de direitos civis. São transtornos mais prevalentes nesta população: depressão, ansiedade, ideação/ tentativa de suicídio, abuso de álcool e outras drogas, os quais estão diretamente relacionados com o não acesso aos serviços de saúde.(AU)


Objetivo: conocer la producción científica nacional e internacional sobre la salud mental de mujeres transgénero de 2007 a 2017. Método: revisión realizada en la Biblioteca Virtual en Salud utilizando los filtros listados en las bases de datos de Literatura Latinoamericana y Brasileña, en abril de 2018. Se analizaron en seis fases, agrupándolos en categorías temáticas. Resultados: de los 30 estudios seleccionados surgieron siete categorías: "necesidades de salud mental", "vulnerabilidad psicosocial", "proceso transexual", "mujeres trans jóvenes y ancianas", "relaciones sociales", "derechos civiles y ciudadanía" y "relaciones entre mujeres transgénero y servicios de salud". Conclusiones: mujeres transgénero están expuestas a mayores riesgos de desarrollar trastornos mentales, en relación con las personas cisgénero que parecen estar relacionadas con prejuicios, estigma, discriminación y negación de los derechos civiles. Los trastornos más prevalentes: depresión, ansiedad, ideación/ intento suicida, abuso de drogas, estando relacionados con la falta de acceso a servicios de salud.(AU)


Objective: to know the national and international scientific production about the mental health of transgender women from 2007 to 2017. Method: this is an integrative review conducted at the Virtual Health Library, April 2018. The studies were analyzed in six phases, grouping them into thematic categories. Results: from the 30 selected studies, seven thematic categories emerged: "mental health needs", "psychosocial vulnerability", "transsexualising process", "young and old transgender women", "social relations", "civil rights and citizenship" and "relationships between transgender women and health services". Conclusions: transgender women are at greater risk of developing mental disorders than cisgender people appearing to be related to prejudice, stigma, discrimination, and denial of civil rights. The most prevalent disorders in this population are depression, anxiety, suicidal ideation / attempt, alcohol, and other drug abuse, which are directly related to non-access to health services.(AU)


Assuntos
Saúde Mental , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
4.
Rev. méd. Paraná ; 80(1): 1-3, jan. 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1381034

RESUMO

O trabalho insere-se nas áreas temáticas da atenção à saúde da população LGBTQIA+ e da formação dos profissionais de saúde focada nesta área. Tem por objetivo analisar o conhecimento específico dos estudantes de medicina do Paraná, Brasil, no atendimento à saúde da população LGBTQIA+ e realizar levantamento do nível de conhecimento referido pelos estudantes acerca da atenção à saúde da população LGBTQIA+. Foram entrevistados 240 acadêmicos de medicina de 11 instituições de ensino médico do Estado do Paraná, por intermédio de questionário eletrônico disponibilizado via redes sociais, e analisadas as porcentagens das respostas. A maior parte (68,4%) "discordam totalmente" ou "discordam" que receberam formação específica na área de atendimento à saúde da população LGBTQIA+. Há pouca familiaridade dos estudantes com a terminologia existente dentro desse universo. Em conclusão, percebe-se a necessidade de adequação da educação médica no que concerne às especificidades da saúde da população LGBTQIA+


The work is part of the thematic areas of health care for the LGBTQIA+ population and the training of health professionals focused on this area. It aims to analyze the specific knowledge of medical students in Paraná, Brazil, in the health care of the LGBTQIA+ population and to carry out a survey of the level of knowledge reported by the students about the health care of the LGBTQIA+ population. A total of 240 medical students from 11 medical education institutions in the State of Paraná were interviewed, using an electronic questionnaire made available via social networks, and the percentages of responses were analyzed. Most (68.4%) "strongly disagree" or "disagree" that they received specific training in the area of health care for the LGBTQIA+ population. There is little familiarity of students with the terminology existing within this universe. In conclusion, there is a need to adapt medical education with regard to the health specifics of the LGBTQIA+ population


Assuntos
Humanos , Populações Vulneráveis , Educação Médica , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Pessoas Intersexuais , Política de Saúde
5.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 17(44): 2873, 20220304.
Artigo em Português | Coleciona SUS, LILACS | ID: biblio-1380402

RESUMO

Problema: Sabe-se que transexuais e travestis são uma população extremamente vulnerabilizada em diversas esferas sociais, incluindo institucionalmente. Na saúde, esse processo não é diferente, e o que se observa são inúmeras barreiras às demandas em saúde dessa população. Essa desassistência está em dissonância da legislação vigente, dos próprios fundamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e mesmo de políticas de atenção à saúde da população LGBTQIA+. A ampliação e o fortalecimento da rede de cuidado dessa população caminham no sentido de redução das iniquidades e reparação histórica, que são sistematicamente violentadas nos moldes sociais que temos atualmente. O objetivo do trabalho foi relatar a experiência da criação do serviço do Ambulatório de Identidade de Gênero (AMIG) do Grupo Hospitalar Conceição, um serviço integral e despatologizador de atendimento à saúde trans e travesti no contexto da Atenção Primária à Saúde no SUS. Método: Este é um estudo de natureza qualitativa, do tipo descritivo. Foi realizada pesquisa documental de minutas e materiais produzidos nesse percurso, bem como observações feitas pelos pesquisadores, como diário de campo, que decorreram da participação nesse processo. Para a análise dos dados, foi utilizada análise de conteúdo, a fim de sintetizar e processar as informações coletadas. Resultados: Serviços específicos para a população trans e travesti são necessários, pois operam na lógica de sanar iniquidades históricas sofridas por essa população. A concepção e a operacionalização desse serviço permitiram revisitar etapas de um processo complexo e nem sempre linear, com desafios incluindo a transfobia. Conclusão:O fortalecimento do próprio serviço e da rede de atenção à saúde dessa população necessitará da formação continuada de profissionais, bem como do incentivo das instituições envolvidas nesse processo. A formalização do projeto, a ampliação da participação popular e de movimentos sociais e o estímulo a ações educativas e formativas são perspectivas a serem consideradas nos próximos passos dessa trajetória.


Problem: Transgender people and travestis constitute an extremely vulnerable population in several social spheres, including the institutional one. In health, this process is no different, with numerous barriers to the health demands of this population. This lack of care contradicts the current legislation, the very foundation of the Brazilian public health system (Sistema Único de Saúde ­ SUS), and even health care policies for the LGBTQIA+ population. The expansion and strengthening of this population's care network move toward historical reparation and reducing inequities, which are systematically violated in our current social structure. This work aims to report the experience of creating the Gender Identity Outpatient Clinic (Ambulatório de Identidade de Gênero ­ AMIG) of Conceição Hospital Group (Grupo Hospitalar Conceição), a comprehensive and depathologizing service for trans and travesti health care in the primary health care context of SUS. Methods: This is a qualitative descriptive study. We performed documentary research on minutes and materials produced during the implementation, as well as observations made by the researchers, such as field journals, resulting from their participation in this process. Data were analyzed through content analysis to synthesize and process the information collected. Results: Specific services for the trans and travesti population are necessary because they work to remedy historical inequities experienced by this population. The design and operationalization of this service allowed us to revisit stages of a complex and not always linear process, with challenges including transphobia. Conclusions: Strengthening the service itself and the health care network for this population will require continuing education for professionals, as well as incentives from the institutions involved in this process. The formalization of the project, the increasing participation of the population and social movements, and the promotion of educational and training actions are perspectives to be considered in the next steps of this journey.


Problema: Se sabe que los transexuales y travestis constituyen una población en extrema vulnerabilidad en varios ámbitos sociales, incluido el institucional. En salud, este proceso no es diferente y lo que se observa son numerosas barreras a las demandas de salud de esta población. Esta falta de asistencia es incompatible con la legislación vigente, los mismos fundamento del SUS e incluso las políticas de atención de la salud de la población LGBTI +. La ampliación y fortalecimiento de la red de atención de esta población va en la dirección de reducir las inequidades y de reparación histórica, que se viola sistemáticamente en los moldes sociales que tenemos actualmente. El objetivo del trabajo es reportar la experiencia de crear el servicio de la Clínica Ambulatoria de Identidad de Género del Grupo Hospitalar Conceição (AMIG), un servicio integral y despatologizante para la atención de la salud trans y travestis en el contexto de la Atención Primaria a la Salud en el Sistema Único de Salud (SUS). Método: Se trata de un estudio descriptivo cualitativo. Se realizó una investigación documental sobre las actas y materiales producidos a lo largo de esto camino, así como las observaciones realizadas por los investigadores como un diario de campo que resultaron de la participación en este proceso. Para el análisis de datos, se utilizó el análisis de contenido con el fin de sintetizar y procesar la información recopilada. Resultados:Los servicios específicos para la población trans y travestis son necesarios, ya que operan en la lógica de remediar las inequidades históricas que sufre esta población. La concepción y operacionalización de este servicio nos permitió repasar etapas de un proceso complejo, no siempre lineal y con desafíos, incluida la transfobia. Conclusión: El fortalecimiento del propio servicio y de la red asistencial de esta población requerirá sin duda la formación continua de los profesionales, así como el impulso de las instituciones involucradas en este proceso. La formalización del proyecto, así como la expansión de la participación popular y los movimientos sociales y el impulso de acciones educativas y formativas son perspectivas a considerar en los próximos pasos de esta trayectoria.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Transexualidade , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Direito à Saúde , Sistema Único de Saúde , Pesquisa Qualitativa
6.
Femina ; 50(9): 560-567, 2022. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1397893

RESUMO

O objetivo foi avaliar as barreiras de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela população trans em comparação aos demais usuários. Foi realizada uma revisão narrativa até 20 de janeiro de 2022, nas bases de dados PubMed e SciELO, usando as palavras-chave: "transexual", "transgênero", "transexualismo", "transexualidade" e "travesti" e as palavras "saúde" e "Brasil" ou "SUS". Selecionaram-se 34 artigos, em português, inglês ou espanhol, de 2008 a 2021. Os principais pontos levantados foram a incompreensão e preconceito dos profissionais de saúde; a patologização da transexualidade; a vulnerabilidade da população à automedicação; a resistência ao uso do nome social e ao pronome correto pelos profissionais de saúde; a centralização regional do processo transexualizador e sua duração. Portanto, conclui- se que existem diversas dificuldades para o acesso da população trans ao SUS, o que, além de implicar um aumento da vulnerabilidade e exclusão social, revela uma falha no sistema de saúde.(AU)


The objective was to assess the hurdles the trans population had to face when accessing Brazil's Unified Health System (SUS), in comparison to the rest of the users. A narrative review was made up to January 20th, 2022, in PubMed and SciELO database, by using the keywords: "transexual", "transgender", "transsexualism", "transsexuality", "cross- -dresser", and the words: "health" and "Brazil" or "SUS", individually. In total, 34 articles in Portuguese, English and Spanish were chosen, from 2008 to 2021. The main remarks were misunderstanding and prejudice coming from health professionals; transsexuality pathologizing; population vulnerability of self-medication; reluctance to use the chosen name or proper pronoun by health professionals; regional centralization and duration of the transitioning process. Therefore, it may be concluded that there are several hardships that the trans population face when accessing SUS, which, besides the increase of vulnerability and social exclusion, reveals a flaw in the health system.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Transexualidade , Procedimentos de Readequação Sexual , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero/provisão & distribuição , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde , Bases de Dados Bibliográficas , Vulnerabilidade em Saúde , Minorias Sexuais e de Gênero
7.
Physis (Rio J.) ; 32(2): e320209, 2022. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1386836

RESUMO

Resumo Este artigo analisa o itinerário terapêutico de pessoas transgênero em uma cidade do interior da Bahia. Os participantes foram selecionados pelo critério do método da "bola de neve" e utilizou-se entrevista semiestruturada para produção dos dados. Na análise dos itinerários terapêuticos, emergiram três categorias temáticas: 1) Lugares de busca para o cuidado em saúde: traçadores de iniquidades no SUS; 2) Abordagem profissional: reforça os estigmas e cinde a relação terapêutica; e 3) Demandas específicas por cuidado: percalços ao longo do itinerário terapêutico. Os resultados mostraram que o acesso ao serviço formal esteve permeado por barreiras simbólicas, técnicas e/ou organizacionais que, muitas vezes, transferiam para cada um/uma dos/as entrevistados/as a responsabilidade pela busca de outros percursos formais ou recomposição do cuidado por trajetórias nem sempre seguras. A busca pelo setor privado foi preponderante e, paralelamente, houve a desvalorização do SUS. O estigma institucional resultou em abandono de tratamento, retardo na busca por cuidado ou desistência de procura aos serviços. Por fim, a dificuldade de acesso no SUS produzia iniquidades e conduzia as pessoas transgênero, sobretudo as mais vulneráveis, a exposição e experimentação de procedimentos, muitas vezes, inadequados.


Abstract This article examines the therapeutic itineraries of transgender people in a city in the Bahia countryside. Participants were selected using the "snowball" method using semi-structured interviews to produce the data. In the analysis of therapeutic itineraries three thematic categories emerged: 1) Locus of seeking health care: tracers of inequities in SUS; 2) Professional approach: reinforcing stigmas and interrupting the therapeutic relationship; and 3) Specific demands for care: mishaps along the therapeutic itinerary. Results showed that access to formal services was permeated by symbolic, technical and/or organizational barriers. Those barriers frequently transferred the responsibility for the search of alternative formal paths or the restoration of care upon the interviewees, by using trajectories oftentimes unsafe. The search for the private sector was predominant and, in parallel, there was a depreciation of SUS. The institutional stigma resulted in treatment abandonment, delay in looking for care or giving up seeking services. Finally, the difficulties in accessing the SUS produced inequities leading transgender people, especially the most vulnerable, to be exposed and to experiment with often-inadequate procedures.


Assuntos
Humanos , Transexualidade , Assistência Integral à Saúde , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero/provisão & distribuição , Itinerário Terapêutico , Acesso aos Serviços de Saúde , Sistema Único de Saúde , Brasil , Cirurgia de Readequação Sexual
8.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (38): e22301, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1390428

RESUMO

Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir estratégias e condições de acesso à saúde de travestis e pessoas trans a partir de informações colhidas por pesquisa realizada entre 2016 e 2017, que consistiu na aplicação de questionário em 391 pessoas trans e travestis habitantes do Município do Rio de Janeiro e de sua Região Metropolitana, bem como em entrevistas realizadas com a equipe de entrevistadores/as sobre o próprio processo de aplicação do questionário. São abordadas as seguintes dimensões: estratégias de acesso à informação e ao cuidado em saúde transespecífica; processos de afirmação de gênero e modificações corporais não-invasivas e procedimentos cirúrgicos; acesso e uso de hormônios e saúde mental. Os dados coletados apontam para a precariedade no acesso aos cuidados em saúde e para a importância de os serviços de saúde procurarem acolher efetivamente a enorme demanda não atendida dessa população por tais cuidados, sem culpabilizá-la por se manter muitas vezes fora de tais serviços.


Abstract This article aims to discuss strategies and conditions of access to health care for transgender people based on information collected by a survey conducted between 2016 and 2017, which consisted of applying a questionnaire to 391 transgender people living in Rio de Janeiro city and Metropolitan Area. We discuss the following dimensions: strategies for access to information and care in transgender health; processes of gender affirmation and non-invasive body modifications and surgical procedures; access to and use of hormones; and mental health. The data collected point to the precariousness of access to health care and the importance of health services seeking to effectively accommodate the enormous unmet demand of this population for such care, without blaming them for often remaining outside such services.


Resumen Este artículo tiene como objetivo discutir estrategias y condiciones de acceso a la salud de travestis y personas trans a partir de informaciones obtenidas por una investigación realizada de 2016 a 2017, que consistió en la aplicación de un cuestionario en 391 personas trans y travestis habitantes de la ciudad de Rio de Janeiro y Región Metropolitana. Se abordan las siguientes dimensiones: estrategias de acceso a la información y al cuidado en salud transespecífica; procesos de afirmación de género y modificaciones corporales no invasivas y procedimientos quirúrgicos; acceso y uso de hormonas y salud mental. Los datos obtenidos señalan la precariedad en el acceso a los cuidados en salud y la importancia de que los servicios de salud busquen efectivamente acoger la enorme demanda no atendida de esa población por tales cuidados, sin culparla por mantenerse muchas veces fuera de tales servicios.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Sistema Único de Saúde , Sexismo , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero , Acesso aos Serviços de Saúde , Brasil , Direito à Saúde
9.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (38): e22304, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1390429

RESUMO

Resumo O artigo objetivou analisar conhecimentos, percepções, práticas de cuidado e Itinerrários Terapêuticos (IT) para o diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com destaque para sífilis, entre Travestis e Mulheres Trans (TrMT) em Salvador, Brasil. Foram realizados 05 grupos focais e 06 entrevistas semiestruturadas com 30 TrMT. Os achados apontam amplo desconhecimento e percepções contraditórias sobre as IST, especialmente a sífilis; identificação de duas importantes trajetórias de cuidado às IST e o destaque para IT marcados por estigmas e discriminação nos serviços de saúde. Sugere-se a ampliação das ações de saúde para essa população reconhecendo suas necessidades e a construção de novas estratégias de prevenção e tratamento para IST, dialogadas com as TrMT, e garantia de autonomia, ética e sigilo na produção do cuidado.


Abstract The article aimed to analyze knowledge, perceptions, care practices and Therapeutic Itineraries (TI) for the diagnosis and treatment of Sexually Transmitted Diseases (STD), with emphasis on syphilis, among travesti and transgender women (TGW) in Salvador, Brazil. 05 focus groups and 06 semi-structured interviews with travesti/TGW were carried out with a total of 30 participants. The findings point to a wide lack of knowledge and contradictory perceptions about STD, especially syphilis; identification of two important trajectories of care for STD and the emphasis on TI marked by stigma and discrimination in health services. The expansion of health actions for this population is suggested, recognizing their needs and the construction of new prevention and treatment strategies for STD, in dialogue with the travesti/TGW, and guaranteeing autonomy, ethics and confidentiality in the production of care.


Resumen El artículo tuvo como objetivo analizar conocimientos, percepciones, prácticas de atención y Rutas Terapêuticas (RT) para el diagnóstico y tratamiento de las Enfermedades de Transmisión Sexual (ETS), con énfasis en la sífilis, entre las travestidas y mujeres trans (TrMT) en Salvador, Brasil. Se realizaron 05 grupos focales y 06 entrevistas semiestructuradas con 30 TrMT. Los hallazgos apuntan a una amplia falta de conocimiento y percepciones contradictorias sobre las ETS, especialmente la sífilis; identificación de dos importantes trayectorias de atención a las ETS y el énfasis en las RT marcadas por el estigma y la discriminación en los servicios de salud. Se sugiere ampliar las acciones de salud para esta población, reconociendo sus necesidades y la construcción de nuevas estrategias de prevención y tratamiento de las ETS, en diálogo con el TrMT, y garantizando la autonomía, ética y confidencialidad en la producción de cuidados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Travestilidade , Sífilis/terapia , Infecções Sexualmente Transmissíveis/terapia , Estigma Social , Pessoas Transgênero , Itinerário Terapêutico , Preconceito , Sistema Único de Saúde , Brasil , Sífilis/diagnóstico , Sífilis/prevenção & controle , Infecções Sexualmente Transmissíveis/diagnóstico , Infecções Sexualmente Transmissíveis/prevenção & controle , Saúde Sexual , Sexismo , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde
10.
Rev. cienc. salud (Bogotá) ; 19(1): 144-158, ene.-abr. 2021. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1289172

RESUMO

Resumen Introducción: en Chile, la legislación existente asegura la atención médica en el sistema de salud público para las personas trans; sin embargo, esto no se cumple en todos los servicios de salud. El objetivo de este trabajo es describir las características y relevancia del Protocolo de Atención de Personas Trans, implementado por el Servicio de Salud Talcahuano. Se realizó una investigación cualitativa, con recolección de datos a través de entrevistas semiestructuradas y grupo focal. La información se analizó a través de teoría fundamentada y una matriz FODA. Desarrollo: desde la teoría fundamentada se desprenden dos categorías principales, correspondientes a la "necesidad de despatologización y buen trato" y el "protocolo" como tal, que se articulan desde la comunidad trans y la institucionalidad. El protocolo se caracteriza por ser pionero, participativo, vinculante y reconocido. Desde la matriz FODA, se observa que las fortalezas principales corresponden al diálogo entre comunidad y profesionales, y la apertura del equipo profesional a actualizar sus conocimientos en atención en salud a personas trans. Las debilidades principales refieren a la discriminación pasiva hacia personas trans de parte de algunos profesionales, la falta de algunas prestaciones específicas en el protocolo y las pocas horas disponibles para los especialistas que son parte del programa. Conclusiones: el Protocolo de Atención de Personas Trans es considerado pionero en el país y es valorado positivamente por la comunidad trans nacional, lo cual la valida. Por lo mismo, deben buscarse formas de replicar el trabajo en otros servicios de salud.


Abstract Introduction: In Chile, current legislation ensures medical care for trans people in the national public health system. However, this does not apply to all of the national health services. This paper aims to describe the features and relevance of the Attention Protocol implemented by the Talcahuano's Health Service. A qualitative research study was conducted, and data was collected through semi-structured interviews and focus groups. The information was analyzed with Grounded Theory and a SWOT Matrix. Development: From the Grounded Theory, two main categories were obtained, which were "Need for despathologization and good treatment" and "Protocol" as such, categories that are articulated through the trans community and the institution. The Protocol's main features include its pioneering work, participatory specifications, binding for healthcare personnel and patients, and recognized. From the SWOT Matrix, it is noted that the main strengths of the Protocol include the dialog between professionals and the trans community, and the openness of the professional team in learning about improving health care for trans people. The main weaknesses include a passive discrimination toward trans people from some health professionals, the lack of certain specific services in the Protocol, and the few hours available for professionals from the Program. Conclusions: The Attention Protocol implemented by the Talcahuano's Health Service experience is acknowledged as pioneering work in Chile, and it is both valued positively and validated by the national trans community. Hence, the search for a means to replicate this work in other health services is necessary.


Resumo Introdução: no Chile, a legislação existente assegura a atenção médica no sistema de saúde público para as pessoas trans. Entretanto, isso não está sendo cumprido em todos os serviços de saúde. O objetivo deste trabalho é descrever as características e relevância do Protocolo de Atenção de pessoas trans implementado pelo Serviço de Saúde Talcahuano. Realizou-se uma investigação qualitativa, com coleta de dados através de entrevistas semiestruturadas e grupo focal. A informação foi analisada através da Teoria Fundamentada e uma matriz FODA. Desenvolvimento: a partir da Teoria Fundamentada obtivemos duas categorias principais, correspondentes à "Necessidade de despatologização e bom tratamento" e o "Protocolo" como tal, que se articulam com a comunidade trans e a institucionalidade. O Protocolo se caracteriza por ser pioneiro, participativo, vinculador, e reconhecido. A partir da matriz FODA observa-se que os principais pontos fortes correspondem ao diálogo entre a comunidade e os profissionais, e a abertura da equipe profissional em atualizar seus conhecimentos no que diz respeito a atenção à saúde de pessoas trans. As principais debilidades se referem a discriminação passiva com as pessoas trans por parte de alguns profissionais, a falta de alguns serviços específicos no Protocolo, e as poucas horas disponíveis para os especialistas que fazem parte do programa. Conclusões: o Protocolo de Atenção de pessoas trans implementado pelo Serviço de Saúde Talcahuano é considerado pioneiro no país, e é positivamente valorizado pela comunidade trans nacional, fato que o torna válido. Por esse motivo, deve-se buscar formas de reproduzir este trabalho em outros serviços de saúde.


Assuntos
Humanos , Transexualidade , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero
11.
Rev. chil. obstet. ginecol. (En línea) ; 86(1): 61-67, feb. 2021. graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1388631

RESUMO

RESUMEN La demanda de atención de salud en personas transgénero está creciendo. Existe escasa información del conocimiento de los médicos sobre el trato en la atención sanitaria de estas personas y sus necesidades. Se realizó una encuesta a médicos (as) en Chile sobre su oportunidad de atención a estas personas, su conocimiento sobre las normativas de trato a esta población y percepción sobre acceso a tratamientos de readecuación sexual. De 123 encuestados, edad promedio 41 años, 56% había atendido a alguna persona transgénero, 4,3% manifestó rechazo u odio en esa atención, 84% nunca tuvo alguna formación respecto al tema en su formación universitaria, 96% se mostró interesado en recibir información respecto al tema, 77% desconoce la existencia de normativas de trato a estas personas, 18% rechaza gasto de salud en apoyo a su proceso de readecuación sexual, 14% no usaría el nombre social en el trato con estos pacientes y 10% hospitalizaría a un paciente transgénero según su sexo biológico y no según su sexo sentido. Los médicos en Chile reciben escasa formación respecto al trato y las necesidades de salud de la población transgénero, pero están interesados en que se les entregue información respecto al tema. La mayoría están a favor de que personas transgéneros tengan la oportunidad de recibir apoyo médico en la atención sanitaria pública, en su proceso de reasignación de sexo hormonal y/o quirúrgica.


ABSTRACT The demand for health care in transgender people is growing. There is poor information on physician knowledge about the treatment of these people and their needs. A survey was conducted to physician in Chile about their opportunity to care for these people, their knowledge about the rules of treatment of this population, and their perception of access to sexual rehabilitation treatments. 123 respondents, average age 41 years, 56% had attended some transgender people, 4.3% expressed rejection or hatred in that attention, 84% never had any training on the subject in their university education, 96% were interested in receiving information on the subject, 77% are unaware of the existence of treatment regulations for these people, 18% reject health spending in support of their sexual rehabilitation process, 14% would not use the social name in dealing with these patients and 10% would hospitalize a transgender patient according to their biological sex and not according to their felt sex. Physician in Chile receive poor training regarding the treatment and health needs of the transgender population, but are interested in being given information on the subject. The majority are in favor of transgender people having the opportunity to receive medical support in public health care, in their process of reassignment of hormonal and / or surgical sex.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Médicos/psicologia , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos , Percepção , Chile , Inquéritos e Questionários , Pessoal de Saúde/psicologia , Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
12.
Psicol. soc. (Online) ; 33: e228146, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1279587

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é descrever e analisar práticas interacionais que emergem no contexto de psicoterapia em um núcleo clínico especializado em gênero e sexualidade. O material de análise consiste em um atendimento entre um psiquiatra e uma mulher transexual, o qual foi escolhido a partir de um corpus de cinco atendimentos gravados pelo núcleo. Realizamos uma análise microetnográfica ancorada na linha teórico-metodológica da Análise da Conversa. Observamos duas práticas interacionais que emergem de maneira recorrente: formulação e prestação de contas. Tais práticas estão a serviço da realização de uma tarefa institucional: a (co)produção de um laudo psiquiátrico atestando, a partir de uma matriz nosológica, a transexualidade da cliente. Nossa análise aponta que o DSM-5 e a CID-11 são instrumentos que, no atendimento clínico a pessoas transexuais, limitam a autonomia de cliente e terapeuta e consolidam dispositivos que mantêm a cisnormatividade como regra.


Resumen El objetivo de este artículo es describir y analizar las prácticas interaccionales que surgen en el contexto de psicoterapia en un centro clínico especializado en género y sexualidad. El material de análisis consiste en un servicio entre un psiquiatra y una mujer transexual, elegido a partir de un corpus de cinco consultas grabadas por el centro. Realizamos un análisis microetnográfico anclado en la línea teórico-metodológica del Análisis de Conversación. Observamos dos prácticas interaccionales que surgen de forma recurrente: formulación y rendición de cuentas. Tales prácticas están al servicio de la realización de una tarea institucional: la (co)producción de un informe psiquiátrico que atestigüe, desde una matriz nosológica, la transexualidad de la cliente. Nuestro análisis muestra que el DSM-5 y la ICD-11 son instrumentos que, en lo servicio clínico a las personas transexuales, limitan la autonomía de la cliente y el terapeuta y consolidan dispositivos que mantienen la cisnormatividad como regla.


Abstract This article aims to describe and analyze interactive practices that emerge in the context of psychotherapy in a clinical center specialized in gender and sexuality. The material under analysis consists of an appointment between a psychiatrist and a transsexual woman, which was select from a research corpus of five appointments videorecorded by the center. We conducted a microethnographic analysis based on the Conversation Analysis theoretical and methodological framework. We observed two interactional practices that emerge in a recurrent manner: formulation and accountability. Such practices are in service of the accomplishment of an institutional task: the (co)production of a psychiatric report that certifies the client's transsexuality from a nosological matrix. Our analysis points out that DSM-5 and ICD-11 are devices that, in the clinical care for transsexual people, limit the autonomy of both therapist and client, as well as consolidate apparatuses that maintain cisnormativity as a rule.


Assuntos
Humanos , Psicoterapia , Transexualidade , Pessoas Transgênero , Diversidade de Gênero , Identidade de Gênero , Classificação Internacional de Doenças , Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero
13.
J. nurs. health ; 10(3): 20103002, jul.2020.
Artigo em Português | BDENF - Enfermagem, LILACS | ID: biblio-1129510

RESUMO

Objetivo: conhecer a produção científica nacional e internacional, de 2007 a 2017, acerca da cirurgia de redesignação sexual. Método: revisão integrativa realizada em duas bases de dados, em julho de 2018. Utilizou-se o ENDNOTE® para sistematizar os artigos. Resultados: a amostra foi composta por 18 artigos. Identificaram-se três categorias temáticas: "técnicas cirúrgicas", "complicações operatórias" e "aspectos psicossociais". Conclusões: pode-se constatar que a literatura científica tem buscado publicar estudos sobre novas técnicas cirúrgicas, as complicações operatórias e, os aspectos psicossociais que tendem a dar maior qualidade de vida às pessoas transgenitalizadas. Observou-se a necessidade de outros estudos científicos que versem sobre formas de cuidar, tanto na perspectiva de fornecer informações sobre o cuidado imediato e contínuo com o neofalo e a neovagina após a cirurgia de redesignação sexual como no que tange ao cuidado integral de pessoas transgêneras que se submetem à cirurgia de redesignação sexual.(AU)


Objective: to know the national and international scientific production, from 2007 to 2017, about sexual reassignment surgery. Method: integrative review carried out in two databases, in July 2018. ENDNOTE® was used to systematize the articles. Results: the sample consisted of 18 articles. Three thematic categories were identified: "surgical techniques", "operative complications" and "psychosocial aspects". Conclusions: it`s noticeable that the scientific literature has sought to publish studies on new surgical techniques, operative complications and psychosocial aspects that tend to give higher quality of life to transgenitalized people. Its needed further scientific studies on ways of caring, both from the perspective of providing information on immediate and continuous care with neophallus and neovagina, after sex reassignment surgery and with regard to the integral care of transgender people who undergo sexual reassignment surgery.(AU)


Objetivo: conocer la producción científica nacional e internacional, de 2007 a 2017, sobre la cirugía de reasignación sexual. Método: revisión integrativa realizado en dos bases de datos, en julio de 2018. Se utilizó ENDNOTE® para sistematizar los artículos. Resultados: la muestra consistió en 18 artículos. Se identificaron tres categorías temáticas: "técnicas quirúrgicas", "complicaciones operativas" y "aspectos psicosociales". Conclusiones: se puede ver que la literatura científica ha tratado de publicar estudios sobre nuevas técnicas quirúrgicas, complicaciones operativas y aspectos psicosociales que tienden a dar una mayor calidad de vida a las personas transgenitalizadas. Se necesitan más estudios científicos sobre las formas de atención, tanto desde la perspectiva de proporcionar información sobre la atención inmediata y continua con el neofalo y la neovagina, después de la cirugía de reasignación sexual, como en lo que refiere a la atención integral de las personas transgénero que se someten cirugía de reasignación sexual.


Assuntos
Enfermagem , Cirurgia de Readequação Sexual , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
14.
São Paulo; SMS; 20200700. 133 p.
Monografia em Português | LILACS, Coleciona SUS, Sec. Munic. Saúde SP, CAB-Producao, Sec. Munic. Saúde SP | ID: biblio-1178139

RESUMO

O Comitê Técnico de Saúde Integral à População LGBTI (pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Mulheres Transexuais, Homens trans e pessoas transmasculinas, demais pessoas "trans" e/ou com variabilidade de gênero e Pessoas Intersexo) foi instituído e vinculado ao Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, com objetivo de promover políticas públicas e estabelecer cuidados em saúde à população LGBTI com base nos princípios do SUS. Iniciou suas atividades em 2017, sob demanda da sociedade civil, e foi oficializado, com publicação em Diário Oficial, em 2019. A atenção para as especificidades de atendimentos às pessoas transexuais e travestis (e de gênero diverso) teve pauta prioritária nas ações deste comitê, devido à alta vulnerabilidade social dessa população e à grande desassistência consequente. Além de dar suporte às Coordenadorias Regionais de Saúde do município que implantaram ou estão em fase de implantação de referências para o atendimento das especificidades de pessoas transexuais e travestis, as ações do comitê incluem a publicação deste protocolo, a realização de capacitações às equipes de gestão e de profissionais da Atenção Básica, avaliação contínua da assistência oferecida a essa população, organização de rede para cuidados específicos, oferta de espaço para discussão técnica entre profissionais e para criação de redes locais, além de suporte a dificuldades vivenciadas pelos serviços e pela população. A exclusão social à qual essa população está submetida e as violências vividas fazem com que grande parte de seus adoecimentos seja relacionado a sofrimentos por condições sociais. A Atenção Básica é o nível de assistência em que esses adoecimentos podem ser identificados, notificados, amparados e cuidados, pois oferece espaço privilegiado na gestão de cuidado de pessoas e cumpre papel estratégico na rede de atenção. Portanto faz-se necessário planejar e organizar os serviços das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que o acesso à saúde dessa população seja ofertado e realizado. Uma das necessidades de saúde específicas desta população é a prescrição e oferta de hormônios para as pessoas que desejam realizar transformações corporais dessa forma. A hormonização (também conhecida por terapia hormonal ou hormonioterapia) é uma intervenção de saúde utilizada por muitas pessoas transexuais e travestis como uma estratégia para se expressarem e serem reconhecidas pela sociedade dentro dos limites do gênero com o qual se identificam ou com o qual preferem ser identificadas. Na grande maioria dos casos, as pessoas transexuais e travestis que chegam ao serviço de saúde com essa demanda já fazem uso de hormônios e têm clareza de que querem continuar a usá-los. A dificuldade de acessar os cuidados em serviços de saúde leva à automedicação, na maioria das vezes com hormônios de tipos, doses e/ ou formas de aplicação inadequadas, o que habitualmente acarretam muitos efeitos adversos e problemas de saúde. A hormonização é um direito dessa população, assim como qualquer outra demanda em saúde que possa ser apresentada individualmente, e acolher essa necessidade dentro de uma UBS possibilita que outros aspectos da saúde possam ser também cuidados. Este documento tem como objetivo apoiar a Atenção Básica no acolhimento e no cuidado específico para essas populações, já que é o nível de atenção que tem função de oferecer acesso à saúde, atenção integral, longitudinalidade e coordenação do cuidado, com a oportunidade de conhecer o entorno do indivíduo e de potencialmente realizar seus cuidados orientados de acordo com sua vivência familiar e comunitária, através da competência cultural desenvolvida no trabalho junto à população de um determinado território. Serviços de especialidades focais, de níveis de atenção secundário e terciário, também podem se beneficiar das informações contidas neste protocolo, utilizando-as para nortear suas práticas e colaborar com a coordenação do cuidado das pessoas realizado pelas UBS.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Travestilidade , Guias como Assunto , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero
15.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (31): 119-138, enero-abr. 2019.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1004709

RESUMO

Resumen Este artículo interpreta narrativas de varones trans acerca del acceso al acompañamiento médico especializado, y de la búsqueda de rectificación de registros civiles en Argentina; obtenidas a partir de una investigación realizada entre 2017 y 2018. Partiendo de una breve contextualización del escenario argentino, en términos de los derechos trans después la aprobación y regulación de la Ley de Identidad de Género, se presenta parte del material de campo producido a partir de entrevistas semiestructuradas realizadas a varones trans, argentinos y brasileños, que viven en Argentina. El texto busca traer elementos empíricos para dar continuidad a las reflexiones que he realizado acerca de la espera como una categoría analítica fundamental para interpretar las experiencias trans en la actualidad.


Resumo Neste trabalho, interpreto narrativas de homens trans a respeito do acesso ao acompanhamento médico especializado e da busca pela retificação de registros civis na Argentina, a partir de uma pesquisa realizada entre 2017 e 2018. A partir de uma breve contextualização do cenário argentino em termos dos direitos trans após a aprovação e regulamentação da Lei de Identidade de Gênero, apresento parte do material de campo produzido a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas junto a homens trans argentinos e também brasileiros que vivem na Argentina. O texto busca trazer elementos empíricos para dar continuidade a reflexões que tenho levantado a respeito da espera como uma categoria analítica fundamental para interpretar as experiências trans, na atualidade.


Abstract In this work, I interpret narratives of trans men about access to specialized medical attention and the search for rectification of civil documents in Argentina, based on an investigation conducted between 2017 and 2018. From a brief contextualization of the Argentine scenario in terms of trans rights after the approval and regulation of the Gender Identity Law, I present part of the field material produced from semi-structured interviews conducted with Argentinean and Brazilian men living in Argentina. The text seeks to bring empirical elements to give continuity to the reflections that I have raised regarding waiting as a fundamental analytical category to interpret trans experiences, nowadays.


Assuntos
Humanos , Argentina/etnologia , Registro Civil , Direitos Civis/tendências , Pessoas Transgênero/legislação & jurisprudência , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
16.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(4): e00111318, 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001655

RESUMO

Frente às mudanças e permanências nos costumes, normas e políticas sexuais no Brasil, o artigo analisa as experiências de acesso de mulheres trans/travestis aos serviços de saúde e discute a discriminação sexual/de gênero e as suas demandas aos serviços de transição de gênero e prevenção da aids. O estudo envolveu entrevistas com nove mulheres trans/travestis, de 23-45 anos, das camadas populares da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas em 2016, e observações de contextos de prostituição e sociabilidade. Comparando com as agressões vividas anos atrás, as narrativas das mulheres trans/travestis destacam avanços sociais. Relatam que os profissionais não as discriminam por sua condição, embora haja resistência ao uso do nome social. Esse constrangimento, somado aos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde (SUS), são minimizados devido à agência das trans/travestis para obter atendimento, seja pelo recurso às redes de contatos, seja por sua consciência de direitos de cidadania. As narrativas sobre a busca por mudanças corporais para a transição de gênero revelam uma conjugação, por vezes tensa, entre as tecnologias oferecidas nos serviços de saúde e aquelas manejadas pelas travestis. Embora as políticas de aids focalizem ações para trans/travestis, a prevenção do HIV não está entre as suas principais demandas aos serviços. Há obstáculos de ordem subjetiva para acessar os serviços, decorrentes do estigma internalizado e da associação da infecção pelo HIV com suas condições de vida. A melhoria da atenção em saúde da população trans/travesti requer um debate sobre os problemas estruturais do SUS, a defesa da visão ampliada de cuidado do sistema e investimentos na capacitação profissional.


Frente a los cambios y permanencias culturales, normativas y políticas en Brasil, el artículo analiza las experiencias de acceso de mujeres trans/travesti a servicios de salud, y discute la discriminación sexual/de género y sus demandas respecto a los servicios de transición de género y prevención del SIDA. En el estudio se realizaron entrevistas con nueve mujeres trans/travestis, de 23-45 años, procedentes de estratos populares, de la Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, realizadas en 2016 y observaciones en contextos de prostitución y sociabilidad. Comparando las agresiones vividas en el pasado, los relatos de las mujeres trans/travesti destacan avances sociales. Describen que los profesionales no las discriminan por su condición, aunque haya resistencia al uso del nombre social. Este inconveniente, sumado a los problemas estructurales del Sistema Único de Saúde (SUS), son minimizados devido a la agencia de las trans/travestis para obtener atención, gracias a las redes de contactos y su conciencia sobre sus derechos como ciudadanas. Los relatos sobre la búsqueda de cambios corporales para la transición de género revelan una tensión, entre las tecnologías ofrecidas por los servicios de salud y aquellas que manejan las travestis. Aunque las políticas de SIDA enfaticen acciones orientadas a trans/travestis, la prevención del VIH no está entre sus principales demandas de servicios. Existen obstáculos de carácter subjetivo para acceder a estos servicios, derivados del estigma internalizado y de la asociación de la infección por VIH con sus condiciones de vida. La mejora de la atención en salud de la población trans/travesti requiere un debate sobre los problemas estructurales del SUS, la defensa de su visión amplia de cuidado e inversiones en la capacitación profesional.


Given both the changes in sexual customs, norms and policies and the persistent patterns in Brazil, the article analyzes the experiences of transgender women/transvestites with access to health services and discusses sexual/gender discrimination and their demands for gender transition and AIDS prevention services. The study involved interviews with nine transgender women/transvestites 23-45 years of age from low-income strata in the Baixada Fluminense region of Greater Metropolitan Rio de Janeiro, Brazil, in 2016 and observation of contexts of prostitution and sociability. Compared to the violence experienced years previously, the narratives of transgender women/transvestites highlight important social strides. They report that health professionals do not discriminate against them based on their condition, although they resist calling them by their social names. This embarrassment and the structural problems of the Brazilian Unified National Health System (SUS) are minimized by the agency of trans women/transvestites in obtaining care, such as recourse to contact networks and awareness of their civil rights. The narratives on their search for body changes for transitioning often reveal a tense combination of the technologies offered by health services and those managed by transvestites themselves. Although AIDS policies focus on measures for trans women/transvestites, HIV prevention is not among their main demands on health services. There are subjective barriers for accessing services, resulting from internalized stigma and the association of HIV infection with their living conditions. Improvement in healthcare for the trans/travestite population requires a debate on structural problems in the SUS, the defense of its expanded view of care, and investments in professional training.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Travestilidade , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Atenção à Saúde , Pesquisa Qualitativa , Discriminação Social , Identidade de Gênero , Acesso aos Serviços de Saúde
17.
Esc. Anna Nery Rev. Enferm ; 23(3): e20180345, 2019.
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1012093

RESUMO

Abstract Objective: To know the common sense of transsexual women in reaction to the transsexual process and to discuss the epistemological construction about the transsexuality and nursing in this process. Method: Qualitative research, carried out between May and June 2017, with 90 transsexual women attending a specialized center. Results: The common sense of the interviewees evidenced the transsexuality as an identity issue and not a disease, barriers to attendance in health demands and absence of the nursing professional. Discussion: The epistemological construction of the transsexuality takes place through science, which instrumentalized the Transsexual Process Policy and does not have the knowledge presented by the common sense of the users. Conclusion and implications for nursing practice: Science has a role to create order and practices from the refinement of common sense, but does not use the common sense of transsexual women in the epistemological construction of transsexuality, which compromises care and reinforces stereotyped and pathological character by health professionals. Science has the power to validate common sense, sedimenting the care to transsexual women, especially nursing practice. Nursing has the challenge of understanding issues related to transsexuality by articulating common sense with scientific knowledge.


Resumen Objetivo: Conocer el sentido común de mujeres transexuales en reacción al proceso transexualizador y discutir la construcción epistemológica acerca de la transexualidad y de la enfermería en ese proceso. Método: Investigación cualitativa, realizada entre mayo y junio de 2017, con 90 mujeres transexuales atendidas en centro especializado. Resultados: El sentido común de las entrevistadas evidenció la transexualidad como una cuestión identitaria y no una enfermedad, trabas en la atención en demandas de salud y ausencia del profesional de enfermería. Discusión: La construcción epistemológica de la transexualidad, se da por medio de la ciencia, que instrumentalizó la Política del Proceso Transexualizador y no dispone de conocimiento presentado por el sentido común de las usuarias. Conclusión e implicaciones para la práctica de enfermería: La ciencia tiene un papel de crear orden y prácticas a partir del refinamiento del sentido común, pero no utiliza el sentido común de las mujeres transxuales en la construcción epistemológica de la transexualidad, que compromete la asistencia y refuerza el carácter estereotipado y patológico por los profesionales de salud. La ciencia tiene el poder de validar el sentido común, sedimentando la asistencia a las mujeres transexuales, en especial, la práctica de enfermería. La enfermería tiene el desafío de comprender las cuestiones relacionadas a la transexualidad articulando el sentido común con el saber científico.


Resumo Objetivo: Conhecer o senso comum de mulheres transexuais em reação ao processo transexualizador e discutir a construção epistemológica acerca da transexualidade e da enfermagem nesse processo. Método: Pesquisa qualitativa, realizada entre maio e junho de 2017, com 90 mulheres transexuais atendidas em centro especializado. Resultados: O senso comum das entrevistadas evidenciou a transexualidade como uma questão identitária e não uma doença, entraves no atendimento em demandas de saúde e ausência do profissional de enfermagem. Discussão: A construção epistemológica da transexualidade, se dá por meio da ciência, que instrumentalizou a Política do Processo Transexualizador e não dispõe de conhecimento apresentado pelo senso comum das usuárias. Conclusão e implicações para a prática de enfermagem: A ciência tem um papel de criar ordem e práticas a partir do refinamento do senso comum, mas não utiliza o senso comum das mulheres transexuais na construção epistemológica da transexualidade, que compromete a assistência e reforça o caráter estereotipado e patológico pelos profissionais de saúde. A ciência tem o poder de validar o senso comum, sedimentando a assistência às mulheres transexuais, em especial, a prática de enfermagem. A enfermagem tem o desafio de compreender as questões relacionadas à transexualidade articulando o senso comum com o saber científico.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Ciência , Transexualidade , Conhecimento , Pessoas Transgênero , Pessoal de Saúde/psicologia , Pesquisa Qualitativa , Cirurgia de Readequação Sexual , Estigma Social , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero , Hormônios/uso terapêutico
18.
Rev. méd. Chile ; 147(1): 65-72, 2019. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-991374

RESUMO

The health care demand for transgenders has increased in Chile and worldwide. However, in Chile health care professionals are not trained to understand and face this problem. We herein review issues that should be considered in the training of non-specialist physicians to provide health care to transgenders, issues about terminology of body reassignment treatments and gender identity and the way Chilean professionals should deal with transgender persons.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Padrões de Prática Médica , Atenção à Saúde , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Comportamento Sexual , Chile , Nível de Saúde , Educação Médica , Identidade de Gênero
19.
Rio de Janeiro; s.n; 2019. 181 f p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-986238

RESUMO

Esta tese aborda o acesso à saúde de pessoas trans (travestis, mulheres trans e homens trans) como processo concomitante à sua constituição enquanto sujeito político. Trata-se de um estudo compreensivo do repertório de formas de ação política mobilizadas na construção das políticas públicas de saúde para travestis e transexuais em Manaus, Amazonas. A pesquisa empírica de corte etnográfico que sustenta o trabalho combinou observação participante nos múltiplos espaços onde essas políticas se gestam e entrevistas com membros de duas organizações trans existentes em Manaus durante o período em que o trabalho de campo foi realizado, entre janeiro de 2016 a julho de 2018: a Associação de Travestis, Transexuais, e Transgêneros do Amazonas (ASSOTRAM), gerida por travestis e mulheres trans, e o Coletivo O Gênero, liderado por homens trans. Através de narrativas biográficas que coletei durante o período, busquei compreender a variedade de trajetórias de engajamento das(os) ativistas envolvidas(os) nesse processo de construção de políticas públicas. Essas trajetórias sinalizam como a linguagem do direito permeia atualmente as demandas de acesso à saúde das pessoas trans, além de demonstrar uma busca constante por saúde como eixo estruturador do trânsito entre gêneros. Os relatos de vida como construção retrospectiva estão imbricados à trajetória do ativismo e à organização política dos movimentos que protagonizam a construção da política de saúde trans e a luta pelo reconhecimento das identidades trans em Manaus. Por modo de tipos ideais, reconstruímos quatro formas de ação mobilizadas nessa luta, classificadas conforme algumas categorias e noções nativas: de confronto; de articulação; de visibilidade; e de colaboração, tendo a sociedade manauara como público e a agentes de Judiciário, do Legislativo e do Executivo municipal e estadual, por vezes, como adversários, ou como aliados


This thesis addresses the access to health of trans people (transvestites, transgender women, and transgender men) as a concomitant process to their constitution as political subjects. It consists of a comprehensive study on the repertoire of political action mobilized in the construction of public health policies for transvestites and transsexuals in Manaus, State of Amazonas. The empirical ethnographic research that supports this study combined participant observation, in the multiple spaces where these policies are constructed, with interviews with members of two transgender organizations in Manaus during the period in which the fieldwork was carried out, between January 2016 and July 2018: ASSOTRAM ­ Association of Transvestites, Transsexuals and Transgenders of Amazonas, managed by transvestites and transgender women, and the collective "O Gênero", led by transgender men. Through biographical narratives, recorded during the study period, I sought to understand the variety of engagement itineraries of the activists involved in the development of public policies. These trajectories indicate how the language of the law currently permeates the demands of access to the health of transgender people, in addition to demonstrating a constant search for health as a structuring script for the transition between genders. Life narratives, as a retrospective construction, are intertwined with itineraries of activism and with the organization of the movement. The later plays a role in the construction of transgender health policy and the struggle for the recognition of transgender identities in Manaus. As ideal types, four modes of political action were mobilized in this struggle, which were classified, using native categories, as follows: confrontation; articulation; visibility; and collaboration, with the society of Manaus as the public and the agents of the municipal and state Judiciary, Legislative, and Executive bodies sometimes as adversaries, sometimes as allies


Assuntos
Humanos , Travestilidade , Brasil , Pesquisa Qualitativa , Pessoas Transgênero , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Ativismo Político , Acesso aos Serviços de Saúde
20.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(10): e00036318, oct. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952353

RESUMO

Resumo: Este artigo discute as necessidades e demandas de saúde de homens trans, tema pouco estudado que, com frequência, interpela a construção de práticas de cuidado em saúde para esta população. Foi realizada uma pesquisa qualitativa composta de observação participante e entrevistas semiestruturadas com dez homens trans residentes em Salvador, Bahia, Brasil, em sua maioria negros, heterossexuais e com idades entre 20 e 43 anos. A análise foi baseada na antropologia interpretativa, articulada às críticas do pressuposto da interseccionalidade e da perspectiva decolonial. As necessidades e demandas de saúde dos homens trans são organizadas em três aspectos: a despatologização, a modificação corporal e os atendimentos ambulatoriais. Esses não são universais entre todos os homens trans e podem ser decorrentes de situações que assinalam conflitos e pressões grupais. A ausência do processo transexualizador no estado e as barreiras no acesso à rede de atenção à saúde intensificam o processo de mercantilização das suas demandas de saúde, em especial, as modificações corporais. Conclui-se que a transfobia estrutural faz disparar uma série de questões de saúde, ao mesmo tempo em que limita as possibilidades de obtenção de cuidado. A despatologização das vivências trans constitui o eixo central com base no qual o cuidado deve ser pensado, relacionando-a a mudanças culturais, políticas e sociais que impliquem a construção de uma sociedade não transfóbica e incidam no bem-estar e reconhecimento dos homens trans.


Abstract: This article discusses the health needs and demands of trans men, a topic that has received little attention and frequently calls for the development of specific health care practices for this population. A qualitative study was performed, consisting of participant observation and semi-structured interviews with trans men residing in Salvador, Bahia State, Brazil, the majority of whom were black, heterosexual, and 20 to 43 years of age. The analysis was based on interpretative anthropology, linked to critique of the assumption of intersectionality and the decolonial perspective. The health needs and demands of trans men are organized in three aspects: de-pathologization, body modification, and outpatient care. These aspects are not universal among trans men and may result from situations that indicate group conflicts and pressures. The absence of transsexualization process in the state of Bahia and barriers to accessing the health care network intensify the commodification of trans men's health demands and especially body modifications. The study concludes that structural transphobia triggers a series of health issues, while limiting the possibilities for obtaining care. The de-pathologization of trans experiences constitutes the central basis for conceiving care, relating it to cultural, political, and social changes that involve the construction of a non-transphobic society and foster the well-being and recognition of trans men.


Resumen: Este artículo discute las necesidades y demandas de salud de hombres transexuales, tema poco estudiado que, con frecuencia, requiere la construcción de prácticas de cuidado de salud para esta población. Se realizó una investigación cualitativa, compuesta de diez hombres transexuales residentes en Salvador, Bahia, Brasil, en su mayoría negros, heterosexuales y con edades entre 20 y 43 años. El análisis se basó en la antropología interpretativa, vinculada a críticas del presupuesto de la interseccionalidad y desde una perspectiva decolonial. Las necesidades y demandas de salud de los hombres transexuales se organizan en torno a tres aspectos: despatologización, modificación corporal y atención ambulatoria. Estos no son universales entre todos los hombres transexuales y pueden derivarse de situaciones que indican conflictos y presiones grupales. La ausencia del proceso transexualizador en el estado y las barreras en el acceso a la red de atención de la salud intensifican el proceso de mercantilización de sus demandas de salud, en especial, las modificaciones corporales. Se concluye que la transfobia estructural dispara una serie de cuestiones de salud, al mismo tiempo que limita las posibilidades de obtención de cuidado. La despatologización de las vivencias trans constituye el eje central, en base al cual se debe pensar el cuidado, relacionándolo con cambios culturales y políticas sociales que impliquen la construcción de una sociedad no transfóbica e incidan en el bienestar y reconocimiento de los hombres transexuales.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Adulto Jovem , Pessoas Transgênero/legislação & jurisprudência , Pessoas Transgênero/psicologia , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde , Preconceito , Brasil , Pesquisa Qualitativa , Populações Vulneráveis/etnologia , Populações Vulneráveis/legislação & jurisprudência , Populações Vulneráveis/psicologia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...