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Rev. baiana saúde pública ; 40(2 (2016)): https://doi.org/10.22278/2318-2660.2016.v40.n2.a1977, Set. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-859782

RESUMO

O Atelier Gaia é um serviço criado na Colônia Juliano Moreira, zona oeste do Rio de Janeiro, com origem no Museu Nise da Silveira, atual Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (MBRAC), na década de 80 do século XX, nos anos iniciais da Reforma Psiquiátrica Brasileira, período de transição do modelo asilar para a atenção psicossocial. O objetivo deste artigo é registrar a história e evolução do espaço, contrapondo com as ideias de Nise da Silveira, corroborando o entendimento e a constatação de como o uso terapêutico da produção artística é capaz de promover a reabilitação psicossocial dos envolvidos na criação. A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa, na qual se utilizou as técnicas observação participante, estudo de caso e entrevistas aprofundadas, individuais e em grupo com os personagens do atelier, o que permitiu observar a importância que teve na subjetivação, autonomia e liberdade destes indivíduos. Concluiu-se que a continuidade do Atelier Gaia e a expansão de serviços similares por toda rede de cuidado deveria ser garantida como espaço terapêutico e de criação, o que poderia representar uma nova fase de desenvolvimento no modelo assistencial, isto é, uma reforma cultural por meio da própria cultura e da arte. Foi desta maneira que o Atelier Gaia estruturou-se e participou da reabilitação psicossocial de todos os que estiveram envolvidos com o seu desenvolvimento, proporcionando subjetivação, autonomia e reduzindo a necessidade do aparato manicomial e assim fortalecendo o campo da atenção psicossocial.


Atelier Gaia is a service started in Colônia Juliano Moreira, in the west zone of Rio de Janeiro, it begins in Nise da Silveira Museum, currently called Bispo do Rosário Contemporary Art Museum, in the 1980's, at the beginning of the Brazilian Psychiatric Reform, period of transition between the asylum system and the psychosocial intervention. The objective of this article is to register the history of the formation and evolution of this place, along with Nise da Silveira's ideas, corroborating the understanding and the realization of how the use of therapeutic and artistic creation is able to promote the psychosocial rehabilitation of creation participants. The methodology adopted was the qualitative research, using techniques of participating observation, case study and in-depth interviews, individually and in groups with the characters from atelier, what allowed to observe its importance to subjectivation, autonomy and liberty of these individuals. In conclusion, the permanece of Atelier Gaia and the expansion of similar services all over the care system should be ensured as a therapeutic and creative space, what could mean a new phase to the development of assistance model, meaning a cultural reformation through culture and art themselves. Atelier Gaia structured itself this way and took part into the psychosocial rehabilitation of all of those who were involved with its development, allowing subjectivation, autonomy and reducing the need of asylum apparatus, therefore strengthening the field of psychosocial attention.


Atelier Gaia es un servicio creado en la Colonia Juliano Moreira, en la zona oeste del Rio de Janeiro. Su origen fue en el museo Nise da Silveira, actual Museo Bispo do Rosário Arte Contemporánea, en la década de 80 del siglo XX, en el comienzo de la Reforma Psiquiátrica Brasileña, período de transición del modelo asilar para la atención psicosocial. El objetivo de este artículo es registrar la historia de la formación y de la evolución de este espacio, contraponiendo con las ideas de Nise da Silveira, reforzando la comprensión y la constatación de como el uso terapéutico de la producción artística es capaz de promover la rehabilitación psicosocial de los participantes de esta creación. La metodología adoptada fue la investigación cualitativa, en que se utilizaron las técnicas observación participante, estudio de caso y entrevistas en profundidad, individuales y en grupo con los personajes del taller, lo que permitió observar la importancia que ha tenido en la subjetivación, autonomía y libertad de estos individuos. Concluyese que la continuidad del Atelier Gaia y la expansión de los servicios similares por toda red de cuidado debería ser garantizada como espacio terapéutico y de creación, o que podría representar una nueva fase de desarrollo en el modelo asistencial, esto es, una reforma cultural por medio de la propia cultura y del arte. Fue de esta manera que el Atelier Gaia se ha estructurado y participado de la rehabilitación psicosocial de todos que estuvieron implicados en su desarrollo, proporcionando subjetivación, autonomía y reduciendo la necesidad del aparato manicomial y así fortaleciendo el campo de la atención psicosocial.


Assuntos
Humanos , Arte , Saúde Mental , Cultura , Serviços de Saúde Mental
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