Lutar por saúde é lutar por reforma agrária: estudo sobre práticas de saúde no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra / Struggling for health is struggling for agrarian reform: a study on health practices within the Brazil's Landless Workers' Movement
Saúde Soc
; 27(1): 116-127, jan.-mar. 2018.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: biblio-962572
Biblioteca responsável:
BR67.1
RESUMO
Resumo Este estudo de natureza qualitativa investigou práticas de saúde em assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. Buscou-se identificar práticas condizentes com o ideal de saúde do MST, o debate de normas e valores e possíveis renormalizações, contando com o aporte teórico da saúde coletiva e da ergologia. As atividades investigadas foram agricultura ecológica, trabalho docente que envolvia ações de saúde e ambiente e cuidado. Os resultados evidenciaram valores relacionados à luta pela reforma agrária e pela transformação da sociedade, à valorização das técnicas e dos saberes populares e à promoção da autonomia dos trabalhadores rurais. Percebeu-se, em alguma medida, a incorporação do projeto/herança da saúde do MST, que se mostrou mais efetiva, à medida que atinge os coletivos, evidenciando que a instauração de novas normas de saúde passa pela organização política dos assentamentos e acampamentos de reforma agrária.
ABSTRACT
Abstract This qualitative study investigated health practices in settlements and camps of Brazil's Landless Workers' Movement (MST) in the region of Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brazil. We sought to identify health care practices consistent with MST's health care objectives, debate on norms and values and possible renormalizations within this framework, using Collective Health and Ergology as theoretical bases. The investigated activities were agroecological farming, teaching activities involving health and environment actions, as well as health care activities. The results indicate values related to the struggle for agrarian reform and for the transformation of society, but also related both to the valorization of popular health care practices and to the development of the autonomy of rural workers. The incorporation of the project/health inheritance of MST, to some extent, proved to be more effective, as it reaches the collective movements, demonstrating that establishing new health standards involves the political organization of settlements and agrarian reform camps.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Contexto em Saúde:
ODS3 - Saúde e Bem-Estar
Problema de saúde:
Meta 3.9: Reduzir o número de mortes por produtos químicos perigosos e contaminação do ar e água do solo
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
População Rural
/
Trabalhadores Rurais
/
Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde
/
Saúde da População Rural
/
Promoção da Saúde
Tipo de estudo:
Guia de prática clínica
/
Pesquisa qualitativa
Aspecto:
Determinantes sociais da saúde
Limite:
Feminino
/
Humanos
/
Masculino
País/Região como assunto:
América do Sul
/
Brasil
Idioma:
Português
Revista:
Saúde Soc
Assunto da revista:
Saúde Pública
Ano de publicação:
2018
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Fundação Oswaldo Cruz/BR
/
Universidade Federal de Minas Gerais/BR