Análise das ações de prevenção para redução da transmissão vertical do HIV em gestantes e crianças expostas no estado de Tocantins / Analisys of shares of prevention to reduce the transmission of HIV in pregnant women and children exposed in the state of Tocantins
Como em outras áreas do Brasil, na região Norte a tendência da epidemia de HIV/aids ainda é ascendente, embora se registre uma redução da transmissão vertical do HIV em todo país. No estado do Tocantins, não há estudos ou análises suficientes sobre ações de prevenção no atendimento às gestantes infectadas pelo HIV e as crianças expostas ao vírus, e é um dos Estados da região com maiores coeficientes de detecção de gestantes infectadas pelo HIV. Este estudo tem por objetivo analisar os dados de gestantesHIV+ e das crianças expostas, com a finalidade de estimar a sub-notificação de gestantesHIV+ e crianças expostas ao HIV e identificar os fatores relacionados ao não cumprimento do protocolo de redução da transmissão vertical do HIV, no Tocantins, entre 2002 a 2013. Realizou-se um estudo retrospectivo, de base populacional, utilizando dados secundários dos sistemas de informação SINAN (gestantesHIV+ e crianças expostas) e SINASC, relacionados com os sistemas de informações de logística de medicamentos (SICLOM) e de exames de laboratórios (SISCEL). De um total de 343 gestantes notificadas entre 2002 e 2013, foram registradas apenas 248 (72,3 por cento) das crianças expostas. As cidades de Palmas (capital) e Araguaina foram responsáveis por 271 das notificações (80,3 por cento); 94,3 por cento realizaram pré natal; destas 80,2 por cento (223) tiveram conhecimento do seu resultado antes do parto e, ainda assim 28,7 por cento realizaram parto vaginal; 104 mulheres em tratamento para aids e com diagnóstico positivo para HIV e 103 crianças não estavam notificadas no Sinan, resultando numa subnotificação consideravelmente alta. Dos 139 municípios do Tocantins, 73 apresentaram registro de casos de gestantesHIV, mas realizaram seus partos realizados em 12 cidades, o que demonstra uma concentração na rede de atenção nos municípios de maior porte populacional (AU)