O contexto organizacional do Sistema deInformações sobre Nascidos Vivos segundo profissionais de saúde do nível municipal / The organizational context of the Live Births Information System according to municipal health workers
pesquisa de abordagem qualitativa realizada em municípios dotados de estabelecimentosde saúde onde ocorriam partos e que tinham o Sinasc descentralizado. Foram entrevistados 30 profissionais de saúde e os depoimentos obtidos, submetidos à análise de conteúdo temática.
Resultados:
as categorias de análise exploradas foram a importância da informação para a gestão em saúde, a gestãotécnica da informação e os atributos organizacionais. Os profissionais entrevistados consideraram o Sinasc como o melhor sistema informacional descentralizado, mas apontaram a pouca valorização e a subutilização das informações produzidas na vigilância em saúde. A baixa qualificação profissional, limitações na infra-estrutura e noprocesso de produção e gestão das informações sinalizaram a insuficiência da organização do Sinasc.
Conclusões:
apesar dos avanços obtidos com a descentralização do Sinasc, os serviços municipais vêm enfrentando problemas relacionados à produçãoe gerenciamento dos dados. É preciso maior apoio institucional, melhoria dos recursos materiais, gestão de pessoas e de recursos processuais, adequados paraa realização da prática informacional e para a apropriação do seu produto no monitoramento, avaliação e planejamento de ações e serviços de saúde maternoinfantil. (AU)
Objectives:
to understand the organizational context of the Live BirthsInformation System (Sinasc), in the municipalities of the Brazilian Stateof Minas Gerais (MG), in 2010.
Methods:
a qualitative study was carried out in municipalities with health services where births occurred which adopted a decentralized Sinasc. Thirty healthworkers were interviewed and theircomments submitted to thematic content analysis.
Results:
the categories analyzed were the importance of information for health management, the technical management of information and organizational features. The healthworkers interviewed consideredSinasc to be the best decentralized information system, but remarked that information produced by health surveillance is undervalued and underused. Poor professional training, limited infrastructure and information production and management were seen to be shortcomings of the Sinasc system.
Conclusions:
despite progress in the decentralization of the Sinasc, municipal services have encountered problems relating to the production and management of data. There is a need for greater institutional support, improved material resources, human resource and procedure management, appropriate forinformation collection and the use of this information to monitor, evaluate and plan maternity services. (AU)