Recentemente, a reagudização da
doença de Chagas (
meningoencefalite e/ou
miocardite) foi incluída na
lista de
doenças indicativas de
aids no
Brasil. Os autores relatam o
caso de um
paciente de 52 anos de idade, natural de
área rural da Bahia e procedente de uma
área urbana de São Paulo, sem
história de
doenças prévias e que apresentou
meningoencefalite aguda. As sorologias e pesquisas parasitológicas diretas no
sangue e no liquido cefalorraquideano (LCR) demonstraram presença de
Trypanosoma cruzi, confirmando-se o
diagnóstico mediante
cultura do LCR. O teste rápido assim como os
ELISA e
Western Blot diagnosticaram
infecção pelo
vírus da imunodeficiência humana (
HIV). Apesar do
tratamento com benzonidazole e as
medidas de suporte, o
paciente faleceu 24 horas depois da admissão hospitalar. Em áreas endêmicas, a reagudização da
doença de Chagas deve ser sempre considerada no
diagnóstico diferencial das meningoencefalites e sua presença em
pacientes com
infecção pelo
HIV é indicativa de
aids.