Os autores relatam a ocorrência e os dados resultantes das investigações de
casos humanos de
Febre Amarela (FA) silvestre no
estado de São Paulo. Em 2000, 7
casos suspeitos de FA silvestre foram confirmados, 5 importados de outros Estados e 2 provavelmente autóctones, de áreas localizadas às margens do Rio Grande, à noroeste do
estado de São Paulo. Quatro deles evoluiram para
óbito .
Inquérito sorológico foi realizado em 630 habitantes de 13 municípios ribeirinhos e
pesquisa entomológica foi feita nas áreas suspeitas de
transmissão autóctone . A confirmação desses
casos foi feita por
testes sorológicos clássicos,
isolamento de
vírus e
técnicas moleculares. As 7 amostras de soros resultaram positivas em pelo menos uma das
técnicas empregadas. Todas as amostras foram
reagentes no teste de MAC-
ELISA . Obteve-se
isolamento de
vírus a partir de amostras de soros de 4
pacientes e nenhum
isolamento de
mosquitos . O
inquérito sorológico com 630 soros, mostrou 5,23 por cento de
prevalência de
anticorpos para o
vírus FA. A
detecção de 2
casos autóctones no
estado de São Paulo confirma a tendência de
deslocamento da
transmissão da
Febre Amarela para o Sul do
Brasil . A presença de
anticorpos para FA em
população de áreas sem
transmissão recente, revela
risco de reurbanização da
doença