O
abuso de álcool durante a
gravidez, além de causar impacto individual, familiar e social,
causa sérios danos ao
recém-nascido. O
álcool tem a capacidade de causar grande
injúria ao
embrião e ao
feto, e a
Síndrome Alcóolica Fetal é a manifestação mais grave desse processo. O sistema auditivo, assim como o
sistema nervoso central, está vulnerável aos
efeitos tóxicos do
álcool devido ao período embriológico em que se forma, podendo haver
deficiência auditiva em diferentes graus em
crianças cujas
mães fizeram uso de grandes quantidades de
álcool no período gestacional. A aquisição e o
desenvolvimento da linguagem dependem diretamente da função auditiva, que deve ser acompanhada em
crianças acometidas por essa
síndrome, destacando-se o
papel de
pediatras,
neurologistas e
otorrinolaringologistas nesse processo. O presente
trabalho descreve quatro
casos de
Síndrome Alcóolica Fetal (SAF) e aborda aspectos clínicos e epidemiológicos relevantes dessa
síndrome, enfatizando as repercussões auditivas, que têm tido pouco enfoque na
literatura científica mundial.