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Implementação oportuna de intervenções para reduzir a transmissão vertical do HIV: uma experiência brasileira bem-sucedida / Timely implementation of interventions to reduce vertical HIV transmission: a successful experience in Brazil

Amaral, Eliana; Assis-Gomes, Francisco; Milanez, Helaine; Cecatti, José Guilherme; Vilela, Maria Marluce; Silva, João Luiz Pinto e.
Rev. panam. salud pública ; 21(6): 357-364, jun. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-463152

OBJETIVO:

Descrever o impacto da implementação oportuna de novas condutas recomendadas por consensos clínicos nacionais dirigidos à prevenção da transmissão vertical de HIV na maternidade de um hospital universitário público no Brasil.

MÉTODO:

Realizou-se um estudo retrospectivo de coorte dos partos de mulheres infectadas pelo HIV atendidos na instituição de 1990 a 2000. As condutas adotadas nesse período foram 1) até 1994, amamentação contra-indicada, sem uso de drogas anti-retrovirais; 2) de 1995 a 1996, uso de zidovudina (AZT) pela gestante e pelo recém-nascido; 3) de 1997 a 1998, uso de AZT conforme protocolo ACTG 076; e 4) de 1999 a 2000, terapia anti-retroviral múltipla e cesárea eletiva. Em todos os períodos, a distribuição das drogas foi gratuita. Foram calculadas as taxas de transmissão nas quatro fases e as razões de risco de transmissão congênita para as fases e para cada intervenção profilática (amamentação, tipo de terapia anti-retroviral, tipo de parto).

RESULTADOS:

Foram estudadas 197 gestações. Houve redução na transmissão vertical da primeira para a quarta fase, de 32,3 para 25,7, 2,2 e 2,9 por cento. A maior queda, observada na terceira fase, ocorreu após a introdução do esquema completo do ACTG 076. O uso de terapia anti-retroviral combinada aumentou de 0 por cento na primeira fase para 46,4 por cento na quarta fase. Não houve nenhum caso de transmissão vertical nas gestantes tratadas com múltiplas drogas. O risco de transmissão vertical foi 5 vezes maior com amamentação do que sem amamentação (razão de risco = 5,06), 5 vezes maior sem terapia anti-retroviral contra uso do esquema ACTG completo (razão de risco = 5,29) e 4 vezes maior para parto com fórcipe contra cesárea eletiva (razão de risco = 4,13).

CONCLUSÃO:

A adoção oportuna de intervenções atualizadas, recomendadas por consenso nacional de especialistas, com provisão gratuita de drogas, mostrou-se eficiente para reduzir a transmissão congênita do HIV.
Biblioteca responsável: BR1.1