Diversidade e prevalência das mutações de resistência genotípica aos antirretrovirais entre crianças infectadas pelo HIV-1 / Diversity and prevalence of antiretroviral genotypic resistance mutations among HIV-1-infected children
To evaluate genotyping and subtyping in antiretroviral (ARV) naïve and experienced children, as well as drug resistance profiles through genotyping in these children.
Our results show low rates of primary resistance in ARV-naïve children and high rates of resistance in children failing ARV treatment, which is compatible with ARV use in these patients.
Objetivo:
Avaliar a genotipagem e subtipagem em crianças experimentadas e virgens de tratamento, assimcomoperfis de resistência a medicamentos através da genotipagem nessas crianças.
Métodos:
Estudo retrospectivo de crianças HIV positivas virgens de tratamento e HIV positivas que não responderam ao tratamento pela terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), acompanhadas na Santa Casa de São Paulo (SP). A genotipagem foi realizada com produtos purificados de reação em cadeia da polimerase (PCR) de RNA retrotranscrito, utilizando-se o kit comercial Viroseq HIV-1 Genotyping System 2.0 ou a técnica de nested PCR in-house. O sequenciamento foi realizado com equipamento automático (ABI 3100). As mutações de resistência antirretroviral (ARV) foram analisadas no Stanford HIV Drug Resistance Database e a subtipagem realizada no U.S. National Center for Biotechnology Information (NCBI), utilizando-se o programa de análises SimPlot, juntamente com a análise filogenética.
Resultados:
Não foi detectada nenhuma mutação de resistência primária ARV nas 24 crianças virgens de tratamento, embora tenham ocorrido mutações que podem contribuir para a resistência aos inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN) (12,5%) e aos inibidores da protease (IP) (95,8%). Para as 23 crianças que não responderam à HAART, foram encontradas mutações de resistência ARV aos ITR Nem 95,6% e aos inibidores da transcriptase reversa não-análogos de nucleosídeos (ITRNN) em 60,8%. Para os IP, foram observadas mutações de resistência ARV em 95,7%, 47,8% das quais apresentavam apenas polimorfismos. Nas análises de subtipagem,78,3%das sequências agruparam-se no subtipo B do HIV-1, 4,3% no C, 13% no F e 4,4% em formas recombinantes.
Conclusões:
Nossos resultados mostrambaixas taxas de resistência primária em crianças virgens de tratamento e altas taxas de resistência emcrianças que não responderamao tratamento ARV, o que é compatível com o uso ARV nesses pacientes.