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Artigo em Inglês | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-47306
4.
Tese em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-26977

RESUMO

O Brasil no ano de 2015 confirmou o primeiro caso autóctone de transmissão do Vírus Zika (ZIKV) e partir de então enfrentou uma emergência de saúde pública em relação ao aumento dramático no número de casos e o aumento de 20 vezes no número de recém-nascidos com microcefalia, cujas mães eram suspeitas de terem contraído infecção por ZIKV durante a gestação. Existem três hipóteses baseadas em estudos utilizando análise filogenética, que sugerem que o ZIKV foi introduzido no Brasil durante um campeonato de canoagem em agosto de 2014, durante a Copa do Mundo em 2014 ou durante a Copa das Confederações em junho de 2013. No entanto, esses estudos não deixam clara a cidade que foi a porta de entrada do vírus no país. O Rio de Janeiro que é considerado o maior polo turístico do país hospedou vários eventos de massa entre 2012 e 2015, além de ter sido a porta de entrada para três dos quatro sorotipos de dengue no país. Esses fatores determinaram o desenvolvimento desse estudo retrospectivo com o objetivo de pesquisar ZIKV em amostras de pacientes com clínica compatível com infecção pelo ZIKV que tiveram resultado não detectável para os vírus dengue e da rubéola, no período compreendido entre 2012 a 2014 Foram submetidas à PCR em tempo real 630 amostras de soro. ZIKV não foi detectado em nenhuma das amostras, dessa forma sugerimos que no período do estudo poderia estar ocorrendo uma baixa circulação ou que não havia circulação de ZIKV no estado do Rio de Janeiro. Ademais do estudo retrospectivo, o genoma completo de três amostras de ZIKV do Rio de Janeiro correspondentes aos anos 2015, 2016 e 2017 foram sequenciadas e analisadas. As amostras de 2015 e 2016 não tiveram substituições de aminoácido entre elas, enquanto a amostra de 2017 teve cinco substituições comparadas com as demais. As três amostras tiveram a substituição V2634 quando comparadas com a cepa referência da Polinésia Francesa, além das cinco substituições observadas somente na amostra de 2017. A partir de uma árvore filogenética gerada neste estudo, utilizando as três amostras e sequências de região codificante completa do ZIKV obtidas no GenBank, confirmamos a circulação do genótipo asiático do ZIKV no estado do Rio de Janeiro, as sequências das Américas foram divididas em oito grupos monofiléticos e as amostras de 2015 e 2016 que sequenciamos foram incluídas no grupo monofilético 3 e a amostra sequenciada de 2017 foi incluída no grupo G5c A partir da análise desta árvore e da observação de uma maior divergência da amostra de 2017 foi possível identificar que esta amostra era proveniente de um caso cuja infecção ocorreu fora do Rio de Janeiro. Identificamos que a maioria dos grupos monofiléticos possuem alterações de aminoácido específicas para cada grupo e que com o passar dos anos, mais divergentes as amostras ficam em relação ao seu ancestral. O Brasil apresenta a maior diversidade de sequências das Américas. A análise filogenética revela que as cepas epidêmicas contemporâneas têm acumulado múltiplas substituições em relação aos seus antepassados asiáticos que podem ter aumentado a virulência e a dispersão do vírus e dificulta o desenvolvimento de vacinas, uma vez que as mutações podem causar variação antigênica.


Assuntos
Zika virus , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Filogenia
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