RESUMO
OBJECTIVE: The aim of this study is to evaluate the safety and efficacy of Viscoelastic Haemostatic Assays (VHA) to guide transfusions in patients undergoing surgical procedures. DESIGN: Systematic review with meta-analysis of randomized controlled trials up until June 5, 2019. SETTING: Hospitalized patients. INTERVENTIONS: VHAs compared to the Standard-Of-Care (SOC), which are represented by standard laboratory tests and/or clinical decisions. MEASUREMENTS: Primary - Risk of death, acute kidney injury, thrombotic events and reoperation for bleeding; Secondary - Risk of use of red blood cells (RBC), platelets, fresh frozen plasma (FFP), fibrinogen, factor VIIa, prothrombin complex, volume of RBC, platelets and FFP, length of hospital stay, and length of ICU stay. RESULTS: VHAs were associated to a statistically significant reduction in mortality (7.3% vs. 12.1%; RR = 0.64, p-value = 0.03), risk of acute kidney injury (10.5% vs. 17.6%; RR = 0.53, p-value = 0.005), volume of red blood cells (RBCs) transfused (MD = -1.63 U, p-value = 0.02), risk of platelet transfusion (23.9% vs. 27.3%; RR = 0.74, p-value = 0.006), risk of fresh frozen plasma (FFP) transfusion (RR = 0.57, p-value = 0.001), and volume of FFP transfused (MD = -0.90, p-value = 0.0003). No significant differences were observed in terms of thrombotic events, reexploration for bleeding, RBC transfusion, volume of platelets transfused, use of fibrinogen, prothrombin complex, or factor VIIa, length of hospitalization and length of ICU stay. CONCLUSION: Viscoelastic haemostatic assays are safe and efficacious for coagulation control in patients undergoing surgical procedures, therefore it should be considered for use in practice.
RESUMO
Objective: The transfusion of blood components and blood products in cardiac surgery patients can be guided by protocols based on standard laboratory tests and/or clinical decisions (Standardof-Care, SOC) or viscoelastic haemostatic assays (VHA). The aim of this study is to evaluate the cost-effectiveness and budget impact of VHAs compared to SOC. Methods: A decision tree model was built in TreeAge Pro® 2009. Costs and benefits were taken from the medical literature. The costeffectiveness was evaluated in a base-case scenario and a worst-case scenario, considering low costs of adverse events. The budget impact was evaluated from data taken from Datasus. Cost data were measured in 2019 USD and outcomes were measured in QALYs. Results: VHAs were considered dominant in the base-case scenario and very cost-effective in the worst-case scenario (ICER = $ 1,083.21 USD/QALY). The budget impact analysis varied from a cost-saving result in the base-case scenario to a reasonable increase in cost in the worst-case scenario. Since the total market share of the technology is unlikely, a reasonable estimative for the base-case scenario and the worst-case scenario are about -$275 million USD and $132 million USD, respectively. Conclusion: We conclude that the VHAs are cost-effective and should be recommended for the use in the perioperative period of cardiac surgeries, especially for patients with a high risk of hemorrhage or coagulation problems.
Objetivo: A transfusão de sangue, hemocomponentes e produtos sanguíneos em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca pode ser guiada por protocolos baseados em testes laboratoriais padrão e/ou decisão clínica (Standard-of-Care, SOC) ou testes viscoelásticos (TVEs). O objetivo deste estudo é avaliar o custo-efetividade e o impacto orçamentário dos TVEs em comparação com o SOC. Métodos: Um modelo de árvore de decisão foi construído em TreeAge Pro® 2009. Os parâmetros de custos e benefícios foram obtidos da literatura médica. A relação custo-efetividade foi avaliada em um cenário-base e no pior cenário, considerando baixos custos de eventos adversos. O impacto orçamentário foi avaliado a partir de dados extraídos do Datasus. Os custos foram avaliados em USD 2019 e os desfechos em AVAQs. Resultados: Os TVEs foram considerados dominantes no cenário-base e muito custo-efetivos no pior cenário avaliado (RCEI = 1.083,21 USD/QALY). A análise de impacto orçamentário variou de um resultado de economia de custos no cenário-base a um aumento razoável no custo no pior cenário. Como a hipótese de que a tecnologia será adotada para toda a demanda do mercado é improvável, estimativas razoáveis para o cenário-base e o pior cenário são de aproximadamente -275 milhões de USD e 132 milhões de USD, respectivamente. Conclusão: Concluímos que os VHAs são econômicos e devem ser recomendados para uso no período perioperatório de cirurgias cardíacas, principalmente para pacientes com alto risco de problemas de hemorragia ou coagulação.
Assuntos
Avaliação da Tecnologia Biomédica , Cirurgia Torácica , Tromboelastografia , Coagulação Sanguínea , Análise de Custo-EfetividadeRESUMO
Objetivo: Avaliar a eficácia, segurança e custo-efetividade da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) comparada à exploração laparoscópica do ducto biliar comum (ELDBC) para coledocolitíase. Métodos: Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados Medline, The Cochrane Library, Lilacs e Center for Reviews and Dissemination por revisões sistemáticas e estudos econômicos que reportassem dados sobre a comparação entre a CPRE e a ELDBC em pacientes com coledocolitíase. Uma busca complementar foi realizada nas referências dos estudos incluídos, periódicos, resumos de congresso e Google Acadêmico. A seleção foi realizada por dois pesquisadores independentes. Além da síntese qualitativa, uma ressíntese quantitativa para os desfechos primários foi conduzida em Review Manager® 5.3 utilizando um modelo de efeitos randômicos. Resultados: Foram incluídos 15 estudos (9 revisões sistemáticas e 6 estudos econômicos). Não foi demonstrada diferença estatisticamente significativa entre a colecistectomia laparoscópica (CL)+CPRE e a CL+ELDBC em termos de remoção dos cálculos do colédoco (88,5% vs. 92,8%; RR = 0,97, valor-p = 0,08; N = 1.881), morbidade pós-operatória (14,1% vs. 13,8%; RR = 0,98, valor-p = 0,88; N = 1.469), mortalidade (0,8% vs. 0,2%; RR = 2,13, valor-p = 0,33; N = 1.471), cálculos retidos (7,3% vs. 5,8%; RR = 1,17, valor-p = 0,40; N = 1.731), conversão para outros procedimentos (8,7% vs. 6,7%; RR = 1,20, valor-p = 0,55; N = 1.287), duração do procedimento (MD = 10,91, valor-p = 0,61; N = 717) ou tempo de hospitalização (MD = 1,31, valor-p = 0,10; N = 757). A literatura de custo-efetividade é dividida, com alguns estudos favorecendo a CL+CPRE e outros, a CL+ELDBC. Conclusão: Não é possível concluir sobre a superioridade da ELDBC sobre a CPRE ou vice-versa para a remoção de cálculos no colédoco.
Objective: To evaluate the efficacy, safety and cost-effectiveness of endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP) compared to laparoscopic common bile duct exploration (LCBDE) for choledocholithiasis. Methods: An electronic search was conducted in the Medline, The Cochrane Library, Lilacs and Center for Reviews and Dissemination databases for systematic reviews and economic studies that reported data on the comparison between ERCP and LCBDE in patients with choledocholithiasis. A complementary search was conducted on references of included studies, journals, conference abstracts and Google Scholar. The selection was performed by two independent reviewers. In addition to the qualitative synthesis, a quantitative re-synthesis for primary outcomes was conducted in Review Manager® 5.3 using a random effects model. Results: Fifteen studies (9 systematic reviews and 6 economic studies) were included. There was no statistically significant difference between laparoscopic cholecystectomy (LC)+ERCP and LC+LCBDE in terms of removal of choledochal stones (88.5% vs. 92.8%, RR = 0.97, p-value = 0.08; N = 1,881), morbidity (14.1% vs. 13.8%, RR = 0.98, p-value = 0.88; N = 1,469), mortality (0.8% vs. 0,2%; RR = 2.13, p-value = 0.33, N = 1,471), retained stones (7.3% vs. 5.8%, RR = 1.17, p-value = 0.40; N = 1,731), conversion to other procedures (8.7% vs. 6.7%, RR = 1.20, p-value = 0.55, N = 1,287), duration of the procedure (MD = 10.91, p = 0.61, N = 717) or hospital stay (MD = 1.31, p-value = 0.10, N = 757). The cost-effectiveness literature is divided. Some studies favor LC+ERCP and others LC+LCBDE. Conclusion: It is not possible to conclude on the superiority of the LCBDE on ERCP or vice-versa for choledocholithiasis
Assuntos
Humanos , Cálculos Biliares , Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica , Laparoscopia , Ducto ColédocoRESUMO
Objective: This study aims to compare the efficacy and safety of silicone tapes compared to microporous tapes in patients with fragile skin. Methods: A systematic review of the scientific literature was carried out. Clinical trials that compared silicone tape for medical use with the microporous tape in preterm newborns, newborns, children, elders, or people with increased risk of MARSI were included. This report followed the principles of the PRISMA statement. Results: Three randomized controlled trials were included. The silicone tape was associated with fewer injuries (RR = 0.53; p-value = 0.03), but no difference was found in terms of prevention of moderate or severe injuries (RR = 0.25; p-value = 0.20). Silicone tapes produce significantly less edema/erythema response than microporous tapes in children (MD = -0.42; p-value < 0.0001). The quality of evidence was considered very low. Conclusion: The evidence suggests that silicone tapes may be gentler to patients' skin than microporous tapes. However, no study reported data on the outcomes of interest. The studies have small samples, a short time horizon, and the quality of evidence was considered very low. There is insufficient information to allow the recommendation of silicone tapes to prevent skin injuries compared to microporous tapes.
Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia e a segurança das fitas de silicone comparadas às fitas microporosas em pacientes com pele frágil. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura foi conduzida. Ensaios clínicos que compararam a fita de silicone para uso médico com a fita microporosa em pacientes prematuros, neonatos, crianças, idosos ou pessoas com risco aumentado de lesão por adesivos médicos foram incluídos. Esse relato seguiu os princípios do relatório PRISMA. Resultados: Três ensaios clínicos randomizados foram incluídos. As fitas de silicone foram associadas a menor risco de lesões (RR = 0,53; valor-p = 0,03), mas não foi observada diferença em termos de lesões moderadas ou graves (RR = 0,25; valor-p = 0,20), e produziram significativamente menos edema/eritema que fitas microporosas em crianças (MD = -0,42; valor-p < 0,0001). A qualidade da evidência foi considerada baixa. Conclusão: A evidência sugere que as fitas de silicone são mais gentis à pele dos pacientes que as fitas microporosas. No entanto, nenhum estudo incluído reportou dados sobre os desfechos de interesse. Os estudos tinham amostras pequenas, horizonte temporal curto e qualidade de evidência muito baixa. A informação existente é insuficiente para possibilitar a recomendação das fitas de silicone para prevenção de lesões cutâneas em comparação com as fitas microporosas.