RESUMO
The main purpose of this study was to investigate natural infection by Leishmania chagasi in female sand flies in a visceral leishmaniasis (VL) focus on São Luís Island, Maranhão State, Brazil. Molecular analysis by polymerase chain reaction (PCR) was applied to determine the rate of natural infection of Lutzomyia longipalpis by L. chagasi in areas of old and recent human settlement on São Luís Island. Based on a sample of 800 female specimens captured from March to August 2005, the natural infection rate was 1.25% in an area of old settlement and 0.25% in two recently settled areas. Infection of L. longipalpis was detected in both areas, regardless of the number of reported human VL cases, indicating that other factors modulating infection in the wild need to be investigated. The results confirm PCR as a specific technique and an important tool for epidemiological surveillance.
Assuntos
Insetos Vetores/genética , Leishmaniose Visceral/transmissão , Psychodidae/genética , Animais , Brasil , Feminino , Insetos Vetores/parasitologia , Masculino , Reação em Cadeia da Polimerase , Densidade Demográfica , Psychodidae/parasitologia , População Rural , População UrbanaRESUMO
The main purpose of this study was to investigate natural infection by Leishmania chagasi in female sand flies in a visceral leishmaniasis (VL) focus on São Luís Island, Maranhão State, Brazil. Molecular analysis by polymerase chain reaction (PCR) was applied to determine the rate of natural infection of Lutzomyia longipalpis by L. chagasi in areas of old and recent human settlement on São Luís Island. Based on a sample of 800 female specimens captured from March to August 2005, the natural infection rate was 1.25 percent in an area of old settlement and 0.25 percent in two recently settled areas. Infection of L. longipalpis was detected in both areas, regardless of the number of reported human VL cases, indicating that other factors modulating infection in the wild need to be investigated. The results confirm PCR as a specific technique and an important tool for epidemiological surveillance.
O objetivo deste estudo foi investigar a infecção natural por Leishmania chagasi em flebotomíneos capturados em focos de leishmanioses visceral (LV) na ilha de São Luís, Maranhão, Brasil. Análise molecular por reação em cadeia da polimerase (PCR) foi aplicada para determinar a taxa de infecção natural de Lutzomyia longipalpis por L. chagasi em áreas de ocupação humana antiga e recente, na ilha de São Luís. Valendo-se de uma amostra de 800 fêmeas coletadas no período de março a agosto de 2005, foi possível determinar taxas de infecção natural equivalentes a 1,25 por cento em uma localidade de colonização antiga e 0,25 por cento em duas localidades de colonização recente. A infecção foi detectada nas duas localidades independentemente do número de casos humanos de LV notificados, o que demonstra que outros elementos que modulam a infecção no meio natural precisam ser investigados. Os resultados obtidos confirmam a PCR como técnica específica e importante ferramenta para as ações em vigilância epidemiológica.
Assuntos
Animais , Feminino , Masculino , Insetos Vetores , Leishmaniose Visceral/transmissão , Psychodidae , Brasil , Insetos Vetores , Reação em Cadeia da Polimerase , Densidade Demográfica , Psychodidae , População Rural , População UrbanaRESUMO
O objetivo deste estudo foi investigar a infecção natural por Leishmania chagasi em flebotomíneos capturados em focos de leishmanioses visceral (LV) na ilha de São Luís, Maranhão, Brasil. Análise molecular por reação em cadeia da polimerase (PCR) foi aplicada para determinar a taxa de infecção natural de Lutzomyia longipalpis por L. chagasi em áreas de ocupação humana antiga e recente, na ilha de São Luís. Valendo- se de uma amostra de 800 fêmeas coletadas no período de março a agosto de 2005, foi possível determinar taxas de infecção natural equivalentes a 1,25% em uma localidade de colonização antiga e 0,25% em duas localidades de colonização recente. A infecção foi detectada nas duas localidades independentemente do número de casos humanos de LV notificados, o que demonstra que outros elementos que modulam a infecção no meio natural precisam ser investigados. Os resultados obtidos confirmam a PCR como técnica específica e importante ferramenta para as ações em vigilância epidemiológica.
RESUMO
A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença sistêmica grave, causada pelo protozoário Leishmania chagasi. Os mecanismos envolvidos na susceptibilidade e resistência dos cães a esta infecção são controversos. Neste trabalho, os aspectos epidemiológico, imunológico e terapêutico da LVC foram estudados. Inicialmente foi realizado um estudo epidemiológico na Raposa, município de alta endemicidade para LVC, localizado na ilha de São Luís, Maranhão. A triagem dos animais soropositivos para Leishmania foi feita por ELISA e os cães soropositivos foram clinicamente avaliados. Os animais foram classificados em assintomáticos e sintomáticos de acordo com os sinais clínicos, sendo avaliado seu perfil epidemiológico, incluindo sexo, convivência com outros animais, tipo de alimentação e idade. A sorologia para IgG1 e IgG2 anti-Leishmania foi feita por ELISA e foi testada a presença de correlação entre as subclasses e os sinais clínicos. Em seguida, foi investigada a produção de óxido nítrico (NO), interferon-g (IFN-g) e fator de necrose tumoral (TNF-a) no soro e sobrenadante de cultura do linfonodo e baço. Na segunda fase da pesquisa, foram utilizados cães da raça Beagle. Após confirmação da infecção por Leishmania chagasi por PCR, os cães foram divididos em dois grupos (n=10/grupo) e foram tratados durante 90 dias, por via oral, diariamente, com Aluporinol (droga de referência) ou com um composto químico promissor, Haloacetamido (droga teste). A cada 30 dias, foi realiza avaliação clínica e bioquímica sérica. Foram quantificadas também as concentrações séricas de IL-10, IFN-g e Superóxido dismutase (SOD). A carga parasitária foi monitorada nos linfonodos por PCR em tempo real e na pele por imunohistoquimica. O acompanhamento dos animais foi continuado até 90 dias após o final do tratamento. Os resultados obtidos demonstraram que a soroprevalência foi de 29,6%. Do total de cães infectados, a maioria eram machos, jovens, conviviam com outros animais e se alimentavam de comida caseira. Em relação aos sinais clínicos, 37% eram assintomáticos e 63% eram sintomáticos. Os cães sintomáticos apresentaram aumento de anticorpos IgG anti-Leishmania, de NO e de IFN-g, entretanto, apresentaram uma diminuição na produção de TNF-a. Houve correlação positiva entre os níveis de IgG2 e o número de sinais clínicos. O tratamento com Haloacetamido reduziu significativamente a carga parasitária, tanto nos linfondos quanto na pele, e aumentou a produção de SOD no ultimo mês de tratamento, mas induziu uma piora no quadro clínico, sem alterações séricas hepáticas e renais, quando comparado ao tratamento com Alopurinol. Entretanto, noventa dias após a suspensão dos fármacos, não houve diferenças entre os grupos nos parâmetros avaliados, com exceção das citocinas que forma aumentadas nos animais tratados com Haloacetamido. Dessa forma, demonstramos que: o NO, associado ao aumento de IFNg, pode induzir diminuição nas concentrações de TNF-a e concomitante imunossupressão nos cães;, que a produção aumentada de IgG2 parece estar relacionada ao quadro mais grave da infecção; e que embora sejam necessários estudos complementares para comprovar a sua eficácia a longo prazo, o tratamento com o Haloacetamido, pode reduzir a carga parasitária de animais infectados, aumentando a produção de SOD e regulando a secreção de citocinas.