A prática odontológica no setor público passou a ter maior ênfase após a sua inserção na estratégia de saúde da família (ESF), quando a saúde bucal passou a fazer parte das atividades intra-domiciliares e a se utilizar desta estratégia para definir quem deve receber atenção (utilizando o critério de risco) bem como organizar o fluxo de acesso à unidade de saúde. De acordo com o projeto Brasil Sorridente, a atenção à saúde bucal deve estar voltada para as “linhas de cuidado” da criança, adolescente, adulto e idoso com a criação de fluxos que permitam a resolutividade das ações. Nesta perspectiva, a visita domiciliar tem como objetivo o desenvolvimento de um conjunto de ações em saúde voltadas para o atendimento, tanto educativo como curativo, devendo-se avaliar o território de atuação a fim de priorizar, localmente, os usuários de risco. Deve-se priorizar, também, o acesso a usuários com dificuldades psicológicas e/ou motoras. Além disso, é importante lembrar que a periodicidade das ações deve estar relacionada com os agravos odontológicos da população atendida.
RESUMO
Não foram encontradas evidências que sustentem ou refutem o uso de exame visual como método de rastreamento para pessoas com câncer de boca na população geral. Apenas um ensaio clínico controlado randomizado foi incluído na revisão e os métodos do estudo incluído apresentam problemas.
Não houve trabalhos com qualidade metodológica para afirmar que uma política nacional para o exame de câncer de boca deva ser desenvolvida com vistas a diminuir a taxa de incidência de câncer de boca que no Brasil é de 7,4 para 100.000 entre homens. A redução de mortalidade encontrada não pode receber a confiança dos profissionais de saúde em função das limitações do delineamento não cegado para a lista de alocação da randomização. Diante deste contexto, é necessário ter em conta as desvantagens de instituir um programa de rastreamento de câncer de boca em Atenção Primária pelos riscos gerais de danos ao realizarem-se exames e procedimentos em populações basicamente sadias.
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Neoplasias Bucais/mortalidade , Neoplasias Bucais/prevenção & controle , Odontologia PreventivaRESUMO
Os programas educativos em saúde bucal que aplicam metodologia participativa têm fundamental importância na mudança de hábitos de higiene bucal em crianças e adolescentes, independentemente de sua inserção social. Os programas ancorados apenas em palestras e instruções teóricas têm impacto limitado.1 É preciso explorar recursos de dramatizações, desenhos e pinturas, faz de conta, meios audiovisuais, atividades ludo-pedagógicas. Em geral, os assuntos que devem ser mais abordados no processo educativo em saúde bucal são: importância da saúde bucal; relação saúde bucal e saúde em geral; placa bacteriana – o que é, como se forma e conseqüências, e como remover; hábitos de higiene – escovação, uso do fio dental; hábitos alimentares – relação dieta/cárie; flúor, hábitos indesejáveis e freqüência ao dentista. Entretanto, há assuntos específicos que devem ser abordados dependendo da faixa etária.
Assuntos
Saúde Pública , Saúde Bucal/educação , Educação em Saúde Bucal/22074 , Criança , Pré-Escolar , AdolescenteRESUMO
Para realizar assepsia intra oral é recomendada a clorexidina 0,12% ou no máximo 0,2%. Valores acima desta recomendação representam risco de toxicidade. Clorexidina a 2% é recomendada para o uso extrabucal (por exemplo, para a higienização dos lábios e pele em procedimento cirúrgico)(1).
O hidróxido de cálcio tem ação antimicrobiana com um tempo de ação menor. Enquanto a clorexidina é o padrão ouro para procedimentos odontológicos. O uso do hidróxido de cálcio ou clorexidina é uma temática bastante discutida na literatura. Estudos demonstram a ação complementar do uso associado, porém a clorexidina tem um tempo de ação substancial e reconhecida.
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Saúde Bucal , Educação em Saúde Bucal , Antissépticos BucaisRESUMO
Os grupos em saúde bucal preconizam a promoção de práticas saudáveis e do autocuidado, intra e extra-clínica, em todas as idades, visando o repasse de informações e/ou orientações sobre cuidados com a saúde bucal, estas ações podem ser realizadas dentro ou fora da Unidade de Saúde.
As estratégias para abordagem do grupo dependem da faixa etária com que estamos trabalhando. Para crianças, pode-se realizar atividades educativas interativas, teatros de fantoches ou palestras com álbum seriado, com linguagem apropriada a cada faixa etária, complementando as atividades com desenhos ou outras atividades lúdicas.
Enfocar temas como dieta, higiene bucal, técnica de escovação e escovação supervisionada, distribuição de folders com orientações em saúde bucal. Este repasse de informações visa o autocuidado e a manutenção da saúde para melhorar a qualidade de vida e deve ser realizada tanto com as crianças quanto para os pais.
Enfatizar para as crianças e pais o uso correto do creme dental na escova (quantidade igual a 1 grão de ervilha) e somente utilizá-lo quando a criança souber cuspir. Realizar a escovação supervisionada, treinando os pais para mantê-la diariamente após as refeições.
A periodicidade do grupo, o número de participantes, o horário e os assuntos devem ser determinados conjuntamente com os integrantes do grupo. Em caso de identificação de necessidades curativas, é indicado o atendimento individual na unidade de saúde.
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Educação em Saúde Bucal , CriançaRESUMO
Tendo uma forte suspeita de câncer, convém relatar ao paciente as impressões clínicas, ressaltando, no entanto, o caráter de suspeição diagnóstica. Esta abordagem precisa ser feita de forma clara e evitando termos técnicos que possam provocar problemas de interpretação. Assim, o profissional de saúde precisa saber comunicar-se com o leigo e tomar a precaução de se fazer entender1.
Sempre ao final de uma consulta com um paciente para comunicar-lhe uma notícia desagradável, deve-se verificar a compreensão, observar os sentimentos e a situação emocional do paciente e colocar-se, assim como o serviço, à disposição2, assegurando-lhe o atributo do acesso. Se houver necessidade de referenciá-lo para tratamento em serviços de atenção secundária ou terciária, assegurar-lhe um acompanhamento, coordenando e/ou integrando os cuidados recebidos – atributo de coordenação do cuidado.
A comunicação do diagnóstico ao paciente é dever do profissional de saúde e está prevista em seu código de ética profissional. A melhor maneira de se abordar um tema importante e estigmatizante como o câncer, é a verdade científica sobre a patologia em um linguajar compreensível ao público alvo.
A não comunicação só é permitida em casos de pacientes pediátricos, ou quando suas condições físicas ou psicológicas não permitam uma correta compreensão de sua doença, devendo nesse caso ser o diagnóstico comunicado à família. É, portanto, uma conduta de exceção e exige do profissional discernimento e envolvimento suficientes para saber reconhecer para quais pacientes a verdade pode ser omitida3.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o câncer ainda é uma doença estigmatizante. Tanto para os profissionais da saúde quanto para o doente e sua família, o diagnóstico de câncer continua sendo uma sentença de morte4. A abordagem familiar deve ser voltada para a troca de informações, que tem em seu escopo as necessidades do paciente naquele momento. É necessário avaliar o quanto o paciente já sabe sobre seu quadro e o que ele deseja saber sobre seu diagnóstico e prognóstico. Há quem deseje apenas saber se a situação é grave, outros querem saber detalhes da evolução, e outros ainda, se a doença pode ser fatal e quanto tempo de vida lhe resta2.
Fundamental neste tipo de situação é uma boa relação profissional-paciente, procurando não apenas informar uma condição, um diagnóstico, mas sobretudo, se dispondo a escutar e a compartilhar os anseios e as dúvidas do paciente, para que o mesmo perceba que o profissional de saúde está à sua disposição e com total atenção naquele momento4. A falta de comunicação com o paciente seguramente favorecerá uma situação de maior ansiedade.
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Neoplasias Bucais/diagnóstico , Relações Médico-PacienteRESUMO
A saúde bucal dos pacientes com necessidades especiais, inclusive no Brasil, é ainda muito precária.
Vários são os motivos para isso: o tratamento odontológico, visto como uma intervenção curativa/restauradora, é bastante oneroso, e, principalmente, devido à falta de educação, motivação e interesse da família em relação á saúde bucal dessas crianças.
Assim, o papel do auxiliar em saúde bucal consiste em desenvolver ações de saúde que visem à prática da odontologia preventiva para portadores de necessidades especiais, através de um programa de ensino de cuidados com a higiene oral, motivação e esclarecimento quanto ao processo de cárie dentária direcionado a pacientes e cuidadores.
Cabe relembrar que as ações educativas visam proporcionar aos grupos humanos o mais elevado grau de saúde, permitindo uma melhor qualidade de vida, sendo o processo educativo necessário na odontologia visando mudanças de comportamento essenciais para manutenção, aquisição e promoção de autocuidados.
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Serviços de Saúde Bucal/normas , Crianças com DeficiênciaRESUMO
O Índice de Necessidade de Tratamento Odontológico (INTO) é um instrumento de Vigilância Epidemiológica utilizado com a finalidade de planejamento das ações de saúde bucal, subsidiando o agendamento para o atendimento individual e orientando a frequência da participação nos procedimentos coletivos, permitindo a organização do acesso aos serviços odontológicos com equidade1,2,3. É uma alternativa mais fácil e rápida ao Índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPOD), recomendado pela OMS para medir e comparar a experiência de cárie dentária em populações, pois a metodologia do CPOD dispende maior período de tempo para a calibração e coleta de dados4. Assim, metodologias mais simplificadas, como o INTO, que reduzam o tempo do exame e gerem racionalização de recursos são extremamente válidas, visto que os dados epidemiológicos são fundamentais para o planejamento e organização das ações em saúde bucal. Uma situação em que o INTO pode ser realizado é no Programa Saúde na Escola (PSE), já que a avaliação e promoção de saúde bucal é uma ação essencial do programa que tem como objetivo promover e avaliar o estado de saúde bucal e identificar os educandos com necessidade de cuidado em odontológico5,6. O INTO consiste em uma codificação na qual se classifica o indivíduo pelo número de necessidades odontológicas presentes.
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Inquéritos de Saúde Bucal , Assistência Odontológica Integral , Índice CPORESUMO
Em relação às ações de saúde bucal, o agente de comunitário de saúde deve ser capacitado pelo cirurgião dentista para abordar aspectos da dieta, o momento e o método de higienização bucal do bebê, a introdução da escovação e uso de fluoretos. Deve-se esclarecer a importância do aleitamento materno, da construção da saúde bucal do bebê, a importância da dentição decídua, bem como a formação de lesões de cárie, os prejuízos associados à presença de hábitos inadequados (bico, mamadeira) e presença de sacarose em medicamentos e alimentos.
É de suma importância abordar as questões de saúde bucal da mãe, enfatizando a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento de alterações bucais apresentadas pela mesma. Também é importante, a abordagem e esclarecimentos dos possíveis mitos e crenças que essas gestantes possuam em relação a sua saúde bucal e como os hábitos de higiene e dieta da mãe podem influenciar o padrão de higiene e dieta do bebê. Estas abordagens podem ocorrer em visitas domiciliares, em centros comunitários e em abordagens de rua.
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Promoção da SaúdeRESUMO
É necessário fazer uma abordagem de forma clara e evitando termos técnicos que possam provocar problemas de interpretação. Assim, o profissional de saúde precisa saber se comunicar com o leigo e tomar a precaução de se fazer entender (1,2).
Sempre ao final de uma consulta com um paciente para comunicar-lhe uma notícia desagradável, deve-se verificar a compreensão, observar os sentimentos e a situação emocional do paciente e colocar-se, assim como o serviço, à disposição (1,3), assegurando-lhe o atributo do acesso. Se houver necessidade de referenciá-lo para tratamento em serviços de atenção secundária ou terciária, assegurar-lhe um acompanhamento, coordenando e/ou integrando os cuidados recebidos (1).
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Idoso , Diagnóstico Bucal/ética , Revelação da VerdadeRESUMO
De acordo com a proposta do Ministério da Saúde para as ações do Auxiliar de Consultório Dentário (ASB) destacam-se as seguintes competências:
a) Desenvolver em equipe ações de promoção de saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários, visando à melhoria da qualidade de vida da população; b) desenvolver em equipe ações de planejamento participativo e avaliação dos serviços de saúde; c) organizar o ambiente de trabalho, considerando a sua natureza e as finalidades das ações desenvolvidas em saúde bucal; d) desenvolver ações de prevenção e controle das doenças de saúde bucal, voltadas para indivíduos, famílias e coletividade; e) realizar ações de apoio ao atendimento clínico em saúde bucal, interagindo com a equipe, usuários e seus familiares.
Dentre as habilidades inerentes ao cargo destacam-se, entre outros, a organização de grupos de discussão em saúde; identificação de situações de risco; participação no Conselho Local de Saúde; atuação na capacitação de lideranças comunitárias para desenvolver ações em saúde; elaboração de materiais educativos envolvendo a participação dos indivíduos, famílias e comunidade; organização e execução de atividades de higiene bucal supervisionada.
É importante ressaltar que o exercício dessas ocupações está sob supervisão do Cirurgião-Dentista e se sustenta no Código de Ética Odontológica (CFO, 2003) e na Resolução CFO n.º 185/93, alterada pela Resolução CFO n.º 209/97.
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Consultórios Odontológicos , Auxiliares de OdontologiaRESUMO
Entre a variedade de temas que podem ser abordados em cada trimestre gestacional, pode-se citar algumas sugestões a partir das dúvidas e conhecimento das gestantes:(1,2,3)
•1º trimestre – temas relacionados saúde bucal e saúde geral; orientações sobre a ocorrência de alterações fisiológicas de interesse odontológico, comuns do período gestacional; orientações sobre hábitos alimentares saudáveis a fim de prevenir a cárie dentária (dieta equilibrada afim de evitar alimentos cariogênicos); orientações sobre higiene bucal, como escovação dentária e uso de fio dental (técnicas e frequência); desmistificação de crenças e tabus; etc.
•2º trimestre – é importante induzir as gestantes a recordarem os temas abordados anteriormente, estimulando perguntas, e a troca de experiências; cuidados quando houver enjoos e vômitos; processo saúde-doença da cárie dentária, gengivites e doença periodontal; aleitamento materno e os benefícios para a saúde geral e bucal do bebê; consumos de medicamentos, fumo e drogas e seus efeitos no desenvolvimento dos dentes e para desenvolvimento fetal; etc.
•3º trimestre – é importante induzir as gestantes a recordarem os temas abordados nos encontros anteriores; reforçar o autocuidado para com a saúde bucal da gestante e os cuidados para com o bebê, enfatizando os benefícios do aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida; a importância de não oferecer chupetas ou mamadeiras; orientar as gestantes a procurarem a unidade para a consulta de puerpério e para o grupo de bebês; etc.
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Serviços de Saúde Bucal , Cuidado Pré-NatalRESUMO
A hiperplasia fibrosa inflamatória consiste em uma lesão fibrosa inflamatória de desenvolvimento. É frequente na mucosa bucal em pacientes que fazem o uso de próteses mal adaptadas ou inadequadas1. Devido à força de oclusão, pressões constantes em áreas mal adaptadas da prótese são realizadas e causam traumas sobre a mucosa bucal2, induzindo o desenvolvimento da hiperplasia.
A estomatite protética é caracterizada por um processo inflamatório com presença de eritema difuso envolvendo áreas do palato duro. Geralmente é assintomática, porém, pode apresentar sintomas como queimação, sintomatologia dolorosa e sabor desagradável3. Está relacionada frequentemente ao uso de próteses mal adaptadas, que acentuam a ação patogênica dos micro-organismos1, ao uso contínuo das próteses, a pacientes com hipossalivação e a pacientes com infecções por Candida3.
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Saúde Bucal , Educação em Saúde Bucal , Estomatite , Candidíase , Hiperplasia GengivalRESUMO
O processo de certificação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) deve ser entendido como um momento de reconhecimento do esforço das equipes e do gestor municipal para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica(1).
Considerando que o conceito de qualidade varia de acordo com o contexto, é esperado que o PMAQ esteja em constante aperfeiçoamento, de modo a contemplar, progressivamente, a diversidade dos cenários em que será implantado e as novas demandas e desafios da Política de Atenção Básica, no contexto de implantação do SUS (Ministério da Saúde).
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Avaliação em Saúde , Saúde BucalRESUMO
Os principais motivos para realização do tratamento periodontal no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) ou outro serviço de média complexidade em saúde bucal são a periodontite em grau avançado, cirurgia periodontal para dentística restauradora, aumento de volume gengival e lesões de furca¹. Os principais procedimentos periodontais especializados, realizados em serviços de atenção secundária são: raspagem e alisamento radicular subgengival (RAPSUB) de maior complexidade; cirurgia de acesso; cirurgia de acesso com plastia de furca; gengivectomia; aumento de coroa clínica; ressecção radicular e tunelização¹.
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Saúde Bucal , Periodontia , Atenção Secundária à SaúdeRESUMO
Não foram encontrados ensaios clínicos randomizados indicando o momento para o encaminhamento de pacientes idosos, fumantes e portadores de lesões brancas na mucosa bucal ao estomatologista. O câncer oral corresponde a cerca de 3% a 4% das lesões de câncer e 2% a 3% das mortes relacionadas a esta patologia.
A fase pré-clínica é detectada através da presença de lesões brancas (leucoplasias) ou vermelhas (eritroplasias), e o tratamento durante as fases iniciais pode proporcionar taxas de sobrevivência ao redor de 80%. Intervenções preventivas relacionadas ao câncer oral incluem o aconselhamento dos pacientes a fim de remover os fatores de risco (ex: uso de tabaco e consumo de álcool) e o exame visual com o intuito de detectar lesões pré-malignas e lesões de câncer em estágios iniciais, os quais devem ser realizados pela equipe de profissionais da estratégia de saúde da família.
A utilização de exames visuais a fim de monitorar lesões de câncer e pré-malignas têm sido descrita como um método fácil e não-invasivo a fim de reduzir a morbidade e mortalidade associada ao câncer oral, todavia toda a lesão suspeita deve ser submetida à biópsia e ao exame histopatológico, principalmente em pacientes de alto-risco. Cabe ressaltar que a biópsia é reconhecida como o método definitivo para o diagnóstico de lesões orais.
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Leucoplasia OralRESUMO
A motivação e a educação em saúde são de extrema importância na promoção da saúde bucal da população e devem ser trabalhadas o mais cedo possível junto aos indivíduos. Desta maneira, a idade escolar é um período adequado para o trabalho de motivação, porque a criança já desenvolveu habilidades manuais e uma noção das relações de causa e efeito dos fatores que levam a ocorrência de doenças, o que contribui para entender a importância da prevenção (1). Algumas dinâmicas que podem ser trabalhadas com crianças
- DINÂMICA “TESTE DA LÍNGUA” (2)
a) Objetivo: desenvolver autonomia para identificação da placa bacteriana e adoção dos métodos adequados de deplacagem, compreendendo os objetivos da remoção da placa.
b) Materiais necessários: Escovas de dente em quantidade suficiente para todas as crianças participantes (pode-se pedir para que elas compareçam à atividade levando a sua própria escova); Espelhos (de bolsa, de preferência com cabo) em quantidade correspondente a, pelo menos, metade dos participantes.
c) Procedimento: Faz-se um círculo e as crianças são convidadas a sentar. O coordenador deverá explicar que este é um encontro para fazer experiências que vão demonstrar os fatores e mecanismos que estão envolvidos na determinação da cárie, nos ajudando a entender o que podemos fazer para cuidar da nossa saúde bucal e evitar essa doença.
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Educação em Saúde BucalRESUMO
Não foram encontradas revisões sistemáticas indicando com a melhor forma de orientar escolares de 5 a 10 anos de idade quanto à higiene oral (escovação e uso de fio dental).
Todavia, estudo realizado por Schlueter e colaboradores (2009) comparou dois diferentes métodos de orientação de escovação conforme técnica de Bass: no primeiro grupo, a orientação foi transmitida utilizando explicações verbais utilizando um folheto; no segundo grupo, a orientação foi transmitida utilizando explicações verbais e demonstração em um modelo, sem utilizar folheto.
Os dados demonstraram que o grupo, onde foi realizada a demonstração em modelos, apresentou melhores resultados. Assim, pode-se sugerir que a demonstração prática dos métodos de higiene oral (escovação e uso de fio dental) é melhor do que apenas a explicação verbal com utilização de folhetos, cartazes.
Além disso, cabe ressaltar que a motivação e esclarecimentos quanto à saúde bucal – técnicas e importância – são de suma importância para o desenvolvimento de estratégias de promoção de saúde bucal em escolares, envolvendo pais e professores.
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Higiene Bucal , Saúde do EstudanteRESUMO
A educação em saúde bucal deve fornecer instrumentos para fortalecer a autonomia dos usuários na condução de seus hábitos. Sua finalidade é difundir elementos, respeitando a cultura local, que possam contribuir com o empoderamento dos sujeitos coletivos, tornando-os capazes de autogerirem seus processos de saúde-doença, sua vida, com vistas à melhoria da sua qualidade de vida. (1)
Em geral, o conteúdo para as ações educativas coletivas deve abordar: as principais doenças bucais, como se manifestam e como preveni-las; a importância do autocuidado, da higiene bucal, da escovação com dentifrício fluoretado e o uso do fio dental; as orientações gerais sobre alimentação saudável; a orientação para auto-exame da boca; a prevenção à exposição ao sol sem proteção e a prevenção ao uso de álcool e fumo. (1)
O único material encontrado na literatura que fornecia sugestões de temas de saúde bucal para grupo de hipertensos foi o Protocolo de Saúde Bucal do Estado de São Paulo, sendo que recomendava abordar, além da higiene bucal, questões referentes a alimentação saudável e às alterações bucais que podem ocorrer decorrentes das medicações usadas pelos pacientes. (2)
Em relação a orientações para uma alimentação saudável, deve-se educar não apenas para o controle na ingestão de açúcares. Também devem ser fornecidas orientações sobre redução do peso, caso haja obesidade, restrição de álcool, cafeína e sódio nas refeições. Além disso, incentivar a interrupção do tabagismo, a realização de exercícios físicos e técnicas de relaxamento quando o estresse estiver associado.
O tema sobre tabagismo pode ser abordado como um fator de risco comum para doenças cardiovasculares e doenças bucais, como câncer e doença periodontal. (3) O tabagismo é um fator de risco que pode favorecer o aparecimento da hipertensão e/ou contribuir para o aumento dos riscos de complicações ateroscleróticas, agravando o prognóstico e dificultando o tratamento. (4)
A hipertensão arterial constitui-se em um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e estudos têm sugerido uma associação entre doenças cardiovasculares e doença periodontal, sendo que a Academia Americana de Periodontia (5) afirma que o tratamento periodontal pode prevenir o começo e progressão de arterosclerose (doença vascular progressiva).
Dessa forma orientações sobre a etiologia, patogenia, prevenção e tratamento da doença periodontal em grupos de hipertensos deve ser considerada.
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Saúde Bucal , Educação em Saúde Bucal , HipertensãoRESUMO
Todos os procedimentos odontológicos devem ser realizados de forma adequada para promover a saúde bucal dos pacientes portadores de necessidades especiais (PNE), guiado pelo conceito de igualdade para todos e , realizando uma anamnese detalhada. No caso destes pacientes PNE a primeira ação é realizar é o realizar o termo de consentimento autorizando o tratamento pelos pais ou responsáveis (1).Os pacientes não colaboradores ou com comprometimento severo, devem ser encaminhados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que efetuará o atendimento e avaliará a necessidade ou não de atendimento hospitalar sob anestesia geral (2).