RESUMEN
O autor estuda o brincar primitivo do bebê, o qual propõe denominar de protobrincar, e sua relação com o processo de constituição do Eu. Esse brincar vai assentar as bases futuras do brincar simbólico da criança mais velha. Traz duas situações do cotidiano, propondo um diálogo entre autores, que vão desde Winnicott até contemporâneos como Rodulfo, Guerra, Roussillon, Golse, entre outros. Por meio da função lúdica, o autor tece considerações sobre o processo de subjetivação inicial que ocorre pelo encontro intersubjetivo com o outro
The author studies the babys primitive play, which he proposes to call proto-play, and its relation with the process of constitution of the Self. This play lays the future foundations for the symbolic play of the older child. Two quotidian situations are observed, proposing a dialogue between authors ranging from Winnicott to contemporaries such as Rodulfo, Guerra, Roussillon, Golse, among others. Through the function of play, the author offers some considerations on the process of initial subjectivation that occurs through the intersubjective encounter with the other
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Diante da constatação de um número crescente de jovens com
dificuldades para elaborar adequadamente as demandas adolescentes
e do fato de que a adolescência é uma etapa do desenvolvimento que
tem se estendido e prolongado a um período em que já se esperaria
um funcionamento adulto, os autores comentam acerca das
expressões da cultura e suas possíveis implicações e interferências
nos fenômenos adolescentes da atualidade. Percebem a ocorrência de
uma crise de autoridade na cultura atual, com o esmaecimento das
hierarquias e o enfraquecimento dos pais, que parecem não ter
resolvido sua própria conflitiva narcísica e sentem,
consequentemente, dificuldade de assumir sua responsabilidade
parental, gerando falhas no reordenamento identificatório
característico da etapa da adolescência. Os autores apontam a
necessidade de se refletir sobre estas questões e suas consequências,
bem como sobre o papel da intervenção e reflexão psicanalíticas
sobre este fenômeno (AU)
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Os autores se propõem a compreender a metapsicologia da
vergonha, tendo encontrada como conflito básico a tensão existente
entre aquilo que o sujeito desejava ou pensava ser e aquilo que lhe
é revelado como real, ou seja, o conflito entre o ideal de ego e o ego.
Este conflito conduz o texto à outra questão: a diferenciação entre
culpa e vergonha, tão próximas na clínica e muitas vezes
confundidas. Dois vértices são apontados: a vergonha enquanto
afeto estruturante, como dique contra a sexualidade infantil, como
formação reativa à curiosidade infantil, a principal tese defendida por
Freud (1905, 1908), e a idéia da vergonha como sentimento
associado a uma falha narcísica, ou seja, a vergonha associada a
uma revelação do ser quando medida pelo ideal do ego. A culpa
estaria associada ao superego e aos atos proibidos executados e/ou
fantasiados pelo sujeito. Sendo tênue a fronteira entre estes
sentimentos, examina-se o quanto é comum negligenciar-se a
vergonha que possa estar escondida atrás da culpa, e daí a
importância de o analista manter sua escuta sensível a este afeto
primitivo e tão doloroso (AU)