RESUMEN
Este artigo reflete sobre como a escuta psicanalítica, para além dos consultórios, nos desafia a questionar e a reconsiderar os percursos conhecidos de nossa prática clínica. Recuperamos a importância que essas práticas ocuparam no pensamento freudiano inicial, que considerava crucial para a sobrevivência da psicanálise sua inserção orgânica no campo social. Isso se perdeu com o advento do nazifascismo e, desde então, ocupou lugar periférico em nossas clínicas. Apresentamos também como o trabalho desenvolvido pelo Setor de Parcerias e Convênios da Diretoria de Atendimento à Comunidade (sbpsp/dac) tem levado a psicanálise a novos territórios e a experiências diversas, consolidando práticas e construindo conhecimento sobre a extensão da clínica. Através de uma intervenção no campo institucional, observamos o método psicanalítico em operação, o que nos faz refletir sobre o processo do trabalho como um todo, com suas diversas possibilidades de ação e interpretação. O referencial teórico centrou-se nas ideias de Freud, Danto, Kaës e Herrmann
This article reflects on how psychoanalytic listening, beyond the consulting rooms, challenges us to question and reconsider the known paths of our clinical practice. We recover the importance that these practices occupied in early Freudian thought, he considered crucial for the survival of psychoanalysis its organic insertion in the social field. This was lost with the advent of Nazifascism and has since occupied a peripheral place in our clinics. We also present how the work developed by the Partnerships and Agreements Sector of the Community Service Directorate (sbpsp/dac) has taken psychoanalysis to new territories and diverse experiences, consolidating practices and building knowledge about the extension of the clinic. Through an intervention in the institutional field, we observe the psychoanalytic method in operation, which makes us reflect on the work process as a whole, with its various possibilities for action and interpretation. The theoretical framework focused on the ideas of Freud, Danto, Kaës, and Herrmann
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Este artigo aborda questões que incluem fenômenos inconscientes presentes
na cultura e atravessam os sujeitos vítimas da humilhação e desamparo social.
Reflete sobre a contribuição que o psicanalista pode oferecer para estabelecer
novas formas de compreensão dos fenômenos que nos cercam, ampliando a relação
da psicanálise com as questões do mundo, seus limites e sobretudo sua potência.
Pretende explorar esse tema, apoiado em uma situação ligada ao processo de
reurbanização e realocação de populações que vivem em favelas na vizinhança do
Ceagesp. Discute a lógica da exclusão e preconceito vigente, trabalhando com a
ideia de invisibilidade, o terror da dessubjetivação e a angústia diante do estranho.
O referencial teórico centrou-se nas ideias de Arendt, Gonçalves Filho e Debieux
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Este artigo tem como objetivo relatar a história do grupo de atendimento
psicológico Oficina dos Sentimentos, que atende crianças e adolescentes
semanalmente no Ateliê Acaia, núcleo do instituto que leva o mesmo nome. A
entidade atua, entre outras frentes, junto à comunidade que vive nos arredores do
ceagesp, na Zona Oeste da cidade de São Paulo. O ateliê auxilia crianças, jovens,
seus familiares e a comunidade na organização individual e coletiva, visando ao
estabelecimento de relações mais saudáveis. Neste trabalho, acompanhamos a
progressiva construção de um espaço terapêutico em grupo. Partimos da hipótese
de que o enquadre cria condições para que a simbolização ocorra. Pretendemos
descrever e discutir o processo de estabelecimento, transformação e ampliação
de enquadres que permitam criar matrizes de simbolização visando a estabelecer
um repertório básico de relação com o campo cultural e a vida em sociedade.
O referencial teórico centrou-se, basicamente, nas contribuições de Winnicott,
Herrmann e Roussillon
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Duas personagens de um filme de Érick Zonca, 1998, La vie rêvée des anges foram objeto de escuta clínica. Assumindo integralmente a dimensão artística e literária da escuta analítica e da interpretação, os autores participam da obra de arte em exame: entram nos campos subjetivos aí operantes; reconstituem os estilos e padrões subjacentes de pensar, sentir, desejar e sofrer das duas personagens (suas metapsicologias); e oferecem sua capacidade de simbolização e verbalização às experiências de mundo de cada uma. O resultado é uma apresentação dramática do "material". A relação entre o plano fenomenológico e o metapsicológico das análises fica assim muito mais evidente do que seria possível em uma apresentação clínica convencional
Asunto(s)
Psicoanálisis , LiteraturaRESUMEN
O presente trabalho aborda a questão do masculino acompanhando a análise de um jovem paciente
que não podia desejar. Vivia ameaçado em um mundo onde a lei era falha, a castração não se
estruturou de modo confiável e o recalcado insistia em retornar sob a forma de idéias obsessivas e
sintomas vividos no corpo. Estar solto era sentido como algo insuportável. Seu corpo era fonte de
descontrole e não podia ser surpreendido por nada que lhe despertasse algum afeto.
É através da escrita dos roteiros de seus filmes, que ele encontra a possibilidade de transformação para
experiências que eram pura expressão de dor e sofrimento. A angústia encontra uma via para
articular-se em pensamento, construindo e ampliando a trama simbólica. Pôde, a partir daí, apoderarse
de uma parte fundamental de sua vida psíquica, ocupando uma nova posição subjetiva. O
referencial teórico centrou-se nas contribuições de Freud e Lacan (AU)
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Através de intervenções realizadas por psicanalistas, com professores da rede pública de ensino na cidade de São Paulo, este trabalho discute as dificuldades enfrentadas na relaçãoprofessor-aluno, levando-se em conta o papel complexo destinado à escola na atualidade.A tarefa de ensinar carrega uma série de questões emblemáticas, pois a função de aprender parece esvaziada de significado simbólico. O professor enfrenta uma crise de identidade, deconfiança, de autoridade que coloca em cheque a potência daquilo que oferece. Encontra-se sobrecarregado, exercendo múltiplas funções que deveriam ser ocupadas por outros setores da sociedade. Aliado a estas circunstâncias é necessário se deslocar de um lugar que o aprisiona. Abrir um diálogo onde professor e aluno entrem com suas potencialidades, pois a relação de verticalidade onde um tem o conhecimento e o outro o recebe, não mais funciona. Poder definir limites de atuação, conhecer como se constrói a subjetividade humana e lidar com o desafio de enfrentar as difíceis questões que envolvem a adolescência, buscando no aluno recursos próprios que despertem a necessidade de conhecer e aprender. A atuação do psicanalista junto ao professor também deve estabeleceressa comutação. Trabalhando com o saber do professor, oferecer uma escuta que amplia e legitima as inúmeras queixas relatadas por eles oferecendo um sentido latente para o que seobserva no manifesto. O referencial teórico se baseia nas idéias de Winnicott e Herrmann(AU)
Asunto(s)
Psicoanálisis/educaciónRESUMEN
Através de intervenções realizadas por psicanalistas, com professores da rede pública de
ensino na cidade de São Paulo, este trabalho discute as dificuldades enfrentadas na relação
professor-aluno, levando-se em conta o papel complexo destinado à escola na atualidade.
A tarefa de ensinar carrega uma série de questões emblemáticas, pois a função de aprender
parece esvaziada de significado simbólico. O professor enfrenta uma crise de identidade, de
confiança, de autoridade que coloca em cheque a potência daquilo que oferece. Encontra-se
sobrecarregado, exercendo múltiplas funções que deveriam ser ocupadas por outros setores
da sociedade. Aliado a estas circunstâncias é necessário se deslocar de um lugar que o
aprisiona. Abrir um diálogo onde professor e aluno entrem com suas potencialidades, pois a
relação de verticalidade onde um tem o conhecimento e o outro o recebe, não mais
funciona. Poder definir limites de atuação, conhecer como se constrói a subjetividade
humana e lidar com o desafio de enfrentar as difíceis questões que envolvem a
adolescência, buscando no aluno recursos próprios que despertem a necessidade de
conhecer e aprender. A atuação do psicanalista junto ao professor também deve estabelecer
essa comutação. Trabalhando com o saber do professor, oferecer uma escuta que amplia e
legitima as inúmeras queixas relatadas por eles oferecendo um sentido latente para o que se
observa no manifesto. O referencial teórico se baseia nas idéias de Winnicott e Herrmann (AU)