RESUMEN
Para pensar os estados tristes referidos pelos casais grávidos, o conceito de Metapsicologia da Maternidade será articulado com a ideia de algofobia, de Byung-Chul Han, uma angústia generalizada diante da dor, da impossibilidade de se viver a dor e integrá-la e assim permitir transformações. Veremos que o afã de sustentarmos o permanente estado de conforto e ausência de conflitos nos leva à sociedade da sobrevivência e não a uma vida que valha a pena ser vivida, com sua intensidade, profundidade e complexidade, com alegrias e tristezas. É possível também estarmos tristes se estamos grávidos, e assim tomar parte de uma vida cheia de acontecimentos. Mas é necessário atravessar essas fases em boas companhias, vale lembrar
To think about the sad states mentioned by pregnant couples, the concept of Metapsychology of Maternity will be articulated with the idea of algophobia, by Byung-Chul Han, a generalized anguish in the face of pain, the impossibility of experiencing pain and integrating it and thus allow transformations. We will see that the desire to maintain a permanent state of comfort and absence of conflicts leads us to a society of survival and not to a life worth living, with its intensity, depth and complexity, with joys and sadness. It is also possible to be sad if we are pregnant, and thus take part in a life full of events. But it is necessary to go through these phases in good company, it is worth remembering
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Observa-se que no contexto cultural da atualidade, com a quebra dos valores rígidos, estáticos e
a abertura para as múltiplas possibilidades de subjetivação, de modos de existência, o vir a ser
mãe e pai precisa ser criado, inventado a cada nova experiência. Este artigo se propõe a discutir
essas questões, a partir de um recorte psicanalítico especialmente o conceito de Preocupação
Materna Primária, de Winnicott bem como das contribuições de Gilles Lipovetsky e Joel Birman,
teóricos que estudam o mundo contemporâneo