RESUMEN
A proposta deste trabalho é organizar parte dos estudos sobre o tema representação, dando continuidade ao projeto do Grupo de Estudos de Epistemologia Psicanalítica da SPPA de refletir sobre conceitos fundamentais da psicanálise à luz da mudança das ciências no sentido do paradigma da complexidade e a forma como o pensamento psicanalítico se insere nesta perspectiva. Partindo de uma breve revisão de autores psicanalíticos, passando por contribuições da semiótica e das ciências cognitivas, procura discutir problemas quanto à utilização do conceito na atualidade e propor modelos possíveis para seguir pensando acerca de representação. Assim, são apresentados os dois modos de pensar sobre representação e não representação que surgiram das discussões: num deles, se proporia um espectro representacional, abolindo a noção de não representação no psiquismo; noutro, se manteria um campo do não representado como uma forma de conhecer. Apesar das diferenças, ambos têm em comum o fato de tentarem se desvincular da noção cartesiana de representação, na qual há um mundo externo pronto a ser representado, buscando um modelo em que o mundo que conhecemos é visto como resultado da enação do sujeito que conhece, com sua estrutura particular e em congruência com seu meio. O trabalho de representação é fundamental para a organização do conhecimento, mas o que procuramos ressaltar é a centralidade, na sessão analítica, do conhecimento ainda desconhecido, construído momento a momento entre analista e paciente. Uma noção mais fácil de assimilar na teoria do que na prática clínica, já que nos afasta da segurança do conhecido e organizado, mas que é essencial para a criatividade do trabalho analítico
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Partindo das observações de Freud sobre interpretação no clássico trabalho "Sobre o início do tratamento" de 1913, os autores procuram mostrar como pensam que se desenvolveria a atividade interpretativa em sua clínica atual, baseados particularmente em Bion, Baranger, Ogden e Ferro. Preferem utilizar a ideia de uma função interpretativa, mais ampla e que está continuamente presente em nossas mentes. Utilizam-se da peça de Luigi Pirandello, Seis personagens em busca de autor e de um caso clínico para ilustrar suas ideias
RESUMEN
Os autores propõem uma reflexão sobre a situação de análise, valendo-se do pensamento de Laplanche a respeito da Teoria da sedução generalizada
RESUMEN
O artigo utiliza o mito de Sísifo para ilustrar o trabalho que um grupo de psicanalistas da SPPA realiza desde 2006 em parceria com a SMED (Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre) e, a partir de 2013, com o Projeto Pescar/POA. Apresenta uma contextualização e relato de ambas as experiências através de vinhetas. Salienta que este trabalho, fora dos consultórios, desperta muitas inquietações e sentimentos de impotência. Obriga-nos a sair da posição do saber até a de sentir o desamparo frente à extrema violência. A banalização da violência tenderia a prejudicar nossa escuta? Primo Levi (1988) e Boris Cyrulnik (2009), que sobreviveram aos campos de concentração, nos ensinam a importância da palavra para dar um sentido possível ao sem sentido; destacam a possibilidade de mudar o sentimento íntimo de uma pessoa a partir do relato de suas experiências. Nos grupos de adolescentes, nos encontros com as famílias do Projeto Pescar e nas rodas de conversa com educadores e assessores da SMED, tentamos criar um espaço transicional que favoreça a criação de metáforas possíveis que ampliem a capacidade dos sujeitos de dar conta de seus impasses (Botbol, 2013) (AU)
Asunto(s)
Aflicción , ViolenciaRESUMEN
O texto apresenta um relato de experiências de trabalho que um grupo de psicanalistas da SPPA vem realizando com jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social e fazem parte do Projeto Pescar. Tal Projeto é oferecido em parceria com empresas da iniciativa privada e visa aproporcionar a seus jovens ensino e treinamento profissionalizante. Asautoras relatam algumas de suas experiências nos atendimentos a gruposdesses jovens. Comentam sobre sensações e percepções suscitadas nosgrupos, emoções de grande intensidade e que remetem ao primitivo. Entendem que estas revelações do mundo interno enriquecem a possibilidade de compreender a dor presente nos grupos de jovens. Doresque, por vezes, surgem também na equipe que os acompanha (AU)
Asunto(s)
Teoría PsicoanalíticaRESUMEN
Resultado de pesquisa realizada entre 1992 e 1994 a partir de material obtido numa das atividades de supervisão coletiva do Instituto de Psicanálise da SPPA