Desafios da clínica contemporânea: temporalidade e vínculo De ontem a hoje: o que escutamos e como intervimos

Este artigo aborda uma problemática atual (a crise social argentina), vinculando-a a alguns conceitos que surgem nos textos freudianos, e sua revisão por autores pós-freudianos nos quais o autor reconhece alguma filiação transferencial (Green, Roussillon, Lacan, Bion e Winnicott). Considera o “mundo exterior” como uma quarta instância do aparelho psíquico (tal como foi proposto em 1982 e em 2012, em outros artigos). Isso supõe que o objeto, o outro, não apenas se encontra na realidade factual, como também fica inscrito como instância psíquica. Quanto ao trauma, não importa apenas a ressignificação, como temporalidade especificamente psicanalítica, mas também a inundação de excitação que promove efeitos traumáticos em uma temporalidade atual. Diante dessa intensidade, e parafraseando Freud, poder- -se-ia dizer que uma “sombra da realidade recai sobre o Eu”, inibindo-o e desestruturando-o. O autor sugere diversas abordagens terapêuticas que permitem enfrentar a desorganização egoica provocada pela acumulação de traumas atuais, que são somados à acumulação de traumas prévios

This paper deals with a current problem (the Argentine social crisis) in connection with some concepts that arise from Freudian texts and their elaboration by post-Freudian authors (such as Green, Roussillon, Lacan, Bion and Winnicott) who admitted their own transferential roots. The author considers the “outside world” as a fourth psychic agency (as he already did in a 1982 article and in some others in 2012). According to him, the object the other is not only a part of the factual reality, but is also inscribed as a psychic agency. Regarding the trauma, he contends that what matters is not only its resignification as a specifically psychoanalytical temporality, but also the overflow of excitement having traumatic effects in actual time. Given its intensity, it could be said, paraphrasing Freud, that “a shadow of reality falls upon the ego” inhibiting and destructuring it. The author suggests several therapeutic approaches that allow to stand up to the ego disorganization derived from the accumulation of present traumas added to the resignification of previous ones

A pessoa e a função analítica ampliada: sua relação com a contratransferência e o arcaico

o autor argumenta que a função analítica atual não só implica uma posição

de suposto saber, mas inclui também os afetos do analista, com seus efeitos de

ligação e desligamento; e mais ainda, o inconsciente inédito da pessoa do analista,

que é feito vibrar pelo inconsciente do analisando. Enfatiza que neste aspecto do

inconsciente não analisado do analista, está a possibilidade de descobrir o novo

na análise, o germe de novos desenvolvimentos teóricos que, indubitavelmente,

partem da prática clínica e se expressam nas novas funções do analista

O representável e o irrepresentável: algumas ideias gerais

O trabalho começa com algumas abordagens filosóficas e psicanalíticas em relação ao conceito do representável. A partir daí faz uma incursão pela teoria freudiana da representação e pelas contribuições de André Green sobre a mesma. A seguir, o trabalho é integrado nas posições do autor no que se refere ao representável, ao não representável e ao irrepresentável. Em relação a isto, o autor define conceitos relacionados à prática e à técnica. Os temas do arcaico e da contratransferência são revisitados

A clínica contemporânea e suas raízes metapsicológicas freudianas

O autor, ao ser indagado sobre a psicanálise contemporânea, busca em

Freud as bases para pensar a “patologia atual”. Define o que chamou de “zonas”,

“áreas” de funcionamento psíquico, tomadas da metapsicologia freudiana,

delimitando o que considerou cinco temas fundamentais na obra de Freud:

os sonhos, o narcisismo, a pulsão de morte, a identificação e o fetichismo. Na

elucidação e ampliação desses temas encontram-se suas proposições para uma

atualização do trabalho analítico

A prática analítica atual e as posições do analista: metapsicologia da prática

Considerações sobre as convergências e divergências entre a prática analítica atual e a cura clássica

O pensamento clínico contemporâneo: revisitando a técnica

Este trabalho é parte de uma apresentação feita em 2012, no II Encontro Internacional André Green, realizado na Asociación Psicoanalítica Argentina. O texto retoma alguns conceitos fundamentais de Green, particularmente os conceitos de pulsão, representação e pulsão de morte. Desenvolvem-se, a partir daí, algumas ideias sobre as reformulações da técnica, interpretação, construção, contratransferência imaginativa e silêncio do analista

A clínica contemporânea e suas raízes metapsicológicas freudianas

O autor, ao ser indagado sobre a psicanálise contemporânea, busca em Freud as bases para pensar a "patologia atual". Define o que chamou de "zonas", "áreas" de funcionamento psíquico, tomadas da metapsicologia freudiana, delimitando o que considerou cinco temas fundamentais na obra de Freud: os sonhos, o narcisismo, a pulsão de morte, a identificação e o fetichismo. Na elucidação e ampliação desses temas encontram-se suas proposições para uma atualização do trabalho analítico

Entre el recuerdo y el destino: la repetición / Between memory and destiny: Repetition

Centrado fundamentalmente en el tema de la repetición (el agieren), en su concepción metapsicológica, clínica y técnica; incluye una problemática nuclear: la de lo representado, lo no representado, y lo irrepresentable en el psiquismo. Esta a su vez trae a luz la relación dialéctica entre pulsión y objeto, y su particular articulación con lo traumático. El autor atribuye particular relevancia a su expresión clínica como destino

O analisando de hoje e o inconsciente: sobre o conceito de zonas psíquicas

Baseado na obra de Freud e com contribuições de autores pós-freudianos, o texto descreve o que poderia definir como organizações metapsicológicas freudianas e suas conseqüências na formação do inconsciente

Atualização do conceito de trauma na clínica analítica

Revisão e atualização do conceito de trauma, fundamentalmente, da clínica do traumático

Corpo, luto e representação no campo analítico: algumas reflexões sobre a psicossomática hoje / Body, grief and representation in the analytic field: some reflections upon psychosomatics today

O autor, contrário a existência de estruturas psicopatológicas fixas, posiciona-se em defesa da expressão psicossomática como uma via possível para a manifestação de inscrições ainda não representadas e contidas em zonas psíquicas específicas. A partir do conceito de regrediência dentro do campo analítico, mostra que o analista poderá auxiliar no caminho representacional das referidas inscrições arcaicas, balizado pela autoanálise constante e pela supervisão. A seguir, mostra que a evolução patológica de um processo de luto, estruturado pela desmentida da perda e cindindo o Ego, poderia produzir uma melancolia corporal: presença e retorno do objeto desmentido através do corpo. Por fim, o autor alerta que dentro da elaboração analítica do luto de um objeto arcaico perdido, o analista deverá contrabalançar o estímulo à neurose transferencial com momentos de posposição ou mesmo de anulação do investimento pulsional, ausentando-se suficientemente como objeto transferencial da pulsão, de forma a não contribuir para uma possível saída somática deste luto em decorrência do processo analítico

Corpo, luto e representação no campo analítico: algumas reflexões sobre a psicossomática hoje / Body, grief and representation in the analytic field: some reflections upon psychosomatics today

O autor, contrário a existência de estruturas psicopatológicas fixas, posiciona-se em defesa da expressão psicossomática como uma via possível para a manifestação de inscrições ainda não representadas e contidas em zonas psíquicas específicas. A partir do conceito de regrediência dentro do campo analítico, mostra que o analista poderá auxiliar no caminho representacional das referidas inscrições arcaicas, balizado pela autoanálise constante e pela supervisão. A seguir, mostra que a evolução patológica de um processo de luto, estruturado pela desmentida da perda e cindindo o Ego, poderia produzir uma melancolia corporal: presença e retorno do objeto desmentido através do corpo. Por fim, o autor alerta que dentro da elaboração analítica do luto de um objeto arcaico perdido, o analista deverá contrabalançar o estímulo à neurose transferencial com momentos de posposição ou mesmo de anulação do investimento pulsional, ausentando-se suficientemente como objeto transferencial da pulsão, de forma a não contribuir para uma possível saída somática deste luto em decorrência do processo analítico (AU)

Corpo, luto e representação no campo analítico: algumas reflexões sobre a psicossomática hoje / Body, grief and representation in the analytic field: some reflections upon psychosomatics today

O autor, contrário a existência de estruturas psicopatológicas fixas, posiciona-se em defesa da expressão psicossomática como uma via possível para a manifestação de inscrições ainda não representadas e contidas em zonas psíquicas específicas. A partir do conceito de regrediência dentro do campo analítico, mostra que o analista poderá auxiliar no caminho representacional das referidas inscrições arcaicas, balizado pela autoanálise constante e pela supervisão. A seguir, mostra que a evolução patológica de um processo de luto, estruturado pela desmentida da perda e cindindo o Ego, poderia produzir uma melancolia corporal: presença e retorno do objeto desmentido através do corpo. Por fim, o autor alerta que dentro da elaboração analítica do luto de um objeto arcaico perdido, o analista deverá contrabalançar o estímulo à neurose transferencial com momentos de posposição ou mesmo de anulação do investimento pulsional, ausentando-se suficientemente como objeto transferencial da pulsão, de forma a não contribuir para uma possível saída somática deste luto em decorrência do processo analítico AU

Corpo, luto e representação no campo analítico: algumas reflexões sobre a psicossomática hoje / Body, grief and representation in the analytic field: some reflections upon psychosomatics today

O autor, contrário a existência de estruturas psicopatológicas fixas, posiciona-se em defesa da expressão psicossomática como uma via possível para a manifestação de inscrições ainda não representadas e contidas em zonas psíquicas específicas. A partir do conceito de regrediência dentro do campo analítico, mostra que o analista poderá auxiliar no caminho representacional das referidas inscrições arcaicas, balizado pela autoanálise constante e pela supervisão. A seguir, mostra que a evolução patológica de um processo de luto, estruturado pela desmentida da perda e cindindo o Ego, poderia produzir uma melancolia corporal: presença e retorno do objeto desmentido através do corpo. Por fim, o autor alerta que dentro da elaboração analítica do luto de um objeto arcaico perdido, o analista deverá contrabalançar o estímulo à neurose transferencial com momentos de posposição ou mesmo de anulação do investimento pulsional, ausentando-se suficientemente como objeto transferencial da pulsão, de forma a não contribuir para uma possível saída somática deste luto em decorrência do processo analítico AU