RESUMEN
Em um dos seus últimos seminários, Bion afirma que não estava interessado nas teorias psicanalíticas ou mesmo em outras quaisquer, mas no mais importante, que chamo de a coisa real, a prática da análise, a prática do tratamento, a prática da comunicação. Neste artigo, a autora desenvolve os conceitos de observação e intuição como pertencentes ao tema maior da comunicação psicanalítica, restringindo-se à especificidade da escuta do analista às comunicações do analisando na sala de análise e seus instrumentos para isso: os órgãos dos sentidos e de percepção, incluindo aqui o conceito freudiano do consciente como órgão de percepção. Propõe que essas duas funções do psicanalista, observação e intuição, atuam em sincronia, de forma semelhante ao modelo biológico de visão binocular utilizado por Bion como uma aproximação ao seu conceito de barreira de contato e interação entre consciente e inconsciente. A autora inicia o artigo com uma separação artificial entre ambas as funções, para reuni-las ao final
In one of his last seminars, Bion states that he was not interested in psychoanalytic theories or any other theories, but in the most important thing, which I call the real thing, the practice of analysis, the practice of treatment, the practice of communication. In this article, the author develops the concepts of observation and intuition as belonging to a larger theme, psychoanalytic communication, restricting herself to the specificity of the analysts listening to their analysands communications in the analysis room, and their instruments for this: the sense and perception organs, including here the Freudian concept of the conscious as an organ of perception. She proposes that these psychoanalysts functions, observation and intuition, act in synchrony, in a similar way to the biological model of binocular vision used by Bion as an approximation to his concept of contact barrier and interaction between conscious and unconscious. She starts with an artificial separation between both functions, to bring them together in the end
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Em uma Nota Preliminar ao seu livro Mensagem, único publicado em
vida, Fernando Pessoa enumera as cinco qualidades que considera necessárias ao
interprete que pretenda o entendimento dos símbolos, sem as quais os símbolos
serão para ele mortos, e ele um morto para eles. As qualidades citadas
1. Simpatia, 2. Intuição, 3. Inteligência, 4. Compreensão e 5. Graça inspiram e
são utilizadas pela autora como introdução para a discussão de alguns elementos
considerados importantes para a formação do psicanalista
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Em um mundo em transformação é indispensável que a formação psicanalítica seja um objeto de estudo constante e de atenção renovada às invariantes que lhe conferem identidade própria. Os Institutos têm a árdua função de se constituírem como centro de transmissão de um campo de conhecimento vivo, em constante evolução, fomentando discussões e estimulando o desejo de pertinência, para que se formem psicanalistas engajados e comprometidos com
o método psicanalítico em suas práticas clínicas. Para tanto, consideramos como suas ferramentas fundamentais: a fé no processo psicanalítico, o com-prometimento com o desenvolvimento da escuta analítica e com o próprio processo de transmissão da psicanálise, pondo ênfase na análise do analista e sua imersão no processo de vir a ser psicanalista. Este texto foi escrito com base nas reflexões feitas no grupo que se reúne mensalmente para estudar Formação Psicanalítica, o gef-sbpsp (AU)
Asunto(s)
Psicoanálisis , PsicoanálisisRESUMEN
A autora faz uma breve reflexão sobre sua experiência ao longo de dez anos nas instituições psicanalíticas internacionais, fepal e ipa. Acredita que a experiência de trabalhar em um comitê internacional constitui uma oportunidade para identificar e rever criticamente os pressupostos que organizam os próprios alicerces institucionais. Considera parte da tarefa dos membros pensar as instituições e penetrar as suas cesuras internas em suas diversas facetas. Similaridades, diferenças, confrontos e sofrimentos são elementos indispensáveis para a construção do conhecimento e expansão psíquica do indivíduo, do grupo, da instituição e da sociedade. O debate aberto torna as relações institucionais mais transparentes e, portanto, mais confiáveis e sólidas em nossos propósitos de tornar a própria Instituição objeto de pensamento (AU)
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
A autora faz uma reflexão sobre a vocação da psicanálise para conter
paradoxos desde a sua origem, como um campo do saber transicional entre
ciência e arte, e os consequentes desdobramentos e repercussões sobre a formação
analítica. A impossível função a que se propõem os Institutos será a de oferecer
uma formação capaz de transitar entre um saber que se pode avaliar objetivamente,
cujos métodos e teorias são objetiváveis e transmissíveis, remetendo ao campo
das ciências; e um outro saber que envolve criatividade, intuição psicanalítica
e uma transformação pessoal que transcende teoria e técnica, uma experiência
estética que remete ao campo das artes. Frente à complexidade dessa tarefa, são
levantadas algumas questões que inevitavelmente perpassam nossos Institutos,
ano após ano, independentemente das regulamentações e diretrizes contidas em
nossos três modelos