RESUMEN
De forma a preservar o ímpeto evolutivo e o alcance da psicanálise, a tarefa
da análise de controle é prevenir o estabelecimento da inércia que busca o menor
denominador comum e a degeneração de ideias e práticas em evolução na direção
de banalizações e preconceitos. A uma instituição psicanalítica é necessário manter
padrões mínimos e simultaneamente preservar-se como ambiente vibrante e
dinâmico para o contínuo desenvolvimento e regeneração da psicanálise enquanto
estrutura viva e simbólica. Através de uma análise de controle, cada analista adquire
um estilo analítico único, que não se refere a preferências e idiossincrasias
egoicas, mas a uma singular e nova articulação subjetiva dos elementos preexistentes
na estrutura tradicional. Sem a realização de uma análise pessoal, a análise da
contratransferência e da identificação projetiva em supervisão pode operar como
resistência à análise pessoal, essa última o mais importante fator para a autoautorização
do analista dentro da organização psicanalítica. O analista não é autorizado
pela supervisão ou pelo supervisor, mas pela experiência analítica pessoal com o
inconsciente, o sintoma e seus efeitos pós-analíticos sob a forma do que Lacan
nomeia de sinthoma. Lacan diz que, ao término da análise, o analisando ou futuro
analista não se identifica com o analista, mas sim com seu sinthoma
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Estudo comparativo entre o pensamento lacaniano e o pensamento budista sobre o self e o sujeito