RESUMEN
O presente artigo visa dialogar com a psicanálise em zona de fronteira,
refletindo sobre alguns temas como, por exemplo, o conceito de
inconsciente e o quanto este foi se transformando e sendo ampliado
ao longo da história do movimento psicanalítico. Também em zona de
fronteira, destacamos o pensamento de Freud quando analisa o malestar
na civilização, indicando que, face aos acontecimentos atuais
e na vigência da pandemia Covid-19, acreditamos estar vivendo sob
a égide das mesmas três fontes de sofrimento citadas naquela obra.
Questões como o nosso próprio desamparo e o de nossos pacientes,
a impossibilidade de manter a tradicional assimetria e as adaptações
necessárias às sessões não presenciais são alguns dos temas abordados
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O presente trabalho consiste num exercício psicanalítico inspirado na
leitura do livro Indignação de Phillip Roth (2008). Seu principal objetivo é
discutir, à luz da teoria do campo psicanalítico, a organização de um campo
geracional crivado de conflitos que conduzem o herói do romance a um
desfecho trágico. Inspirados na teoria do campo (Baranger & Baranger,
1961-62), os autores introduzem o tema proposto a partir de duas falas
dos protagonistas da trama construída por Roth, como se estivessem se
apresentando em uma sessão psicanalítica. No seguimento, apresentam
algumas considerações sobre a obra e seu autor e sobre o campo criado
entre o leitor e o processo de leitura. Por fim, buscam explorar, estimulados
pela riqueza dramática da leitura do romance, alguns aspectos
psicanalíticos sobre a trajetória do herói, cujo afastamento deliberado do
convívio familiar é um disfarce inconsciente para a dificuldade de enfrentar
o confronto geracional. As hipóteses psicanalíticas de filicídio e simbiose
pai-filho são consideradas
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Os autores apresentam a experiência de um trabalho em parceria de um
grupo de psicanalistas da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)
com a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (SMED) junto
às instituições de educação infantil. Na atividade (Rodas de Conversa),
participam os profissionais envolvidos na educação cotidiana das crianças
em comunidades de alta vulnerabilidade social. Ressaltam que, a partir
de uma atitude de acolhimento e continência das vivências compartilhadas,
mais do que respostas/soluções às perguntas, os participantes conversam
sobre as situações com vistas a encontrar alternativas possíveis e a tolerar
não ter condições para resolver todos os problemas, a ouvir o que o outro
tem a dizer e a aprender com a narrativa do outro. Observa-se que a
autoestima dos educadores se fortalece percebendo que são capazes de
avançar em sua trajetória pessoal e profissional. Finalizam trazendo
questionamentos sobre o alcance do trabalho realizado, reconhecendo
que segue sendo uma atividade em construção nestes nove anos