RESUMEN
Neste artigo, apresentamos uma situação clínica na qual o analista viveu o seu ódio como uma experiência estranha (unheimlich). Discutimos como o ódio do analista se relacionou com a necessidade de proteção narcísica contra o perigo da indiferenciação entre o eu e o outro. Conjeturamos que o abalo das fronteiras do eu e a sensação de automatismo foram os dois fatores que levaram o analista a viver o seu ódio como um fenômeno estranho
A clinical situation is presented in which the analyst experienced hatred as an uncanny (Unheimliche) occurrence. We discuss how the analysts hatred was related to a need for narcissistic protection against the danger of undifferentiation between Self and other. We conjecture that a disruption of the boundaries of Self and a feeling of automatism were the principal factors leading the analyst to experience hatred as an uncanny phenomenon
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Neste artigo, tenho o objetivo de realizar reflexões sobre a natureza do sonho, com o uso de drogas
na toxicomania. Por meio de fragmentos de um caso clínico, trata-se de articular os citados
sonhos com as postulações de Ferenczi sobre a experiência onírica. É a função traumatolítica dos
sonhos que será focada. Estaríamos diante de uma repetição elaborativa do trauma? A droga
pode ser entendida como um elemento externo, que é incorporado nessa série de repetições em
busca de elaboração? Percorro, sucintamente e de forma panorâmica, os seguintes pontos: 1) as
teorias do sonho em Freud; 2) o trauma em Ferenczi e 3) a função traumatolítica dos sonhos
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
A reação terapêutica negativa (RTN) é um fenômeno clínico enigmático. Como
entender que, apesar de todos os esforços terapêuticos, o sujeito continue apegado à sua
neurose? Neste artigo, temos o objetivo de apresentar considerações sobre a RTN. Destacamos
os dois tempos desse fenômeno: no primeiro, quando a análise é bem conduzida, o analista
comunica ao analisando sua satisfação com o desenvolvimento terapêutico; no segundo, em
decorrência do primeiro, ocorre um agravamento do quadro clínico. Ademais, indicamos sua
relação com o sentimento inconsciente de culpa, com a necessidade de punição e com a pulsão
de morte. Se por um lado podemos pensar no excessivo apego ao desprazer, ao masoquismo,
às repetições, à culpa e à punição; por outro, sem dúvida, é imprescindível refletirmos sobre
a dimensão de resistência e luta pela identidade do sujeito ligado excessivamente à sua
organização e economia psíquicas
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Temos o objetivo de apresentar os usos que Freud faz do conceito de
compulsão à repetição. Destacamos três momentos: 1) a postulação desse
tipo de repetição em Recordar, repetir e elaborar (1914); 2) o modo de
funcionamento pulsional e base para a sustentação das pulsões de morte
como se verifica em Além do princípio de prazer (1920); e 3) sua utilização
como forma de resistência do id em Inibição, sintoma e angústia (1926).
Indicamos duas dimensões deste conceito: 1) função de estabelecer o
trabalho de ligação (Bindung); e 2) repetição como elemento da natureza
das pulsões. Concluímos enfatizando que Freud trabalhou o conceito de
compulsão à repetição em uma constante relação e reflexão sobre a
dialética entre as pulsões de vida e as pulsões de morte
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Temos o objetivo de apresentar os usos que Freud faz do conceito decompulsão à repetição. Destacamos três momentos: 1) a postulação dessetipo de repetição em Recordar, repetir e elaborar (1914); 2) o modo defuncionamento pulsional e base para a sustentação das pulsões de mortecomo se verifica em Além do princípio de prazer (1920); e 3) sua utilizaçãocomo forma de resistência do id em Inibição, sintoma e angústia (1926).Indicamos duas dimensões deste conceito: 1) função de estabelecer otrabalho de ligação (Bindung); e 2) repetição como elemento da naturezadas pulsões. Concluímos enfatizando que Freud trabalhou o conceito decompulsão à repetição em uma constante relação e reflexão sobre adialética entre as pulsões de vida e as pulsões de morte
Asunto(s)
Psicoanálisis , Teoría FreudianaRESUMEN
Neste artigo, temos o objetivo de pensar sobre a presença do ódio do
analista e do analisando em uma análise. Para tanto: 1) apresentamos algumas
considerações de analistas sobre o ódio; 2) indicamos as principais postulações
de Freud sobre este afeto; 3) abordamos as contribuições de Winnicott sobre a
precedência do ódio da mãe/analista em relação ao ódio do bebê/analisando; e, 4)
para ilustrarmos a presença ódio na situação analítica, apresentamos o fragmento
de um caso. O ódio pode se manifestar de uma maneira mais relacionada à
ambivalência e à frustração, bem como pode ser uma manifestação de um estado
narcísico. Destacamos a necessidade de o analista avaliar a natureza e qualidade
de seu ódio e do ódio de seu analisando, levando em conta que esses ódios podem
ser expressões de diferentes dimensões psíquicas