RESUMEN
A autora aborda a questão da disforia de gênero com base na alternativa de tratamento denominada redesignação de gênero, oferecida por centros especializados em várias partes do mundo ocidental, incluindo o Brasil. Destaca o surpreendente papel da psicologia no diagnóstico e autorização para que sejam realizados os procedimentos hormonais e cirúrgicos que compõem a redesignação, e assinala a consequente e incomum responsabilidade que fica depositada no parecer da psicologia. Por meio do depoimento de uma jovem americana elenca alguns aspectos sobre a gravidade das intervenções que compõem o processo, os cuidados e critérios que são adotados e os pontos ainda obscuros das questões envolvidas. Concluindo, adverte os profissionais da psicologia e da psicanálise para que, ao assumir o que ainda não se sabe, abram espaço para investigações necessárias, com especial relevo nas situações que envolvam crianças e adolescentes