RESUMEN
Os autores se propõem a compreender a metapsicologia da vergonha, tendo encontrada como conflito básico a tensão existente entre aquilo que o sujeito desejava ou pensava ser e aquilo que lhe é revelado como real, ou seja, o conflito entre o ideal de ego e o ego.Este conflito conduz o texto à outra questão: a diferenciação entre culpa e vergonha, tão próximas na clínica e muitas vezes confundidas. Dois vértices são apontados: a vergonha enquanto afeto estruturante, como dique contra a sexualidade infantil, como formação reativa à curiosidade infantil, a principal tese defendida por Freud (1905, 1908), e a idéia da vergonha como sentimento associado a uma falha narcísica, ou seja, a vergonha associada a uma revelação do ser quando medida pelo ideal do ego. A culpa estaria associada ao superego e aos atos proibidos executados e/oufantasiados pelo sujeito. Sendo tênue a fronteira entre estes sentimentos, examina-se o quanto é comum negligenciar-se a vergonha que possa estar escondida atrás da culpa, e daí a importância de o analista manter sua escuta sensível a este afeto primitivo e tão doloroso(AU)
Los autores se proponen a comprender la metapsicología de la vergüenza, habiendo encontrado como conflicto básico la tensión existente entre lo que el sujeto deseaba o pensaba ser y lo que se le revela como real: tensión entre el yo ideal y el yo. Este conflicto conduce el texto a otra cuestión: la diferenciación entre culpa y vergüenza. Surgen dos vértices: la vergüenza como afecto de estructuración, como dique contra la sexualidad infantil, como formación reactiva a la curiosidad infantil - tesis defendida por Freud (1905, 1908) - y la idea de la vergüenza como sentimiento asociado a una falla narcisista, a una revelación del ser cuando medida por el yo ideal. La culpa estaría asociada al superyó y a los actos prohibidos ejecutados e/o imaginados por el sujeto(AU)
The authors propose to understand the meta-psychology of shame, having found as the basic conflict the tension existing between what the subjects wished or thought they were and that which is revealed to them as real: a tension between the ego's ideal and the ego itself. This conflict leads to another issue: the differences between guilt and shame. Two vortices arise: shame as a structuring affection, as a barrier against child sexuality, as a reactive formation to children's curiositya thesis defended by Freud (1905, 1908)-, and the idea of shame as a feeling associated to a narcissistic failure, to a revelation of the being when measured against the ego's ideal. Guilt would be associated to the superego and to the forbidden acts performed and/or fantasized by the subject(AU)