Intervenciones en la clínica de niños con problemas de aprendizaje / Clinical interventions with children with Learning disabilities

Los niños con problemas de aprendizaje presentan ciertas características particulares de la producción simbólica: sus procesos de investimiento y desinvestimiento se ven obstaculizados. Estos procesos están a cargo de sostener la plasticidad psíquica necesaria para la incorporación de novedades, y su obstaculización dificulta el acceso a nuevos conocimientos. Por lo tanto, las intervenciones en el tratamiento psicopedagógico clínico apuntan a complejizar la producción simbólica de los niños, la cual tiende a presentarse empobrecida, uniforme y rígida. Se intenta promover una mayor plasticidad y heterogeneidad de su actividad psíquica.El presente trabajo se propone reflexionar acerca de la tarea del terapeuta y sus modos de intervenir, planteando ejes que permiten pensar la labor clínica. A fin de ilustrar el análisis teórico, se incluye un caso clínico que permite mostrar clínicamente lo trabajado conceptualmente (AU)

Children with learning disabilities present certain characteristics in symbolic production: Investment and disinvestment processes are obstructed. These processes are in charge of psychic plasticity which is needed for news incorporation, so their obstruction makes the access to new knowledge more difficult.Therefore, the interventions in psychopedagogical treatment aim to make more complex childrenÝs symbolic production, which tends to be poor, uniform and rigid. The treatment tries to promote a greater plasticity and heterogeneity in their psychic production.The present work intends to reflect about the therapist craft and its ways of intervention, proposing axes which enable thinking the clinical labor. In order to illustrate the theoretical analysis, a clinic case is included which allows to show clinically the previous conceptual work (AU)

Subjetividad e intersubjetividad en la escuela: de cómo se establecieron los prerrequisitos de la inteligencia y cómo Leandro ha libidinizado lo escolar / Subjectivity and intersubjectivity at the school: of how the pre-requisites of the intelligence were established and how Leandro has libidinized schooling

Las dificultades escolares son una problemática frecuente y actual. Con base en la propuesta de Silvia Bleichmar (2000) acerca de la inteligencia como modo de pautar relaciones y circular por el mundo, que no es un producto naturalmente determinado, y tampoco efecto directo de la oferta de los cuidadores, sino más bien algo metabólico, se presentan avances de una investigación. Objetivo: explorar las vinculaciones entre la manera en que se establecieron los prerrequisitos de la inteligencia, y la forma en que, niños remitidos a consulta psicológica por problemas de aprendizaje, libidinizan los objetos que presenta su entorno escolar. Es un estudio de casos múltiples (Creswell, 1998), que adapta el modelo de diagnóstico clínico-psicopedagógico (Schlemenson, 2001). Se presenta el caso de Leandro, paciente de 9 años que pese a sus capacidades cognoscitivas, vive con dificultad su relación con el conocimiento, su grupo de pares y su grupo familiar. Los resultados permiten reconocer una propuesta teórico-metodológica de gran valor para la comprensión de la constitución y puesta en marcha del niño en el entorno escolar (AU)

School difficulties are frequent and current problems. On the basis of the proposal of Silvia Bleichmar (2000) about intelligence as a way of setting out the rules for relationships and walking through the world, which is not determined by nature, and neither is it a direct effect of the caregivers offer, but something metabolic, the progress for a research is presented.Objective: explore the links between the way in which the prerequisites of intelligence were established and the way in which some children that were referred to psychological counseling because of learning difficulties libidinize objects that are present within their scholar environment. It is a study of multiple cases (Creswell, 1998), which adapts the clinic-psycho-pedagogical diagnose model (Schlemenson, 2001). Here is presented the case of Leandro, nine-year-old patient that in spite of his cognoscitive capabilities lives with difficulty his relationship with knowledge, his peers and his family group. The results let us recognize a theoretical-methodological proposal of high value for the comprehension of the constitution and start up of the child in the scholar environment (AU)

Ninfa, que todos meus pecados possam ser lembrados em tuas orações

Inspirando-se em uma passagem dolorosa da autobiografia de Bion, sua insensibilidade diante da angústia de sua filha que acabara de perder a mãe, o autor selecionou e traduziu duas cartas dirigidas a seus filhos ao redor de 1964. Nestes textos, profundos e simples, Bion os exorta ao conhecimento adquirido através da experiência pessoal, sugerindo como modelo a busca de Milton no Paraíso perdido por sua luz interior. Uma advertência é feita no sentido de encararem a depressão e o insucesso como experiências inevitáveis da vida, que, se bem elaboradas, podem ser fundamentais para julgar e decidir

Toques de mestre

Trata-se da apresentação e narrativa de acontecimentos, de eventos e de pessoas com quem aprendi a escutar, acolher, interpretar e ser psicanalista

Da arte de escrever à coragem de publicar

Inspirada no evento homônimo realizado pela amf nas Reuniões das Quartas-Feiras, a autora parte de sua própria experiência com a criação do presente texto, para debater as vicissitudes da escrita psicanalítica e algumas das angústias que são suscitadas por essa prática, debatendo com as ideias apresentadas pelos palestrantes no referido evento

As crianças ignoradas

As políticas públicas educacionais desenvolvidas no Brasil coscumam deixar de lado alunos com transtornos de déficit de atenção e com outros pbolemas de aprendizagem. A pesquisa científica no mundo intenro, inclusive no Brasil, demonstra, sem aiguidades, que quanto mais cedo esses transtornos forem identificados por profissionais ada saúde, melhor será o processo educacional

Debate

No dia 5 de dezembro de 2012 realizamos o debate sobre o tema proposto pelo corpo editorial do Jornal de Psicanálise para este número "Com quem aprendemos psicanálise?".1 Como ocorreu no número anterior, pensamos numa troca de experiências com pessoas em vários níveis de formação e participação dentro da sbpsp, criando uma rede de comunicação tanto no eixo horizontal como vertical. Outro critério foi a escolha de colegas que tenham tido participação ativa em grupos e instituições dentro e fora da nossa sociedade. Convidamos para este debate, Maria Olympia de Azevedo Ferreira França, analista didata, uma das decanas da nossa sociedade, com várias participações dentro da nossa instituição inclusive como editora do Jornal de Psicanálise. Berta Hoffmann Azevedo, é membro filiado, teve a graduação e parte da sua formação no Rio Grande do Sul, tem experiência institucional no Hospital das Clínicas, desenvolvendo sua tese de mestrado na PUC. Mônica Amaral, membro associado, fez sua formação na França e no Brasil, é docente da Faculdade de Educação da USP e tem desenvolvido um trabalho com adolescentes também fora do consultório. E Rogério Coelho de Souza, membro filiado, esteve à frente durante muitos anos no projeto Articulação da Diretoria de Cultura e Comunidade, tendo passado por instituições como o Enfance

Aprender com Bion - a maiêutica bioniana

No presente artigo a autora tece algumas considerações sobre o método utilizado por Bion na transmissão do conhecimento psicanalítico. Com essa finalidade, recorre a observações feitas a partir da leitura de Experiências com Grupos, livro inaugural desse autor e os seminários clínicos e supervisões, feitos próximo ao período final de sua vida. A autora faz, além disso, uma comparação entre o método bioniano, o uso do Koan, uma ferramenta utilizada pelos mestres zen-budistas na busca do conhecimento ou da iluminação, e o método socrático de investigação filosófica. Juntos dão lugar ao que a autora denomina de maiêutica bioniana

O ensino da teoria psicanalítica: falar sobre o inconsciente com o discurso lógico do consciente

O presente trabalho busca refletir sobre a singularidade da transmissão da metapsicologia freudiana. As dificuldades que caracterizam o saber a ser transmitido referem-se à especificidade das descobertas psicanalíticas: seu caráter de ser do registro do agir, ou seja, de uma práxis e não unicamente do saber. Entre as dificuldades decorrentes desta característica, temos o uso de uma linguagem consciente usada para acessar conteúdos inconscientes, além da personalidade do analista estar essencialmente em jogo. Isto exige que ele adquira condições internas para desvelar seus desejos inconscientes, assim como o desenvolvimento de capacidade de encontro com sua singularidade tanto pessoal quanto discursiva

Merleau-Ponty e a psicanálise: da fenomenologia da afetividade à figurabilidade do afeto

Como entender a afirmação de Merleau-Ponty que "a fenomenologia está em consonância com a psicanálise", e que ambas apontam "em direção da mesma latência"? Este artigo pretende problematizar as dificuldades de aproximação entre fenomenologia e psicanálise, para examiná-las mais precisamente na perspectiva de Merleau-Ponty. Após ter analisado o conceito de inconsciente na obra do filósofo, a leitura merleau-pontyana da psicanálise é confrontada às críticas de vários psicanalistas. Este diálogo permite ressaltar duas concepções do inconsciente, opostas no que diz respeito às ideias (Vorstellungen), mas próximas quanto aos afetos. A noção de "busca em figurabilidade do afeto" oferece, então, uma nova solução para esta tentativa de aproximação entre fenomenologia e psicanálise, e introduz uma nova leitura da metapsicologia do afeto

Entrevista: Florence Guignard

Florence Guignard é psicanalista da SPP (Sociedade Psicanalítica de Paris), atual Chair internacional do COCAP (Comitê de Psicanálise de Crianças e Adolescentes) da IPA, e autora de diversos livros, entre eles O Infantil ao vivo e Cartas ao Objeto, ambos publicados no Brasil pela Imago. A entrevista foi concedida à Associação dos Membros Filiados (amf) e ao Jornal de Psicanálise durante o 29° Congresso da FEPAL em São Paulo, no dia 12 de outubro de 2012. Participaram da entrevista Alexandre Socha, Cynthia Peiter, Maria do Carmo Meirelles Davids do Amaral, Rejane Câmara Cutrim, Rita Andréa Alcântara de Mello e Yeda Alcide Saigh

Contando do começo

A partir de uma experiência clínica realizada durante o processo de formação em psicanálise, a autora discorre sobre com quem vem aprendendo psicanálise. Mais especificamente, com quem vem aprendendo a articular medo, morte, paixão e criatividade