O homem dos lobos: livre pensar

O trabalho se propõe a fazer um exercício de livre pensar sobre o relato deO homem dos lobos, destacando: 1) o descompasso entre a consistência do pensamento metapsicológico de Freud e alguns aspectos da técnica e 2) questões referentes ao conflito com Jung, que dão oportunidade a que se pense sobre a cientificidade da psicanálise. A este respeito, são trazidas principalmente ideias de H. Atlan, que vê a psicanálise condenada a oscilar entre sacrificar o rigor à riqueza ou a riqueza ao rigor, uma ambiguidade que não foi e nem deveria ser resolvida, sendo, inclusive, proveitosa para o desenvolvimento da teoria e da técnica psicanalítica. O científico em Freud seria principalmente o fato de ter respeitado as regras do jogo das ciências de sua época. O que pode parecer limitador pelo caráter determinista que caracterizava o pensamento científico impediu uma síntese empobrecedora entre científico e extracientífico, ao contrário da postura adotada por Jung. Os aspectos mais contestáveis do pensamento de Freud, do ponto de vista da ciência do século XIX e da primeira metade do século XX, são os mais revolucionários e ricos em possibilidade de desenvolvimento do ponto de vista da ciência do século XXI: o psíquico em todas suas dimensões, não redutível ao racional, o método de observação e os instrumentos para se aproximar deste objeto de estudo (as experiências emocionais, a intuição, o não racional), aspectos não contemplados pelo pensamento determinista

Inquietante Scientia: pensar o campo epistemológico da psicanálise

Assinala-se o debate que, no interior da comunidade psicanalítica internacional, opõe partidários da inscrição científica da psicanálise àqueles que liminarmente a rejeitam. Sublinha-se a emergência de uma terceira via que defende a necessidade de refletir sobre a especificidade da investigação psicanalítica. É apresentada uma reflexão epistemológica que procura clarificar a natureza da atividade científica, explorando a forma como se produz e se justifica o conhecimento designado como científico, defendendo-se que é a própria elaboração epistemológica que determina a possibilidade de constituir uma disciplina como científica. Clarifica-se o sentido da Junktim freudiana, reconhecendo-se uma base metodológica comum à cura e à investigação científica, sem que se confundam os fins e tempos específicos de cada atividade. Analisam-se os procedimentos metodológicos psicanalíticos que permitem constituir um objeto, observá-lo e produzir conhecimento sobre ele, bem como os critérios de justificação que possibilitam avaliar essa produção de saber. É esclarecida a racionalidade epistémica dos binómios associação livre/atenção flutuante, transferência/contratransferência, manifesto/latente, da multideterminação e multisignificação dos dados, do caráter aproximativo da interpretação, da revisibilidade dos modelos teóricos e dos procedimentos de supervisão e intervisão. É afirmada a cientificidade da psicanálise a partir, precisamente, da especificidade das dimensões clássicas da disciplina

O real: a resposta da ciência e a resposta do psicanalista

O objetivo desta apresentação é abordar a questão do que responde o analista ao mal-estar do existir na civilização, buscando-se a especificidade de sua oferta em relação à de outro campo historicamente articulado

Será el pluralismo psicoanalítico un estado duradero de nuestra disciplina? / Will psychoanalytic pluralism be anenduring state of our discipline?

El autor en sus dos discursos dados en los congresos de la Asociación Psicoanalítica Internacional (IPA), celebrados en Montreal en 1987 y en Roma en 1989, se centra en el tema del pluralismo teórico reinante y en descubrir el terreno común que puede existir en una disciplina psicoanalítica compartida. Se basa en Freud y en el empeño que este puso para mantener el psicoanálisis como una estructura teórica unitaria y unificada, y en cómo esta visión no puede sostenerse (pasando por la metapsicología Kleniana, Bioniana, Lacaniana, Kohutiana y las actuales corrientes relacionales. Dentro de este pluralismo internacional, que abarcaba y definía la praxis psicoanalítica, su preocupación fue averiguar qué podían tener en común que los definiera a todos como psicoanalistas y los diferenciara de otras disciplinas. En tres importantes presentaciones clínicas formuladas en el marco de tres perspectivas teóricas diferentes, encontró intervenciones comunes en la forma de abordar tres diferentes pacientes. Y finalmente explicita que en la última década ha habido señales de convergencias evidentes en el plano clínico de la técnica, incluso entre personas que adherían a perspectivas teóricas muy dispares, habitualmente consideradas antitéticas

Diálogo o ilusión? ¿y cómo seguimos a partir de aquí?: respuesta a André Green / Dialogue or illusion? How do we go from here? Response to André Green

Luego de responder puntualmente a algunos argumentos circunstanciales presentes en la respuesta de Green, Wallerstein pasa a responder a los argumentos que él considera como los que más aportan tanto al esclarecimiento de las diferencias como a los puntos de coincidencia más esenciales entre ambos en cuanto a la índole del psicoanálisis como disciplina. Green ve al psicoanálisis como una disciplina sui generis, que no es ôni una ciencia ni una rama de la hermenéutica, sino una práctica basada en el pensamiento clínico que da origen a hipótesis teóricas y que no tiene conexiones con otras disciplinas. En esto difiere la postura de Wallerstein quien si bien considera al psicoanálisis como una disciplina independiente que tiene sus raíces en la exploración del funcionamiento de los procesos psíquicos inconcientes tiene también puntos de conexión con toda una gama de disciplinas que estudian la conducta humana, desde la filosofía y la lingüística hasta la psicología cognitiva y las neurociencias modernas. Sin embargo ambos autores consideran que cualquier disciplina que pretenda alcanzar status científico no tolera dentro de sí estructuras teóricas incompatibles. Green habla de caos teórico y propone que el único procedimiento válido es indicar de que manera, cierto material clínico consistente y basado en la exposición de una secuencia de sesiones y en un proceso psicoanalítico de suficiente extensión pueda demostrar el parentesco entre dos teorías distintas que se fundan en diferentes técnicas e interpretaciones. Wallerstein considera que esto es exactamente lo que él mismo siempre quiso significar cuando se refiere a la investigación empírica necesaria sobre la cual debe descansar la construcción gradual del conocimiento psicoanalítico. La acumulación de investigaciones empíricas hará crecer pruebas sobre un terreno común, dando origen a una teoría clínica unificada de manera coherente y por ende a una metapsicología psicoanalítica cada vez más unificada

Psicoanálisis y universalidad: ¿qué le puede ofrecer el Psicoanálisis a la universidad? / Psychoanalysis and universality: What can Psychoanalysis offer for the university?

Se trata de precisar la ubicación del psicoanálisis como disciplina y en el mundo universitario. En cuanto al psicoanálisis como disciplina, se considera como buen punto de partida la definición de Freud expuesta en el artículo Psicoanálisis (1922). La universidad, por su parte, es enfocada usando la concepción de Derrida de la Universidad sin condiciones (2001), para acentuar la importancia de los aportes epistemológicos del psicoanálisis a los fundamentos de la cultura y el conocimiento

Ciências do desejo: considerações sobre um saber que não se sabe: um ensaio em dois argumentos

A beleza, no século XXI, tornou-se caso de vida ou morte. É a partir dessa ideia que a autora pensa criticamente a relação entre o corpo, as tecnociências e o desejo