Transferência e separações

Cada análise concebe a separação dos dois protagonistas à sua maneira, conforme a transferência e suas modalidades sempre originais. O caso mais interessante é certamente aquele em que a separação está no cerne da questão, quando a impossibilidade psíquica de se separar prevalece sobre a vida sexual, relacional e sintomática do paciente - um dos sintomas sendo, às vezes, a multiplicação das experiências de tipo "psi", podendo chegar à adição. De acordo com um dito espirituoso cínico, dizia-se: "O que é um estado-limite? Alguém que fez duas análises e três psicoterapias". O desafio lançado à psicanálise poderia ser formulado nos seguintes termos: em que medida a experiência psíquica do tratamento pode construir, ou eventualmente criar, a capacidade de separar-se quando esta é deficiente ou mesmo quando não se constituiu? A aquisição da separação resulta de uma psicogênese, que pode fracassar totalmente ou em parte. A dinâmica da transferência disporia de meios para remediála? Imagina-se que a resposta não é nem simplesmente afirmativa, nem simplesmente negativa, pois cada analista teve alguma experiência com pacientes borderlines que poderiam certamente ilustrar uma experiência contrastante.

Uma vida movida pela comoção

O artigo discorre sobre o trabalho inicial de construção de uma pele de palavras, num caso onde a paciente provoca escoriações na pele de seus braços - a que denominava catucadas - no limite da dor sensorial que então era referida como comoção. Essa dor comoção foi entendida também como manifestação da pulsão de vida, sendo a dimensão agida na direção da separação, da individuação, da constatação da existência de um outro diferente de si

Construcción de la subjetividad del niño. Algunas pautas para organizar una perspectiva

La noción freudiana central de desamparo humano en los inicios de la vida, hasta la transformación del infans en sujeto hablante y deseante, conforman un trayecto complejo lleno de oscuridades, punteado por esclarecimientos parciales. El análisis de algunas condiciones que consideramos necesarias para alcanzar la construcción del psiquismo del niño, conjugan los cuidados del entorno humano, capaz de amar y amparar al infans con sus propias capacidades en desarrollo. Este proceso de "subjetivación" conlleva una paradoja: la dependencia y subordinación del niño a la madre a la vez que un proceso de radical autonomía y separación. Recorremos algunos postulados de trabajos de psicoanalistas como Bergès y Marcelli, que lejos de objetivar los datos del análisis, subrayan procesos de gran complejidad, siempre en movimiento de construcción y deconstrucción, de un diálogo corporal y afectivo marcado por la actualización del deseo, del infans y de la madre, en un campo de interlocución. Campo del lenguaje determinado por la cultura, instancia del tercero social. El lugar de dominio de la madre se rompe al autorizar lugares de silencio, de vacío, de no saturación, donde formula hipótesis implícitas que el bebe va a tomar a su cargo desde los primeros funcionamientos reflejos. Esa inter- locución, en su despliegue temporal, irá tomando formas más complejas hasta los juegos interactivos distinguidos por la creatividad, la sorpresa, la variabilidad y el placer. Se juega allí el reconocimiento del niño como otro

À sombra de uma controvérsia: Freud e Ferenczi 1925-33

Na literatura recente, a relação de Freud com os pioneiros da psicanálise tem sido reavaliada. Este artigo descreve a evolução da relação entre Freud e Ferenczi durante o período mais controverso entre eles, monstrando as consequências dessa evlução para a teoria e a prática psicanalitica