Una nueva oportunidad: Las vicisitudes de un enactment / A new opportunity. The vicissitudes of an enactment

En este trabajo el autor da cuenta de cómo logra hacerse consciente, después de varios años de relación analítica con un paciente, que había estado pasando por alto un tema muy importante para ambos. Una experiencia traumática en la infancia del paciente que pujando por expresarse en el aquí y ahora generaba en el analista un intenso movimiento interno que lo conectaba con sus propias experiencias dolorosas, las que trataba de evitar ocupando estrategias usadas en el pasado y actualizadas en el presente. Cambiar de paradigma -pasar de un tipo de psicoanálisis donde el analista es el investigador de la mente del paciente, bajo la primacía del ideal técnico de neutralidad, abstinencia y anonimato, donde hay un gran esfuerzo en la obtención de insight a través del trabajo interpretativo del analista sobre el paciente - a otro, de carácter relacional donde el trabajo es la creación conjunta de significados entre paciente y analista, fue crucial, para que este último se diera cuenta que habían estado desde el inicio del análisis en un enactment ubicuo y continuo. El trabajo sobre este enactment ha ido abriendo nuevas posibilidades tanto para el paciente como para el analista. En la primera parte de este artículo, se explora un recorrido histórico posible de la técnica psicoanalítica, hasta llegar al concepto clínico-teórico de enactment, centrándose en los aportes de Philip Bromberg (AU)

In this work the author tells of how he manages to become aware, after several years of analytic relationship with a patient, who had been overlooking a very important issue for both. A traumatic childhood experience of the patient pushing for expression in the here and now generated in the analyst an intense internal movement that connected him with his own painful experiences, trying to avoid taking strategies used in the past and updated in this. Change of paradigm -from one type of psychoanalysis where the analyst is the researcher of mind of the patient, under the primacy of technical ideal of neutrality, abstinence and anonymity, where a great effort in obtaining insight through interpretive work analyst on patient- to another relational character where work is the joint creation of meaning between patient and analyst, was crucial, for the latter realized they had been since the beginning of the analysis in a ubiquitous and continuous enactment . Work on this enactment has been opening new possibilities for both patient and analyst. In the first part of this article, a possible historical tour of psychoanalytic technique is explored, until the clinical-theoretical concept of enactment, focusing on the contributions of Philip Bromberg (AU)

Trauma e perversão

Este texto apresenta os momentos fortes de um tratamento: a do paciente Henri, cuja organização perversa se construiu como uma proteção contra a psicose. O mecanismo dissociativo, reconhecível neste trabalho, permitiu-lhe, num primeiro tempo, isolar o universo traumático no qual viveu, onde a sexualidade e a violência são indissociáveis. As cenas de grandes excitações que lhe foram infligidas precocemente inscrevem marcas que se mantêm em estado selvagem dada a carência de representações verbais tranquilizantes. Com a diminuição progressiva da dissociação, Henri descobrirá pouco a pouco o caráter totalitário e alienante do domínio materno, que lhe impõe o segredo como uma forma de contrato íntimo. Quem é ele, se deixa de ser aquele que é tudo para sua mãe? Seria presunçoso afirmar que Henri aceita hoje plenamente a ideia de uma versão paterna do mundo na qual ele poderia se reconhecer. O que é certo: o terreno da transferência lhe permitiu instalar um terceiro espaço no qual ele não se sente mais indispensável à sua mãe. Por outro lado, sua paternidade reforça uma conexão através das gerações e integra cenas perversas até então dissociadas

The body in the analytic session: focusing on the body-mind link

Considerações sobre a importância do corpo na análise de pacientes que apresentam um déficit de pensamento