O que o psicanalista faz com o tempo?

RESUMO

De uma forma livre e tributária da origem oral desta apresentação, o autor ensaia acerca de alguns aspectos do tempo em psicanálise. Por um lado, as suas concepções linear e circular, e a introdução original do conceito fundamental de Nachträglichkeit para pensar a temporalidade na análise. E também a dupla abordagem do tempo, como cronos, cronologia, ou como kairos, oportunidade. O tempo é também explorado a partir do triplo registo lacaniano do imaginário, do simbólico e do real, e do modo como pode ser pensado tanto na neurose - as estratégias histéricas e obsessivas frente ao tempo - como na psicose ou na perversão. A indagação do tempo tem também como horizonte o senhor absoluto, a morte, tanto no discurso psicanalítico como nas alusões literárias e artísticas que aqui servem de contraponto ao autor

ABSTRACT

In a free way, tributary to the oral origin of this presentation, the author discusses some aspects of time in psychoanalysis. On the one hand, its linear and circular conceptions, and the original introduction of the fundamental concept of Nachträglichkeit when thinking about temporality in analysis. And also the double approach to time, as cronos, chronology, or as kairos, opportunity. Time is also explored on the basis of the Lacanian triple register of the imaginary, the symbolic and the real, and the way in which it can be thought both in neurosis - the hysterical and obsessive strategies in the face of time - and in psychosis or perversion. The inquiry into time also has as its horizon the absolute master, death, both in the psychoanalytic discourse and in the literary and artistic allusions that serve here as a counterpoint for the author