O negativo e o irrepresentável: avanços na metapsicologia da técnica psicanalítica
Revista de Psicanálise, Porto Alegre
; 20(3): 679-707, 2013.
Article
en Pt
| Bivipsil
| ID: psa-5265
Biblioteca responsable:
UY116.1
Ubicación: UY116.1
ABSTRACT
A psicanálise contemporânea enquanto sistema aberto inscreve-se, hoje, no paradigma da complexidade (Morin, 1990), sintonizada com o pensamento multicêntrico ao não excluir o contrário, isto é, o negativo superando a lógica binária, transcendendo a fragmentação e as disjunções. A teorização sobre os processos intersubjetivos que ocorrem no espaço potencial (Winnicott, 1951) da sessão gera a noção de um aparelho psíquico ampliado, constituído pelo campo bipessoal formado por analista e paciente (Baranger & Baranger, 1961), no qual fenômenos transformacionais dos aspectos cindidos, traumáticos, do paciente, que permanecem em estado de negatividade podem emergir. O vínculo analítico contemplado pela terceira tópica (Green, 1975) exige que o fazer analítico seja revisitado, para tornar possível o aparecimento do novo capaz de dar voz ao irrepresentável através do trabalho do negativo. Configurações clínicas marcadas por afetos penosos e angústia de aniquilamento desafiam as ferramentas conceituais clássicas. A partir da década de 60, os pensadores psicanalíticos dedicam-se a trabalhar nas fronteiras que as palavras impõem ao psiquismo, elaborando a especificidade da técnica analítica contemporânea, que convoca o analista em estado de regrediência (Botella & Botella, 2003) para captar afetos inconscientes irrepresentáveis, conotando o processo analítico como criação contínua de significados
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1
Banco de datos:
Bivipsil
Asunto principal:
Psicoanálisis
/
Afecto
Idioma:
Pt
Revista:
Revista de psicanálise, porto alegre
Año:
2013
Tipo del documento:
Article