Questões relativas à cura, à melhora, à normalidade e à anormalidade: psicanálise e psicoterapias
Castelo Filho, Claudio.
Alter: Revista de Estudos Psicanalíticos
; 25/26(1/2): 87-108, 2008.
Artículo
en Portugués
| Bivipsil | ID: psa-80940
Valendo-se de contextos clínicos, o autor expõe situações que costumeiramente poderiam ser vistas como problemas a serem sanados ou extirpados de um vértice médico-curativo ou psicoterápico. Dor, tristeza, pânico, depressão, etc são percebidos como males que precisariam ser curados. A partir do vértice psicanalítico que considera a existência de uma mente e que foca o desconhecido, essas manifestações podem ser consideradas - levando em conta o contexto - como legítimas e pertinentes da personalidade, e que uma abordagem que visasse à sua eliminação poderia ser vista como mutiladora. Expectativas de cura e melhora podem enviesar o atendimento psicanalítico. Os pacientes podem tornar-se experts em produzir as "curas" esperadas por seus analistas que não percebem a manutenção do status quo mental do paciente o qual não desenvolve sua autonomia de pensamento e autoridade pessoal. Psicanálise deveria visar ao desconhecido da realidade psíquica, assim a evolução do paciente não implicaria sua adaptação a um establishment preestabelecido - mesmo que "psicanalítico". Psicanálise não serviria para produzir "bons cidadãos", mas para permitir que uma pessoa seja ele própria, tornado-se capaz de agir conforme sua autonomia. Psicanálise precisaria ser didática, mas não pedagógica. A Psicanálise que procura ser "respeitável e de acordo com um establishment não seria mais Psicanálise, mas algum tipo de doutrina
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BR641.1
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