A análise didática: uma análise interminável?
Menezes, Luis Carlos.
Jornal de Psicanálise
; 41(74): 55-69, 2008.
Artículo
en Portugués
| Bivipsil | ID: psa-81062
O presente artigo discute problemas clínicos relativos à prática da análise didática. Resultam estes do fato de que a psicanálise, um processo que envolve alguém em posição de analisando e outro em posição de analista, torna-se aqui complicada pelo fato de o analisando ser ao mesmo tempo aluno do instituto e postulante a tornar-se membro da Sociedade em que o analista, como didata, ocupa uma posição hierárquica bem estabelecida. O autor argumenta que isto pode afetar negativamente o processo analítico. Além do que, terminada a análise, ambos vão conviver por um tempo indefinido naquela instituição - ao contrário do que ocorre em uma análise -, e prolongamentos transferenciais inanalisáveis poderão contribuir fortemente para a constituição de um sistema de redes de poder, marcadas por uma influência abusiva do ex-analista. Mesmo mantido esse sistema, a instituição deve se interrogar constantemente sobre seus efeitos colaterais e considerar tal modalidade de análise na perspectiva da natureza dos processos analíticos e não numa aplicação não-modulada, burocrática, do regulamento
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BR641.1
Ubicación: P100